A Casa da Agnes lança menu de verão

O verão já chegou também no restaurante A Casa da Agnes, da  chef e banqueteira Agnes Farkasvölgyi. Por lá, a cada virada de estação, muda o cardápio. A proposta é não só privilegiar alimentos da temporada, mas também criar pratos que sejam a cara da estação.

As novidades começam pelos aperitivos e entradas, entre eles um salmão fresco, ligeiramente defumado, com aspargos verdes e salada de ovos (R$65,00), um “sushi” de denver steak (bolinho de arroz negro, denver steak mal passado e molho chimichurri - R$69,00) e o clássico britânico “fish & chips” com molho tártaro (R$52,00). Outra novidade é a possibilidade de montar sua própria salada (R$45,00) com itens como queijos diversos, cogumelos salteados e sagu com jabuticaba. 

A sessão de principais agora conta com Caccio e Pepe (feito ao vivo na roda de parmesão - 58,00), Tagliatelle com frutos do mar - camarão, lula e polvo - e molho de tomates (R$85,00), Costeletas de cordeiro grelhadas, molho de jabuticaba e riso de grãos (R$107,00), Rosbife fatiado fininho com salada de batatas e chucrute da casa (R$79,00) e Lasanha de pupunha com berinjela, cogumelos, muçarela de búfala e molho de tomates (R$65,00).

Nas sobremesas, Mousse de chocolate com laranjinhas cristalizadas e sorbet de tangerina (R$32,00), Pudim de Leite condensado e sorvete e calda de caramelo sala (R$28,00) e o retorno do Creme de Papaia com licor de cassis e amêndoas (R$28,00)!

Lembrando que os clássicos da casa são servidos o ano todo. Os fãs do bobó de camarão, arroz de pato, portafoglio de filé, entre outros, podem ficar tranquilos. 



Sobre Agnes Farkasvölgyi

Comida e arte, a chef e banqueteira - e artista plástica - Agnes Farkasvölgyi leva seu universo lúdico para cozinha de três empreendimentos: A Casa da Agnes, Chafariz e Bouquet Garni. “Enquanto chef uso a cozinha e seu entorno como ferramentas para contar uma história construída sobre um tripé de memória/afeto, curiosidade e diversão”, explica. “Minha cozinha se parece muito comigo. É colorida, alegre, misturada. Todos os pratos que faço tem uma história por trás. As que vivi e ainda vivo, as que ouço e aprendo. Desde quando comecei em 1989 “, completa ela. 

A Casa da Agnes abriu as portas dia 29 de janeiro de 2020. O projeto nasceu a partir de um desejo de diminuição da estrutura do bufê e de um contato mais direto com os comensais. “Eu sempre gostei do tet a tet com o cliente, da conversa” conta. Ali, Agnes divide as panelas e o atendimento com sua filha Camila. Sua mãe Lelete, depois de anos inserida no mundo da moda, também está por lá, cuidando de cada detalhe da casa. No menu, pratos frescos que mudam com a estação e algumas clássicas criações. 

Seu mais recente projeto é no restaurante Chafariz, em Ouro Preto. Desde setembro deste ano, Agnes é chef executiva do tradicional restaurante da cidade histórica, colocando seu toque contemporâneo e criativo na culinária mineira. 

“Eu pratico uma cozinha atenta a minhas referências, ao mesmo tempo aberta e curiosa ao novo. Acredito e uso a tecnologia nos preparos e acho que cozinha pode ser arte, desde que,  quem a faz, assim queira. Quanto mais misturamos tecnologia com histórias e conhecimento, mais estamos aptos a criar enredos com os pratos”, explica a chef, que nos seus mais de 30 anos na gastronomia criou pratos que se tornaram icônicos e que vez ou outra precisa relembrar para seus fiéis clientes do Bouquet Garni. Caso do lombinho de porco com espaguete com couve e torresmo, o camarão empanado harumaki sobre caldinho de feijão branco, os bolinhos de arroz com ovas, a feijoada com pequi… a lista é grande!

“O processo de criação/ construção de um prato ou um menu é muito parecido com meu processo artístico - seja para pintar, desenhar, escrever ou montar. Se desconheço um assunto ou tema, faço uma pesquisa. Anoto e desenho o que acho relevante e vou construindo um caminho. Todas as referências me interessam: forma, cor, textura e conteúdo “, conta. 

Prestes a completar 60 anos, Agnes Farkasvölgyi está em seu auge criativo, com muitos planos e ideias. “Com A Casa da Agnes comecei a construir um sonho. Um espaço que abrigasse cozinha e arte, jantares e almoços inusitados, todo o meu trabalho com o buffet e ainda um bistrô”. A comemoração de seu aniversário, um evento eat art, será o início dessa nova fase. 



Serviço

A Casa da Agnes 

Almoços segunda a sexta-feira, de 12h às 15h, sábado de 12h às 16h

Eventos fechados para até 60 pessoas

Informações e delivery: (31) 98738-7066 

Rua Paulo Afonso, 833 - Santo Antônio

https://www.instagram.com/acasadaagnes

Chafariz 

Funcionamento de quinta a segunda-feira, das 11h às 23h 

domingos até 18hs

Informações: (31) 98948-9976 

São José, 167 - Ouro Preto/ MG

https://www.instagram.com/chafarizrestauranteop/

Bouquet Garni

Informações: 31 98738-7066

https://www.instagram.com/bouquetgarni/




(i)móveis: mostra reúne obras lúdicas que transitam entre objetos de arte e funcionais

Foi inaugurada, no Parque do Palácio, a exposição “(i)móveis”, do arquiteto e designer Porfírio Valladares, que explora a relação entre morar em prédios e os móveis gaveteiros. “Produzi com as técnicas da marcenaria fina artesanal vários gaveteiros que se confundem com grandes maquetes de prédios de apartamentos” explica Porfírio. “Fico oscilando entre estes dois pólos: ora vejo tudo que produzi como uma espécie de Copacabana um pouco menos aterrorizadora que a real, ora vejo os (i)móveis como uma coisa afetiva; eu sempre gostei de gavetas e acho confortável a sensação de que os objetos de que eu gosto estão protegidos do olhar alheio, escondidos nas gavetas”.

A ideia surgiu a partir do pensamento sobre “morar em gavetas”, e por meio desses objetos, Porfírio faz uma analogia das gavetas com as moradias urbanas e a vida nas grandes cidades. “Pensei em construir uma cidade com eles. Originalmente produzi 18 prédios/gaveteiros inventados por mim. Não são réplicas de prédios existentes, mas remetem à imagem de estilos de época que foram ou ainda são recorrentes na produção de moradias pelo mercado imobiliário. Pode-se ver o Art Déco, o Modernismo, o Neoclassicismo, o Brutalismo e por aí vai”, completa ele. 

Os prédios anônimos, de arquitetura ordinária e comum foram a fonte de inspiração. Por isto, não é difícil identificar elementos de estilos de época na “arquitetura” de alguns dos (i)móveis. Eles espelham o que se vê nas ruas das cidades, desde que se começou a construir prédios até os dias de hoje. São prédios que também são móveis e ao mesmo tempo, arte. 

Para esta exposição no Parque do Palácio, serão 10 prédios/gaveteiros expostos e que estarão à venda. “A mostra é também uma homenagem ao meu amigo Zé Dias, marceneiro talentoso que me acompanha desde o início, há mais de 35 anos, e que construiu ao meu lado os (i)móveis durante 2 anos” conta Porfírio.

Texturas e tons das estrias da madeira, o corte e o encaixe, os elementos vazados e os acabamentos perfeitos revelam a poética das obras utilitárias. Todos os (i)móveis apresentados são gaveteiros, caixas dentro de caixas, que podem ‘guardar’ coisas de maneira organizada ou não. As peças foram elaboradas com freijó maciço, lâminas aplicadas sobre painéis de compensado multilaminado, e lâminas de imbuia para fazer as vezes de vidro, todas encaixadas, coladas e envernizadas. 

“Meus (i)móveis não se inscrevem na instância da arte, na medida em que servem para guardar e organizar coisas. Mas acabo ficando em dúvida. Para mim, eles também servem para guardar sonhos e fantasias”, finaliza Porfírio.

A exposição chega a Belo Horizonte depois de passar por SP e fica em cartaz até abril. 

Sobre Porfírio Valladares

Arquiteto e designer de móveis; mestre em Arquitetura e Urbanismo (2012) pela Universidade Federal de Minas Gerais e graduado em Arquitetura e Urbanismo (1980) pela mesma instituição. Especialista em Arte Contemporânea pela Escola Guignard (UEMG, 2003). Sua pesquisa acadêmica investiga, tanto na arquitetura quanto no design de móveis, as possibilidades construtivas da madeira. De 2002 a 2011 foi professor na Universidade FUMEC, nos cursos de Arquitetura e Design de Interiores, e de 2002 a 2004 foi Professor Substituto no Curso de Arquitetura da UFMG. Possui experiência na área de Arquitetura, com ênfase em projetos residenciais e institucionais. Desde 1980 trabalha com design de produto, principalmente na área de mobiliário e complementos. Destaca-se, em ambas as áreas, por mostras e premiações nacionais e internacionais.

http://www.porfiriovalladares.com
Instagram: @porfiriovalladares 



Sobre Parque do Palácio

O Parque do Palácio é destino de contemplação e descanso, e conta também com intensa programação gastronômica e cultural. Uma casa de campo em plena cidade, distribuída em 42 mil m² de área e pensada para todos.

Localizado no Palácio das Mangabeiras, antiga residência do governador do estado, projeto atribuído a Oscar Niemeyer e com paisagismo de Burle Marx ainda não implementado (um dos projetos em andamento), o Parque permite diversas possibilidades. “Além do atrativo histórico, a natureza abundante é propícia ao lazer, à contemplação e às interações, tudo isso de forma segura” explica João Grillo, gestor do espaço. “O Parque do Palácio também foi pensado para receber e promover eventos culturais e de negócios“, completa.

Uma programação cultural que contempla todas as idades - com atividades infantis e música ao ar livre, o Parque do Palácio se firma como destino para belo-horizontinos e turistas que visitam a cidade. 

Vale ainda ressaltar que o projeto não é financiado pelo Estado e está sob a gestão da empresa Grifa e Malab Produções, por meio de acordo de parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

Brunch:

De quarta a sexta-feira, das 10h às 18h, sábado e domingo, das 09h às 18h, o Parque do Palácio oferece um maravilhoso brunch aos pés da Serra do Curral promovido pelo Café Magrí.

Com uma curadoria de produtos sustentáveis, sem conservantes e de pequenos produtores da região, o menu é sazonal e oferece os melhores cafés da temporada.

Oficina de Bolhas:

As manhãs de domingo são para Oficina de Bolhas de sabão! O encontro acontece sempre das 10h às 12h. (*Exceto dias de chuva) 

A oficina contempla crianças e adultos de todas as idades!



Serviço:

Horários: 

Parque:

Quarta a sexta: 10h00 às 18h00.

Sábado e domingo: 09h00 às 18h00

Café Magri:

Quarta a sexta: 10h00 às 18h00

sábado e domingo: 09h00 às 18h00

Reservas: +55 31 8517-0928

Endereço: Rua Djalma Guimarães, 161 Palácio das Mangabeiras Portaria 2 - Mangabeiras, Belo Horizonte 

Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia entrada). Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso sympla.

www.instagram.com/parquedopalacio_

www.parquedopalacio.com

É permitido entrar com animais domésticos na coleira






Exposição: Gal apresenta a primeira mostra individual em Belo Horizonte da artista carioca Maria Palmeiro: Ludíbrio

Últimas semanas para ver a primeira exposição individual da artista carioca Maria Palmeiro em Belo Horizonte, Ludíbrio. A mostra, é resultado do feliz encontro da artista com o curador mineiro Lucas de Vasconcellos, promovido pela GAL, da galerista Laura Barbi.

Maria Palmeiro tem forte relação com a cidade. “Por algum motivo, sempre volto à BH”, diz ela, que já participou de mostras coletivas na capital mineira. Em Ludíbrio, apresente nove séries, sendo uma delas, batizada de Belo Horizonte


Sobre a exposição 

Derivada do verbete “ludus”, plural de “ludi” em latim, a palavra ludibrium, em sua etimologia, remete ao ato de brincar, àquilo que é objeto de diversão e, ao mesmo tempo, de ironia.

Nesta exposição, a produção artística de Maria Palmeiro nos anuncia diferentes variações estéticas acerca da ilusão ótica de imagens ludibriadas. Uma proposta curatorial que enreda a experiência ilusória da visão humana por um conjunto de obras produzidas por Maria entre 2018 e 2022 cujos sentidos nos revelam alternâncias dicotômicas entre o objeto e a coisa.

A artista está presente, performance à beira mar. Na areia da praia, em sua simultaneidade imagética, belos horizontes são conduzidos e perseguidos pela insistência do olhar. Em sua forma afronhada, a série Belo Horizonte ensaca sonhos no ensejo de ludibriar a realidade, capturas de um cotidiano farsesco, assim como se observa os reflexos de um cometa em movimento nas superfícies de uma casa.

Na pintura, a repetição das esferas ora assume a noção de volume em movimento, ora questiona a linha intermediária das cores. Brilho – aqui, leia-se brio – é cor que cresce sobre as paredes, uma observação do comportamento contínuo da luz. Será magia, feitiço ou imersão caleidoscópica? Taumatrópio em movimento, dobraduras de tecidos que não tem começo e nem fim. Para a artista, em sua experimentação técnica “a dobra é um modo de trabalho em que a obra deixa de ter uma origem, um suporte de acumulações” … persistindo, dessa forma, na ambiguidade da imagem, entre o que é e não é.

A fotografia é ficcionada ao manipular o espelhamento de espaços vazios de uma mesa em que os recortes são sobrepostos por objetos alusivos de um ambiente doméstico, reincidência temporal de um jogo de espelhos. Já na série Mesas, sustentadas por varas disformes, a transição entre a pintura e objeto é causada por sua disposição não convencional no espaço, uma vez que a obra requisita a parede e o chão como superfícies de apoio para sua sustentação.

Interdita em seu universo de criação pelo recolhimento social imposto à todos nós desde março de 2020, em decorrência da proliferação de organismos ainda não visíveis a olho nu, na série desenhos de quarentena, Maria parece representar a anatomia de esferas oculares, como uma tentativa de tornar visível o que se perdeu na escuridão dos dias, por vezes acinzentados, de um cenário pandêmico.

Por outro lado, na série ciência amadora, a mesma pinta composições disformes e densas de cores a partir do repertório investigativo de pesquisadores de diferentes campos do conhecimento. A artista nos situa: “o que fiz foi tornar os objetos de pesquisa presentes em mim, evidenciando um processo que se dá entre pensamento e assimilação de uma teoria e sua visualização e tradução na práxis da pintura”. Processo que se revela antropofágico em sua natureza de assimilação e produção mútua do conhecimento, alertando-nos acerca do ato estético enquanto rigor científico e a arte como objeto contestador das verdades absolutas.

Em seu figurativismo, à maneira como são desenhadas, as ameixas são risonhas pelo brio excessivo de sua voluptuosidade, ou talvez a representação do fruto em seu enquadramento erótico. As lantejoulas e a vara de led presentes na obra certamente brilhar é atraente e convincente, remontam artifícios de uma planta carnívora no desejo de capturar mariposas que sobrevoam com seus telescópios em busca de um ponto luminoso. Fiat lux: miçangas envoltas em um fósforo incendiário.

Assim, pouco a pouco, Ludíbrio se transforma em uma experiência relacional entre corpo, espaço e objetos-trecos-troços-coisas-afetos. Um jogo cênico de captura de imagens em constante movimento, transcendendo a natureza física dos objetos e transmutando o nosso olhar ao redor das coisas.

Curadoria e texto crítico: Lucas de Vasconcellos


Sobre Maria Palmeiro

Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Doutoranda no Programa de Estudos Contemporâneos das Artes da UFF e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Artes da Cena pela ECO-UFRJ.

Artista e pesquisadora investiga e produz o entrelaçamento entre pensamento, escrita e prática através de objetos, pinturas, performances, e narrativas.

Maria participa regularmente de mostras coletivas e expôs individualmente no Rio (A obra está, 2014 e Pintura crônica, 2018) e na Argentina (Rol, 2018). Escreve textos sobre artes que estão publicados em revistas acadêmicas como Cosmos e contexto, revista A!, revista ensaia (Uni-Rio) e Lamparina (UFMG) e poesia, publicada na revista Garupa. Realizou residências artísticas em Barcelona (CanSerrat, 2017), Belo Horizonte (Espai,2018), São Paulo (Faap, 2019) e Rio de Janeiro (Refresco, 2020), e Silo (2021).


Sobre a GAL

GAL é uma galeria de arte virtual que desenvolve projetos independentes voltados à pesquisa e circulação da arte contemporânea brasileira. Disponibilizamos um acervo de obras selecionadas de artistas brasileiros contemporâneos para venda online, em um modelo transparente que resulta no financiamento de nossas ações.

Propomos um modelo alternativo ao praticado por galerias e instituições, buscando outros contextos para artistas mostrarem suas produções junto ao público e colecionadores diversos.

Um projeto desterritorializado que realiza exposições em espaços em desuso ou ocupa temporariamente espaços culturais tradicionais e/ou privados.

Nossa proximidade com estes artistas, de trajetórias e interesses diversos, somada a nossa rede de colaboração que reúne pesquisadores, críticos, curadores, além de parceiros de diferentes áreas de atuação, como arquitetura, cinema e publicação gráfica é o garante este modelo único e destoante.

GAL surgiu em 2017 em Belo Horizonte e suas ações têm alcance global.


Serviço

Maria Palmeiro

EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL

CASA GAL

terça a sexta: 14 - 18h | sábado: 10 - 14h

Groelândia, 50 - Sion, Belo Horizonte, MG, Brasil.

31 99370.8998 | info@gal.art.br



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