31º Fumec Forma Moda

A moda é retrato do tempo atual, natural que o curso superior da faculdade Fumec, o primeiro de Minas Gerais, se adaptasse tão bem à realidade virtual trazida pela pandemia: de aulas e laboratórios online ao evento de formatura - que acontece no próximo sábado (18/12) às 19h.

“Fomos rápidos a nos adequar e fizemos os ajustes necessários para que o ensino não fosse prejudicado” explica Antônio Fernando Batista dos Santos, coordenador do curso. O manequim de moulage, por exemplo, foi enviado a casa de cada aluno para que pudessem fazer os experimentos que outrora faziam no campus. As aulas foram incrementadas com a biblioteca do professor, ali à mão. A turma de formandos de 2021 pode realmente dizer que seu ensino se deu de forma híbrida, já que dois dos quatro anos do curso foram à distância. 

E essa característica atual da moda se reflete nos trabalhos de conclusão do curso. Pela primeira vez fica nítido o quanto os alunos olharam para dentro ao desenvolver seus projetos. “Depois de dois anos em casa, os trabalhos expressam a personalidade única de cada um” explica Antônio. Essa é a principal característica deste ano, num curso em que tanto se olha ao redor, desta vez se olhou no espelho.

Também por isso, o 31º Fumec Forma Moda é ainda mais plural. A classe de 2021 é composta por alunos com as mais diferentes histórias, como Luiza Quintino que se inspirou na revolução chinesa, país onde seu pai mora ou Bruna Barreto que trouxe seu amor por cavalos e o interior para um trabalho de temática country. Já Noberto Resende, que apesar de jovem tem já uma carreira no mercado, aproveitou o momento para fazer experimentos para sua marca, a Norb Brand que já participou do Minas Trend.

Aqui o material completo de todas os alunos:

https://drive.google.com/drive/folders/1PPUUE61Li3IMrq-UkRAuSI3NQzUcUUZP?usp=sharing

A apresentação final faz parte do projeto pedagógico do curso, um evento que é parte do calendário da moda de Belo Horizonte e também acadêmico. “Estamos desenvolvendo esta apresentação desde agosto, dentro da disciplina TCC” conta Antônio. Coordenando tudo está Alessandra Soares, da Voltz Design, que escalou uma equipe com nomes como do fotógrafo Marcio Rodrigues e do arquiteto e cenógrafo Alexandre Rousset, entre outros. 

A noite de sábado promete um trabalho experimental, porta de entrada oficial ao mercado de trabalho.


Serviço

Fumec Forma Moda – Classe 2021

Dia: 18/12

Hora: 19h

https://www.instagram.com/fumecformamoda




CURA - Circuito Urbano de Arte entrega mais três obras icônicas

A sexta edição do CURA – Circuito Urbano de Arte está histórica. Enquanto o festival está para anunciar novas atrações, o público já pode curtir três obras de artes públicas que instigam e colorem o centro de Belo Horizonte. 

A primeira obra finalizada foi a empena do artista mineiro Ed-Mun, que representa a caligrafia, essência do graffiti.  “Ele é referência mundial em graffiti 3D e orgulho de BH! É uma honra inaugurar nosso novo espaço de imersão em arte pública com uma obra desse mestre” fala Priscila Amoni, idealizadora e curadora do festival que está acontecendo pela primeira vez na Praça Raul Soares. 

No alto do Edifício Paula Ferreira (Praça Raul Soares, 265) pode ser observada toda a complexidade de uma obra que traz o 3D e o anamorfismo. As cores lembram o barro, a cerâmica e as pedras, o pigmento vermelho amarronzado, que remete a pigmentação natural, mas também dialoga com a cor do prédio onde o graffiti está. O movimento dos traços remete ao símbolo do infinito e mostra que a arte e a escrita vêm de dentro.

Já Kassia Rare Karaja Hunikuin é agora a primeira mulher sexagenária e avó assinando uma empena. Com sua firmeza e alegria, colocou a ancestralidade à frente da maior pintura já feita pelo Coletivo Mahku.  “Que os espíritos da floresta e todos os orixás nos iluminem de bênçãos. E que a cura que tanto louvamos, venha! Abraços dessa sexagenária feliz pelo feito” fala.  A força da floresta e do povo Huni Kuin navegou desde o rio Jordão, afluente do rio Amazonas, no Acre, para fazer um canto de cura no alto do Edifício Levy (Avenida Amazonas, 718). 

O hipercentro de BH vive agora marcado pela pintura dos artistas do coletivo Mahku: Kassia Hare Karaja Hunikuin, TxanaBane e Itamar Rios. Os Txai trazem consigo a identidade de seu povo, sua luta pelo direito ao território e seus encantamentos medicinais. “O CURA se torna ritual junto a essas presenças. Chamamos as forças das mães e avós pra cidade cantando e pintando, como as matriarcas nos ensinam. Salve sua sabedoria. Estamos gratas por topar com a gente essa empreitada!” agradece Priscila Amoni. 

A Raul Soares agora é casa da maior pintura Shipibo do mundo, uma pintura monumental de 2870m2 feita no chão pelos artistas peruanos Sadith Silvano e Ronin Koshi.  “Pintar uma obra da dimensão que é a obra dos Shipibos em Belo Horizonte foi desafio gigantesco. A grande Anaconda é um presente para cidade” diz Priscila. A obra celebra a vida e a sabedoria ancestral das nossas irmãs e irmãos Shipibos, celebra e homenageia a mãe d’água Anaconda e guarda no hipercentro da cidade a magia dos encantados e dos vivos.

A grande guardiã das águas agora também guarda nossa praça, nosso novo espaço de imersão em arte pública e sibila para o mundo uma verdade nada silenciosa: “a gente sempre esteve aqui”. Essa reflexão sobre território, povos originários e diversidade é o sul que guia o CURA nesta edição.


Um CURA expandido

Ainda este ano, o CURA recebe Mag Magrela, artista selecionada pela convocatória nacional, que irá ocupar a empena do Edifício Savoy (Av. Bias Fortes, 1577),recebe o trabalho do Grupo Giramundo, com meio século de atuação e um dos teatros de bonecos mais antigos do Brasil e também lança seu catálogo. 

O CURA21, que teve início junto com a primavera e segue em movimento, como fluxo de possibilidades, é também sobre renasce), sobre cura, sobre outras formas de pensar e fazer arte, sobre ouvir histórias que não são contadas e entender o que nos dizem esses povos de histórias negadas, mas que sempre estiveram aqui. 


As novas obras: 

- Empena

Artista Ed-Mun  (MG)   

Edifício Paula Ferreira  - Praça Raul Soares, 265  

- Empena

Artistas Kassia Rare Karaja Hunikuin com Coletivo Mahku - Movimento dos artistas Huni Kuin (AC)

Edifício Levy - Av. Amazonas, 718  

-  Pintura-ritual - Chão da Av. Amazonas, ao redor da Praça Raul Soares

Sadith Silvano e Ronin Koshi, artistas Shipibo ( Peru)



Sobre o CURA21 – 6ª edição 

Todo ano o CURA se permite escutar, aprender, propor, se transformar. Em 2021, ele se apresenta expandido — na sua duração, nos modos de conviver na cidade, de experimentar encontros na rua. Um Cura contínuo, sem ponto final. 

Uma decisão que se reflete já na escolha por uma curadoria que se aprofunda em um Brasil que não é somente urbano e sudestino. Naine Terena de Jesus, pesquisadora, mestre em arte e mulher indígena do povo Terena, e Flaviana Lasan, artista visual e educadora, com pesquisa sobre a presença da mulher na história da arte, somam seus olhares e vivências com as das idealizadoras Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni para conceber um festival-ritual, que abre os ouvidos e desperta os sentidos para os saberes, as tecnologias e os modos de fazer artístico dos povos tradicionais. 


Sobre o Cura

O Circuito Urbano de Arte realizou sua quinta edição em 2020, completando 18 obras de arte em fachadas e empenas, sendo 14 na região do hipercentro da capital mineira e quatro na região da Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro. 

Idealizado por Janaina Macruz, Juliana Flores e Prisicila Amoni, o CURA também presenteou BH com o primeiro e, até então único, Mirante de Arte Urbana do mundo. Todas as pinturas podem ser contempladas da Rua Sapucaí.


Serviço

CURA – Circuito Urbano de Arte, 6ª edição 

Local: Praça Raul Soares

https://www.instagram.com/cura.art

https://cura.art




Um drink que também é sobremesa

Drink ou sobremesa? Às vezes, os dois! O uso de bebida alcoólica no preparo de doces é bastante conhecido. Quem nunca comeu uma banana flambada na cachaça, um bombom recheado com licor ou uma tradicional “baba au rhum”?

Mas e o contrário, ingredientes doces nos drinks que os deixam com jeitinho de sobremesa? Em Belo Horizonte, tem feito sucesso o drink “O Julgamento” do recém inaugurado bar Ofelia. Ele leva tequila, café forte, xarope de chocolate e pimenta e limão. Cremoso e doce, uma ótima opção para finalizar a noite.


Sobre Ofélia

Ofélia nasceu a partir da mente criativa do pessoal do Alpendre (naming e identidade visual), Bruce Laviola (que dirige a casa), Lucas Durães (consultor e arquiteto), Thereza Nardelli (ilustrações do tarô/ menu de coquetéis), Bernardo Garcia (chef) e Jocássia Coelho (bartender).

A personagem foi criada como uma antítese a Ofélia de Hamlet, todo conceito da casa está amarrado na história dessa Ofélia: aventureira, intensa, irreverente, meio bruxona e muito criativa! “A intenção foi criar um ambiente onde os clientes entrassem nesse mundo e esquecessem seus próprios problemas” explica Bruce.

O espaço foi planejado de acordo com a história da personagem que vai desde um bazar que já teve – de onde restaram apenas os cabides que estão na parede de um dos cômodos - até a história que ela já se apaixonou por um espanhol, que lhe deu um colar de perolas da sorte - por isso, o lustre de pérolas num outro cômodo e algumas comidas com influência desse encontro. “São várias brincadeiras que fizemos na arquitetura e que as pessoas podem conferir vindo aqui” conta Bruce.

Aliás, brincadeiras dão o tom. A carta de coquetéis com 22 opções autorais também são os 22 arcanos do tarô de Marselha. Para escolher o coquetel, os clientes contam com a ajuda dos garçons que tiram 3 cartas do tarô simbolizando passado, presente e futuro. A escolha do que tomar pode ser feita na sorte ou pelos sucessos da casa: “O Louco” ( absinto, limão, licor de menta, espumante, ginger ale, pepino e manjericão),  “A Imperatriz” (cachaça envelhecida em carvalho, limão siciliano, vermute bianco, geleia de rosas vermelhas e espumante) e “Roda da fortuna” (Johnnie Walker com infusão de canela, limão, vinho rose, xarope de manjericão e alecrim e espuma de espumante).

De cozinha, os destaques são “Ás de Copas” (camarão empanado, guacamole, patacon e maionese de chipotle) e “Valete de Paus” (pão italiano artesanal assado com creme de gorgonzola, melaço de canela e geleia de pimenta da casa). Além do cardápio de sobremesa desenvolvido exclusivamente pela chef Gabriela Arya do Mão na Massa. Fazem sucesso a Torta Carameluda (Base de paté sucree de cacau, ganache de chocolate belga intenso, caramelo toffee com amendoim e caramelo de doce de leite) e Jardins de Ofélia (base de pate sucree de baunilha com creme de iogurte, geleia de frutas vermelhas, suspiro e flores comestíveis).


Serviço

Ofélia

Rua Rio Grande do Norte, 311 – Santa Efigênia

Funcionamento: Quarta-feira: 18 às 23h30

Quinta-feira: 18 às 23h30

Sexta-feira: 18 às 00h30

Sábado: 16 às 00h30

 Domingo: 15 às 22h

Reservas: 31 9 9188-0770

https://www.instagram.com/ofelia.bh



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