Efeitos do novo coronavírus na construção civil e a retomada pós-pandemia

Nem uma pandemia foi capaz de parar o setor da construção civil, que passava por um bom período depois de anos em crise e agora se vê frente a uma nova realidade. Mas mesmo com todos os desafios, o setor tem se mostrado resiliente.

Existe espaço para otimismo. “Tenho notado que algumas empresas aproveitam o momento para antecipar lançamentos, já que as pessoas que estão temendo pelos seus empregos entendem que comprar um imóvel agora é uma oportunidade segura. Oportunidades de bons negócios também surgirão para o médio e alto padrão, sobretudo para investimento, uma vez que a Selic se encontra em seu mais baixo nível da história, a 2,25% ao ano”, avalia Roque Almeida, consultor.

Entretanto é preciso se adaptar agora, para conseguir uma retomada. Muitas mudanças que estavam sendo previstas no mundo dos negócios para 2025, 2030, foram antecipadas neste 2020. Outro fator de mudança é o comportamento do consumidor, um desfio ainda maior para este que é um setor mais tradicional e fechado a inovações se comparado a outros. Uma fatia desse mercado, já atenta a tendências, agora se vê em vantagem competitiva.

“De uns anos para cá vimos serem criadas mais de 700 construtechs no Brasil, sejam nas áreas de obras, intermediação dos negócios, fianças, capitação de recursos financeiros, compra de terrenos, etc. Falando de inovação no modelo de negócios, destaco a Gleba Investimentos, empresa que permite investimento diretamente em negócios imobiliários, onde o investidor pode comprar uma pequena parte do negócio e ter a rentabilidade de até 15% a.a”, conta Roque. A Instacasa é um outro bom exemplo de negócio de padronização de projetos arquitetônicos para loteamentos de modo acessível e simples.

 E como será o mercado da construção civil pós pandemia? “Creio que as pessoas tentarão buscar segurança como atributo principal, e o mercado imobiliário se coloca mais do que nunca como uma opção neste contexto, e com boa rentabilidade”, diz Roque. Com as rendas fixas com baixíssima rentabilidade o mercado será forçado a sair para novos investimentos. “Mas considerando o ambiente de incertezas que a economia global se coloca, sobretudo a brasileira com tantas incertezas também políticas, é natural que se busque algo que seja mais seguro e com maior lastro. Imóveis se colocam neste lugar”, completa.

O funding é desafio para o mercado popular, com o FGTS sendo reduzido ao longo do tempo, mas as empresas que estiverem pensando estrategicamente saídas próprias e inovadoras terão vantagem competitiva significativa. “Tenho tido a oportunidade de ajudar a desenhar saídas nesse sentido e apesar do ambiente tradicional, entendo que está havendo mais abertura para o novo”, finaliza Roque.

Roque Almeida: Formado em Administração pela UFMG e MBA em Gestão em Finanças e Gestão de Projetos por instituições como Fundação Dom Cabral e IETEC, se especializou em Inovação na University British Columbia em Vancouver. Tem uma carreira de 25 anos, onde atuou em grandes organizações notadamente em cargos executivos. É fundador e sócio da Smart Inteligência Empresarial, empresa que entregou mais de 530 projetos nesses últimos 10 anos. É conselheiro de empresas, e atua também como professor universitário nas áreas de finanças, empreendedorismo, planejamento e planos de negócios.

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