Expert em design nacional ministra curso em BH

Mariana Sobreira e Eveline Porto estão trazendo para BH um curso com a Ethel Leon, que é uma expert estudiosa do design brasileiro. Ethel vai ministrar “História Cultural das Cores”, um curso de três dias que está com inscrições abertas e começa no próximo dia 30/07. A dupla Mariana e Eveline acaba de lançar a Cora, empresa que está trazendo Ethel a BH. “Estamos juntas neste projeto que tem como objetivo trazer para Belo Horizonte cursos, palestras e talks que promovam um tempo para o conhecimento, novos pontos de vista, reflexões e aprendizados relevantes e significativos: sempre!” conta Mariana, relações públicas que também é conhecida pelo seu lado b, cantora presente nos eventos mais concorridos da cidade. 


Cores e história cultural por Ethel Leon

Por que o vermelho é considerada a cor mais aberrante?

Por que o pretinho básico da estilista Coco Chanel se tornou um uniforme de elegância? Como o azul se tornou a cor preferida de boa parte do mundo?

Por que dizemos sorriso amarelo, verde de fome? Por que a vida pode ser cor de rosa?

Em nosso meio encontramos teorias das cores, psicologia das cores e várias práticas na arquitetura, no design nas artes plásticas que se apoiam em construções intelectuais sobre o universo cromático.

Ainda é raro, entre nós, uma abordagem social das cores, fenômeno de longa duração e que recusa noções ontológicas do tipo “o verde é repousante”, “o vermelho é excitante” etc. Para a história cultural, não existe a noção de que a cor “é”, mas sim que ela vem sendo construída ao longo de séculos por práticas sociais.

É nesta chave que foi elaborado o primeiro curso História Cultural das Cores, abordando aquelas que são fundamentais em nosso universo: o preto e o branco, o vermelho e o azul, o verde e o amarelo.

O curso não se apoia nas teorias das cores (por exemplo, Goethe e seus seguidores), mas aborda algumas das concepções filosóficas, religiosas, morais e alguns códigos indumentários e suas mudanças ao longo da história ocidental.

A professora

Ethel Leon é doutora pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo. Foi editora da revista eletrônica de design Agitprop (2008-2015). É autora dos livros Design Brasileiro quem fez quem faz (SENAC RJ, 2005); do livro João Baptista da Costa Aguiar, Desenho Gráfico (SENAC SP, 2008). Memórias do Design Brasileiro, (SENAC SP, 2009); IAC, primeira escola de design do Brasil (Blucher, 2014), Canasvieiras, um laboratório para o design brasileiro (UDESC/FAPESC, 2015), organizadora e coautora do livro Michel Arnoult, design e utopia (Sesc, contemplado com o Projeto Rumos Itaú Cultural, 2016) e coautora do livro Marcenaria Baraúna (Olhares, 2017). Sua tese de doutorado e os livros IAC, Michel Arnoult e Marcenaria Baraúna foram premiados no Prêmio Museu da Casa Brasileira.

Onde: Lider Sion – Rua Grão Mogol, 678 – Sion – BH, MG

Quando: 30/07, 31/07 e 01/08, de 19.00 às 21:00hs

Investimento: R$ 400,00

Informações: coraamplia@gmail.com / Eveline (31) 99757-6762 / Mariana (31) 99143-7483


Nelson Angelo apresenta Vitral do Tempo no Espaço Do Ar

O Espaço Do Ar recebe a celebração dos 70 anos de Nelson Angelo, um dos mais importantes compositores mineiros. A única apresentação, no dia 19 de julho, sexta-feira, às 20h, mostrará parte do repertório do seu novo disco, “Vitral do Tempo”, além das clássicas “Tiro Cruzado”, “Canoa Canoa”, “Reis e Rainhas do Maracatu”, “Fazenda”, entre outras. No palco, o power trio formado por Esdra Neném Ferreira (bateria) e Enéias Xavier (Baixo), Nelson Angelo (violão) e participação de Eugênio de Castro, cantor e compositor mineiro proprietário a QUAE Distribuidora de Música, lançando seu single, intitulado “Caminhar”, e da cantora Camila de Ávila, interpretando com o artista a canção “Um a zero”, de Pixinguinha e Benedito Lacerda, com letra de Nelson. Os ingressos custam R$ 15, antecipado, e R$ 20, na hora do evento. Classificação: livre.

Foram dez anos para as canções do CD “Vitral do Tempo” serem gravadas. O trabalho está nas plataformas digitais desde o dia 15 de junho, aniversário do artista, por meio da QUAE Distribuidora de Música. São de diferentes estilos e sem nenhuma unidade sonora, a não ser o fio do tempo que se prolongou de 2009 até 2019, quando o disco foi editado, mixado e masterizado. O álbum possui oito faixas sendo quatro de Nelson e as outras em parceria com Cacaso (1944- 1987), na regravação da canção “Quando eu vi o mar”, com João Evangelista Rodrigues, na canção “Mrs. Blues”, e a primeira música com letra de Frei Beto, “Negritude”, mesmo título do texto publicado pelo jornalista e frade dominicano em 2004. Em entrevista para o jornal O Tempo, o artista contou que “essa música simboliza o envolvimento do Brasil com a África, no sentido de reconhecer a beleza da convivência. A negritude é uma coisa ampla, não tem a ver só com cor de pele. Principalmente para a gente, de Minas Gerais, ela está no âmago do nosso ser”, explica.

Nelson Angelo é um dos mais importantes nomes da música nacional. Estudou violão com os professores Raul Marinuzzi e José Martins. Ainda em Belo Horizonte conheceu Milton Nascimento, Marcio e Marilton Borges, Marcio José, Fernando Brant, Toninho Horta e Helvius Vilela. Iniciou sua carreira em casas noturnas, teatros e televisão, tornando-se músico profissional em 1966. No mesmo ano, mudou-se para o Rio de Janeiro onde conheceu Dorival Caymmy, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Luiz Eça, Edu Lobo, Marcos e Paulo Sérgio Valle, Rui Guerra e Ronaldo Bastos.  Deu aulas de violão, tocou na noite e gravou com artistas brasileiros e estrangeiros como Sarah Vaughan, Björk Telly Savalas, Egberto Gismonti, Gonzalo Rubalcaba e John McLaughlin. Depois de um tempo, quando as diferenças de idade não mais eram determinantes para as companhias, Nelson se aproximou de Lô Borges. Importante ressaltar que o último disco de inéditas de Lô, lançado em maio de 2019, intitulado “Rio da Lua”, todas as faixas são poemas de Nelson musicados por Lô. No processo de criação de “Rio da Lua”, ao longo de 2018, Lô recebia os textos enviados por Nelson, por meio de mensagens digitais, e prontamente, ao violão, concebia as canções.

O artista integrou o movimento musical mineiro Clube da Esquina e fez parte do Quarteto Livre, Clube do Samba, Conjunto Luiz Eça e a Sagrada Família, A Tribo e Turma do Funil. Atuou como músico, compositor, cantor, arranjador e produtor. Hoje, Nelson é um artista independente que faz shows por todo o Brasil e em países das Américas do Sul, Central e do Norte e na da Europa como França, Inglaterra, Bélgica, Portugal, Espanha, Áustria, Dinamarca e Noruega.

Serviço:
Nelson Angelo – Vitral do tempo
Data:19 de julho, sexta-feira
Horário:20h
Local:Espaço Do Ar (rua Amoro Costa, 32. Santa Lúcia)
Ingressos:R$ 15 (antecipado) e R$ 20 (no dia do evento). https://www.eventbrite.com.br/e/nelson-angelo-vitral-do-tempo-tickets-64804219164?aff=erelexpmlt
Classificação:livre

Sobre a Do Ar

A DO AR é um espaço de múltiplas experiências. O principal objetivo da casa é proporcionar ao público vivências únicas, individuais e coletivas. Café, coworking, restaurante, casa de show, bar, espaço para arte e design e muito mais. Todas essas vertentes se encontram e conversam num ambiente agradável, elaborado por Éolo Maia, importante nome da arquitetura pós-moderna.

No cardápio, produtos locais são protagonistas desde os pratos até os drinks e vinhos, passando pelos chopes especiais. Na casa, mirante com pufes, rede para descanso, salão para shows, jardim e bar. Diversidade, multiplicidade e plasticidade.

Serviço

Local: DO AR, 32 Rua Amoroso Costa, Santa Lucia

Tel:  97183 8712

espacodoar.com

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Transvest recorre a financiamento coletivo para se manter

No Brasil, cerca de 90% das travestis e transexuais vivem da prostituição, ficando sob perigos diários de morte e infecções sexualmente transmissíveis. A expectativa de vida de pessoas trans no país é de apenas 35 anos. Só em 2017, cerca de 179 transgêneros foram mortos assassinados por transfobia. Mortos apenas por serem quem são. Não o bastante, a maioria se encontra na miséria, morando nas ruas.

“A necessidade de oferecer um espaço educativo de acolhimento é muito importante dadas as dinâmicas de violência e exclusão radical a que as pessoas trans estão sujeitas nas instituições de educação formal” conta Duda Salabert, fundadora da Transvest. “Somos um projeto artístico-pedagógico que objetiva combater a transfobia e incluir travestis, transexuais e transgêneros na sociedade. Já estamos no nosso quarto ano de trabalho em Belo Horizonte/MG e precisamos de ajuda!” explica.

O projeto pedagógico oferece, além das aulas preparatórias para o Enem e Encceja, oficinas educativas e eventos culturais. Com o tempo, ganhou novos núcleos, como o ensino de idiomas, as aulas de defesa pessoal e o apoio jurídico. O perfil dos estudantes reflete o contexto de precariedade enfrentando pelas pessoas trans no Brasil, sendo frequentes trajetórias marcadas pela expulsão de casa, evasão escolar e exclusão do mercado de trabalho formal.

Atualmente, a Transvest conta com poucos recursos para sobreviver e manter suas atividades. Para isso conta com a ajuda de doações de no mínimo 10 reais mensais (uma cerveja por mês!) para continuar o excelente trabalho.

Para doar: http://evoe.cc/transvest

Sobre a Evoé

Evoé é uma plataforma de crowdfunding/financiamento coletivo que mescla apoio via imposto de renda com apoio direto. Pouca gente sabe, mas apenas ¼ dos projetos aprovados em Leis de Incentivo conseguem financiamento. 

A falta de recursos é uma das maiores dificuldades do empreendedor criativo. Em paralelo, 84% dos brasileiros não sabem que podem destinar parte do Imposto de Renda para doação.

“Sentimos que fazemos acontecer, permitindo que projetos se tornem realidade, como o Lá da Favelinha, que impacta vários jovens da periferia de BH, gerando oportunidade para eles” conta Bruna Kassab, fundadora da Evoé. “Acreditamos no impacto coletivo para o desenvolvimento do país. Nós nos sentimos realizados quando vemos as ideias saírem do papel, é um grande orgulho ver um projeto que auxiliamos ganhar vida, sentimos parte dele”, completa.

Em uma pesquisa realizada pela Evoé, a falta de recursos e inexperiência são dificuldades recorrentes em projetos culturais. É difícil um projeto sem experiência e visibilidade ser financiado no modelo tradicional, ao mesmo tempo que sem recursos o produtor também não consegue se desenvolver.

Os próprios produtores experientes também vem enfrentando dificuldades de se manter em um contexto de incertezas econômicas nacionais e internacionais. “É problemático que eles dependam somente do patrocínio de empresas, pois a falta dele inviabiliza o projeto, além de faltar a conexão com o public”, explica Bruna.

Para conhecer um pouco mais da Evoé, colaborar com um projeto ou apresentar uma ideia, acesse https://evoe.cc

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