A chef Ju Duarte conheceu Orlando Rodrigues, da Premium Vinhos, um pouco antes de abrir a Cozinha Santo Antônio. O ano era 2020 e a chef fez uma grande compra de vinhos para o seu novo restaurante. Quarenta dias depois tudo estava fechado por conta da pandemia. “O Orlando achou que eu não daria conta de pagar, ficou morrendo de dó. Mas eu consegui pagar tudo direitinho e nos tornamos além de parceiros, amigos”, conta a chef.
Entre as muitas trocas, uma sobremesa: figo rami, queijo do reino e um shot de xerez. A chef pediu licença a Orlando para colocá-la no cardápio, uma forma de homenagear o amigo e também a Premium que completa 25 anos em 2024. E a batizou de Memórias.
“Eu fiquei louca quando comi pela primeira vez, porque queijo do reino mexe com o meu coração, mexe com minhas memórias” explica Ju. “Minha família sempre comprava esse queijo quando eu era criança, no caminho para Cabo Frio. Na ida a gente comprava uma bolota que passava com a gente a temporada na praia, e na volta comprava outra ali na região de Santos do Morro, para trazer para casa”.
A combinação do queijo com figo rami e xerez tem sabor indescritível, é preciso ir até o restaurante experimentar!
Memórias: Figo rami, queijo do reino e um shot de xerez
Sobre a Cozinha Santo Antônio
Em uma esquina charmosa, em um dos bairros mais tradicionais da cidade, a Cozinha Santo Antônio chama atenção logo de cara pela arquitetura. Ao mesmo tempo mineira e cosmopolita, com garimpos e peças de design e uma imponente e acolhedora cozinha aberta.
Uma ótima tradução para a comida feita ali. “Estamos completamente conectados com as nossas origens e com a nossa história, mas temos os pés no presente e o olhar no futuro”, diz Juliana Duarte, que comanda tudo no espaço.
A Cozinha Santo Antônio tem por princípio o respeito à sazonalidade dos ingredientes, por isso o cardápio muda de acordo com o que se tem de mais fresco e gostoso para cozinhar, além de possuir também um menu à la carte com clássicos da casa. Os insumos são orgânicos, de origem e chegam através de pequenos produtores.
“Todo início de semana planejo o cardápio dos próximos dias com base no que os produtores têm disponível” conta Juliana. “Durante a semana os pratos são de uma comida mais caseira, que eu defino como sendo ‘que nem a da casa da gente’. No final de semana temos pratos mais elaborados e sempre há opção vegetariana. A comida varia de receitas de família bem mineiras a pratos da cozinha do mundo, como a francesa e a do Oriente Médio que eu gosto muito e estudo”, completa. Juliana é uma chef, historiadora e pesquisadora da história da gastronomia mineira. Mas antes disso tudo trabalhava na publicidade enquanto paralelamente estudava gastronomia e vendia seu disputado paté na Feira Fresca.
Do seu jeito, vem fazendo comida com história e afeto, transformando algo aparentemente banal em “extraordinário”. Comida que valoriza a cultura alimentar mineira e que faz bem para o corpo e para a alma.
Rua São Domingos do Prata, 453 – Santo Antônio
Funcionamento de terça a domingo de 12:00 às 14:30 nos dias de semana e de 12:30 às 16:00 nos finais de semana.
Delivery e o “buscaqui”
Whatsapp: (31) 9-8218-6427
https://www.instagram.com/cozinha_santoantonio
Agnes Farkasvölgyi durante muito tempo foi a banqueteira que também era artista plástica. Hoje isso mudou, e é a artista plástica quem entra na cozinha e também é chef. O resultado é uma gastronomia mais criativa do que nunca e um espaço único na cidade: A Casa da Agnes.
“O processo de criação de um prato ou um menu é muito parecido com meu processo artístico - seja para pintar, desenhar ou escrever. Se desconheço um assunto ou tema, faço uma pesquisa. Anoto e desenho o que acho relevante e vou construindo um caminho. Todas as referências me interessam: forma, cor, textura e conteúdo”, conta.
A Casa da Agnes abriu as portas no dia 29 de janeiro de 2020. O projeto nasceu a partir de um desejo de diminuição da estrutura do premiado bufê Bouquet Garni. Ali, ela divide as panelas e o atendimento com sua filha Camilla. Sua mãe Lelete, depois de anos inserida no mundo da moda, também está por lá, cuidando de cada detalhe da casa e também no papel de hostess.
E são muitos os detalhes. A Casa da Agnes abriga gastronomia e arte. Um bistrô, espaço para cursos e também a estrutura do bufê, que continua atuante. O bistrô funciona de segunda a sábado para almoço. No menu, pratos frescos que mudam com a estação e algumas clássicas criações, além da sugestão do dia. A casa é também galeria e por todo o espaço Agnes exibe suas criações, que estão à venda. À noite a chef promove jantares inusitados ou recebe eventos fechados. Já a cozinha é palco de cursos e aulas, ministrados em dupla, por ela e Camilla, ou apenas por Camilla.
A dobradinha mãe e filha também é criativa. Camilla vem revisitando as receitas da mãe, trazendo um toque contemporâneo e leve. Atleta e estudante de nutrição, a chef tem uma formação muito diferente de Agnes, que vê com entusiasmo o frescor trazido pela filha. “Enquanto chef uso a cozinha e seu entorno como ferramentas para contar uma história construída sobre um tripé de memória/afeto, curiosidade e diversão”, explica.
Serviço
A Casa da Agnes
Almoços segunda a sexta-feira, de 12h às 15h, sábado de 12h às 16h
Eventos fechados para até 60 pessoas
Informações e delivery: (31) 98738-7066
Rua Paulo Afonso, 833 - Santo Antônio
https://www.instagram.com/acasadaagnes
Com poucos meses de vida, a Casa Riuga, restaurante que por enquanto só atende através do delivery, já conquistou clientes fiéis que sempre repetem os pratos que já se tornaram clássicos: arroz de pato, salada de rosbife com mostarda, moqueca baiana de peixe…
A partir de agora, todos estarão com a difícil decisão de repetir seu favorito ou experimentar as novas criações do casal de chefs Carolina Elias e Pedro Paulo.
Estrearam no menu:
- Tartare de carne: alcatra e cebola roxa, temperado com mostarda em grãos, sal, pimenta do reino, e depois finalizado com nori e gema ralada!
- Crudo de atum: atum curado, cebola roxa e maçã verde, depois temperado com nampla, vinagre, flor de sal, azeite, raspas de limão e ciboulette
- Lasanha vegetariana: massa da casa, pesto de brócolis, pedacinhos de brócolis, tomate seco e bechamel
Sobre a Casa Riuga
Riuga é como se pronuncia hygge, palavra dinamarquesa para um sentimento de conforto e bem-estar, que também traduz o estilo de vida escandinavo. Não por acaso, é o nome que os chefs Carolina Elias e Pedro Paulo escolheram para seu primeiro restaurante, o Casa Riuga. Ali eles aplicam as técnicas adquiridas em anos na gastronomia, com passagens por restaurantes paulistanos como, como Cais e Shihoma, além de experiências internacionais na própria Escandinávia.
“Atualmente somos um restaurante de delivery, de comida simples, com valor afetivo, que entrega pratos que as pessoas já têm alguma referência, não abrindo mão de sabor em função da praticidade” explica Carolina. O strogonoff (feito com filet mignon e cogumelos frescos) e a salada caesar (com molho autoral e farofa de focaccia) são os campeões de pedidos. Juntam-se a eles pratos como frango assado e salada de batatas (a sobrecoxa é marinada por 24h e glaceada com mel e páprica) e a salada de rosbife com molho de mostarda (a carne é temperada com seis especiarias e o picles de grão de mostarda é feito por eles).
“Outro prato que gostamos muito, e quem pediu acaba repetindo, é o arroz de pato com nosso pato curado artesanal, que por mais que seja algo um pouco “diferente” do restante do cardápio, vem ganhando espaço” completa Carolina. Cozido no caldo da própria carne, ele é levemente cremoso, finalizado com agrião fresco e pétalas de cebola pérola tostadas.
Outra aposta dos chefs é a linha de antepastos, que inclui o magret de pato curado artesanalmente por 22 dias, abobrinhas italianas marinadas em azeite aromatizado com ervas e raspas de limão siciliano, tapenade de azeitonas pretas temperadas com raspas e suco de laranja, entre outros.
Carolina e Pedro também fazem questão da embalagem sustentável e de boa apresentação, outro diferencial. Forma que encontraram para mostrar que aquele prato, ainda que por delivery em aplicativo, foi feito por pessoas reais e é comida de verdade.
“Acreditamos que o nosso maior atrativo é o fato de darmos muito valor à qualidade, ainda que nesse sistema de delivery que visa, na grande maioria das vezes, volume acima de tudo. Isso reflete no nosso produto final, e apesar do preço mais alto do que em comparação a outros concorrentes no mercado, os clientes que provam voltam com frequência. A preocupação com sabor e qualidade é o que sobressai” fala Pedro Paulo.
Ainda no primeiro semestre, Carolina e Pedro pretendem abrir uma confeitaria, também no sistema de delivery. Já os planos de transformar a Casa Riuga - com outra proposta de cardápio - em um restaurante de rua estão adiantados e dependem apenas de encontrar o espaço ideal.
Serviço
Terça à sexta-feira: 11h às 15h, 18h às 22h
sábado: 12h às 16h, 18h às 22h
domingo: 12h às 18h
@casa.riuga
https://tr.ee/skCOlxXuVh