Taraxacum é o nome científico do dente-de-leão. Também é o título do segundo livro da autora Andreza Félix, em parceria com o ilustrador Santiago Reis. Com a obra, Andreza se firma como representante de uma cultura para a diversidade, propondo o protagonismo negro na literatura infantil.
O livro é um convite para olhar. Olhar devagar e enxergar tudo que for possível. A narrativa de Taraxacum homenageia os interioranos do Brasil: mercadores, artesãos, feirantes, gente que vive em um micro mundo que parece que acabou, mas existe, persiste e encanta. “O texto convida para uma calma, um olhar demorado no detalhe. Essa demanda de reduzir a ansiedade trazida pelas telas e redes. A necessidade de estar presente o tempo inteiro”, explica a autora. Andreza destaca ainda a importância da ilustração. Santiago Reis lança mão de diferentes técnicas como textura, colagem e traço, um convite para explorar riquezas estéticas.
A obra é o encontro de interesses da autora: plantas e o mundo vivo. Andreza diz que estar no meio da natureza a conecta com a existência no planeta, com algo além de sobreviver. “Muitas vezes no meu jardim via passando uma sementinha de dente de leão voando. Pousando nas coisas, meio que pairando no ar. Sempre pensei: onde ela vai? de onde ela vem?”.
Esse foi o motivo central para criar a história, pensar que plantas e sementes fazem viagens possíveis. “Uma vez comecei um curso de fitoterapia e o professor falou algo que me marcou: a semente luta pela existência da planta. Ou seja, a flor, o fruto só existem para que a semente viva e continue o ciclo até um dia ser outra planta”. Andreza juntou os pontos com a teoria pedagógica que fala das crianças dente de leão: crianças que perseveram em ambientes adversos. “Comecei a pensar nessa planta, que nasce em fresta, que nasce em deserto, que nem é bonita, mas abre seu paraquedas e voa. Diligente e serena, buscando garantir a vida da sua espécie. Daí eu pensei, e se a gente pudesse levar uma criança para conhecer o mundo feito uma semente faz quando voa? Quanto mundo ela conhece?” indaga a autora.
Sinopse
Taraxacum officinale é o nome científico do dente-de-leão, uma plantinha minúscula e leve que pode viajar grandes distâncias com a ajuda do vento. Marcelo é o nome de um garotinho, mas ainda assim muito maior que um dente-de-leão.
Pequeno, grande, perto, distante, aqui, ali, lá, acolá… esta é uma história que nos convida a refletir sobre dimensões e escalas. Acompanhando o percurso do Taraxacum por ruas, praças, rios e sonhos, Marcelo – e também o leitor – conseguem perceber a grandeza e a diversidade do mundo.
Autora: Andreza Félix
Ilustrador: Santiago Régis
Dimensões: 20x23cm
Páginas: 40
Valor: R$46,00
Sobre Andreza Félix
Andreza é múltipla. Escritora, pedagoga, professora, Mestra em Ciência da Informação… atualmente escreve livros enquanto termina o doutorado em ciência da informação e exerce a função de diretora de inovações pedagógicas e bilinguismo do Bernoulli Educação.
“Como professora formei muitos leitores. Sempre fui fascinada pelo poder formativo e informativo dos livros, das ilustrações, das possibilidades de alcance estético, social, emocional, literário e afetivo que os livros proporcionam”, conta ela.
Taraxacum é seu segundo livro de literatura infantil. O primeiro, Meia Curta, também em parceria com o ilustrador Santiago Reis, acaba de ser selecionado para o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), que distribui obras para as escolas públicas. “Estou me sentindo inteira por poder ser parte de uma educação contributiva para diversidade e fruição dos leitorzinhos Brasil afora” finaliza Andreza.
Serviço
Lançamento Taraxacum
Local: Livraria da Rua - R. Antônio de Albuquerque, 913 – Savassi
Horário: 11h
Vendas:
taraxacum - amazon
taraxacum - editora mazza
A edição 2022 da Semana Criativa de Tiradentes já tem data marcada: de 20 a 23 de outubro, na cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais. O evento acontece em formato presencial, com quatro dias recheados de palestras, rodas de conversa, exposições, oficinas e experiências ligadas ao universo artesanal brasileiro. As palestras do dia serão disponibilizadas no YouTube da Semana Criativa, no período do festival.
A Semana Criativa de Tiradentes é uma iniciativa cultural e social, que acontece anualmente na cidade título, com o objetivo de divulgar e valorizar os saberes de tradição e estimular o empreendedorismo por meio do design, do artesanato e da arquitetura. O projeto é realizado pela jornalista Simone Quintas e pelo produtor cultural Júnior Guimarães. Neste ano, o festival é um oferecimento do Instituto Cultural Vale e conta com o patrocínio das empresas Breton e Sherwin William, copatrocínio da Bel Lar e o apoio da Ecosimple e Oxford.
Ao longo do ano, são promovidas imersões entre designers e artesãos para a troca de conhecimentos. O resultado destes encontros são produtos criativos e cheios de história, exibidos e vendidos na loja da Semana Criativa de Tiradentes e em lojas de design do país. Participam desta edição os designers Gustavo Bittencourt (RJ), Luly Vianna (SP), Karol Suguikawa (MT), Pietro Oliveira (MG), Rodrigo Ambrosio (AL) e os artesãos Alisson Lourenço Nascimento (madeira/marchetaria), Tatiane Carvalho de Santana, Edna Maria Carvalho de Santana e Wellington Carvalho de Santana (palha), Camila Mendes (bordado), Claudio de Matos Ferreira (Nôca) e Bela Ladeira (couro) e Carlos Henrique Silveira Barbosa (lata).
Em outubro, durante o festival, acontece uma verdadeira maratona de conteúdo e de experiência pelas vielas da cidade sobre artesanato, design, arquitetura e gastronomia. O público é formado por arquitetos, designers de produto e de interiores, artesãos, artistas, formadores de opinião, lojistas e interessados no assunto vindos de todo o país.
Escola da Semana – Preservar e Despertar
Esse ano a organização do evento apresenta outra novidade: a Escola da Semana. O projeto, em parceria com a Prefeitura de Tiradentes, vai transformar o espaço de uma unidade municipal desativada há seis anos, na comunidade Caixa D’a´gua da Esperança, área rural da cidade, na primeira escola de design nacional com foco na preservação das técnicas de tradição.
A ideia surgiu em 2017, durante a primeira edição da Semana Criativa, quando o designer Paulo Alves sugeriu aos criadores do festival que fundassem uma escola para que todas as pessoas pudessem vivenciar imersões com designers e artesãos. “Ficamos com essa história atrás da orelha e a vontade de transformar o projeto em realidade só veio aumentando. No final do ano passado, quando terminou a SCT, a Prefeitura de Tiradentes propôss uma parceria para ocuparmos essa escola desativada na área rural da cidade. Apesar de todo o grau de desafio, ficamos super animados em fazer lá a Escola da Semana”, conta Simone Quintas.
Além de uma futura imersão para quem participa da Semana, o espaço será um lugar de aprendizado, com oferta de cursos rápidos e estímulo ao empreendedorismo. A intenção que as aulas sejam ministradas por grandes nomes do design, junto com artesãos locais, para interessados de todo o país que queiram colocar a mão na massa e se expressar por meio de técnicas manuais de tradição. Segundo Simone, a iniciativa trará´referências das escolas europeias Bauhaus e Domaine de Boisbuchet. “A Bauhaus falava muito dessa história de misturar arquitetura com outras artes, e a Semana Criativa é muito isso. Vamos falar de design, de técnicas de construção, mas sempre puxando para o artesanato, para as técnicas locais. Vai ser uma escola com essa mistura de cores”, acrescenta.
Desde a idealização até os primeiros passos para torná-lo realidade, o projeto tem contado com a coletividade em todos os seus processos. Em uma ação inédita, um coletivo multidisciplinar de notáveis, puxado pela arquiteta Bel Lobo, se uniu para reformar, revitalizar e ressignificar o espaço da antiga escola. Participam do grupo os arquitetos Alex Rousset, Paulo Alves e Ligia Agostini, os designers Ana Vaz, Henrique Oliveira e Paulo Biacchi, e o influenciador Lufe Gomes, do perfil Life by Lufe. O projeto conta ainda com o apoio de grandes marcas como Docol, Sherwin-Williams, Mekal, Colormix e da ABPM (Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano). A expectativa é que a escola fique pronta até o final deste ano.
A escola mistura aprendizado, tradição e inovação, tudo isso sem perder de vista os principios de sustentabilidade e preocupação com o meio-ambiente. Assim, surgiu a parceria com o Instituto Vida Livre, uma organização não governamental que tem como missão a reabilitação e soltura de animais silvestres em situação de risco no Rio de Janeiro. A ONG atua no suporte à fauna apreendida pelos órgãos de fiscalização, como também realiza resgates voluntérios. A ideia é que a Escola da Semana também abrigue uma pista de vôo para aves resgatadas pelo instituto que precisam reaprender a voar e retornar com segurança a natureza. “A educação também liberta. E é isso o que queremos fazer em todas as frentes que estiverem ao nosso alcance”, pontua Simone.
Um produto que nasce desse projeto é o Cobogó da Escola. O elemento construtivo marcante e de identidade brasileira estará presente na arquitetura da unidade, assinada pelos arquitetos e designers Alex Rousset, Ana Vaz, Bel Lobo, Lígia Agostini, Paulo Alves e Paulo Biacchi. O desenho da peça é uma adaptação da logomarca da Semana Criativa, criada pelo estúdio Hardy Design de Belo Horizonte, que será produzida pela Divina Terra, empresa de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, que transforma matérias-primas e resíduos industriais em peças e revestimentos sofisticados. Além de ser usado na arquitetura da escola, a peça entrará em linha e será comercializada como um subproduto da Escola da Semana. Parte da renda deverá ser revertida para a manutenção do espaço.
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Um dia dos namorados fora do obvio é o que propõe Ofélia, bar descolado da cidade. Com programação durante toda a semana, tem espaço para todos se divertirem, acompanhados ou não.
Nos dias 10/06 a 12/06 (sexta-feira a domingo), que for ao Ofélia pode optar pelo menu especial de 3 tempos: entrada (uma por casal) + 1 prato principal + 1 sobremesa. O valor é R$320,00 por casal. A versão individual do menu é R$182,50. A reserva com pagamento antecipado ainda garante alguns mimos: o coquetel Os Amantes de boas-vindas com sua respectiva carta de tarô e mesa à luz de velas pra deixar o clima mais especial e intimista.
“Para quem não vem de casal, não precisa se sentir excluído. Vamos trabalhar com cardápio de comidinhas habituais reduzido, porém, o de drinks completíssimo, como também opções de vinho. Quem quiser pedir Menu de amores na hora, tem também, porém o número é limitado” explica Bruce Laviola, diretor da casa.
Entrada:
-Torrada de mandioca com requeijão de inhame, babaganoush de tahine, confit de tomatinhos e hortelã. (Vegano) ou
-Panzanella de burrata com tomates variados, ameixas vermelhas e molho de balsâmico com mel.
Principal:
-Nhoque de baroa com creme de moranga, camarão, pingos de leite de coco com alho, cebolas grelhadas e coentro ou
-Carne de panela com legumes, fonduta de queijo canastra e crocante de massa de pastel ou
-Arroz de tomate caldoso com creme de pupunha, manjericão, cogumelos salteados no azeite e manjericão. (Vegano)
Sobremesa:
-Creme Brulée de laranja ou
-Cone de massa sablée de cacau com gaache de avelã, geleia de frutas vermelhas e brigadeiro de pistache
Ao longo da semana a casa também promoverá atrações especiais como leitura de cartas de tarô e noite de cupidos.
Sobre o Ofélia
Ofélia nasceu a partir da mente criativa do pessoal do Alpendre (naming e identidade visual), Bruce Laviola (que dirige a casa), Lucas Durães (consultor e arquiteto), Thereza Nardelli (ilustrações do tarô/ menu de coquetéis), Bernardo Garcia (chef) e Jocássia Coelho (bartender).
A personagem foi criada como uma antítese a Ofélia de Hamlet, todo conceito da casa está amarrado na história dessa Ofélia: aventureira, intensa, irreverente, meio bruxona e muito criativa! “A intenção foi criar um ambiente onde os clientes entrassem nesse mundo e esquecessem seus próprios problemas” explica Bruce.
O espaço foi planejado de acordo com a história da personagem que vai desde um bazar que já teve – de onde restaram apenas os cabides que estão na parede de um dos cômodos - até a história que ela já se apaixonou por um espanhol, que lhe deu um colar de perolas da sorte - por isso, o lustre de pérolas num outro cômodo e algumas comidas com influência desse encontro. “São várias brincadeiras que fizemos na arquitetura e que as pessoas podem conferir vindo aqui” conta Bruce.
Aliás, brincadeiras dão o tom. A carta de coquetéis com 22 opções autorais também são os 22 arcanos do tarô de Marselha. Para escolher o coquetel, os clientes contam com a ajuda dos garçons que tiram 3 cartas do tarô simbolizando passado, presente e futuro. A escolha do que tomar pode ser feita na sorte ou pelos sucessos da casa: “O Louco” ( absinto, limão, licor de menta, espumante, ginger ale, pepino e manjericão), “A Imperatriz” (cachaça envelhecida em carvalho, limão siciliano, vermute bianco, geleia de rosas vermelhas e espumante) e “Roda da fortuna” (Johnnie Walker com infusão de canela, limão, vinho rose, xarope de manjericão e alecrim e espuma de espumante).
De cozinha, os destaques são “Ás de Copas” (camarão empanado, guacamole, patacon e maionese de chipotle) e “Valete de Paus” (pão italiano artesanal assado com creme de gorgonzola, melaço de canela e geleia de pimenta da casa). Além do cardápio de sobremesa desenvolvido exclusivamente pela chef Gabriela Arya do Mão na Massa. Fazem sucesso a Torta Carameluda (Base de paté sucree de cacau, ganache de chocolate belga intenso, caramelo toffee com amendoim e caramelo de doce de leite) e Jardins de Ofélia (base de pate sucree de baunilha com creme de iogurte, geleia de frutas vermelhas, suspiro e flores comestíveis).
Serviço
Ofélia
Rua Rio Grande do Norte, 311 – Funcionários
Funcionamento: Quarta-feira: 18 às 23h30
Quartas e quintas-feiras: 18h às 00h
Sexta-feira: 18h à 01h
Sábado: 16h à 01h
Domingo: 15h às 22h
Reservas: 31 9 9188-0770
https://www.instagram.com/ofelia.bh