Drink ou sobremesa? Às vezes, os dois! O uso de bebida alcoólica no preparo de doces é bastante conhecido. Quem nunca comeu uma banana flambada na cachaça, um bombom recheado com licor ou uma tradicional “baba au rhum”?
Mas e o contrário, ingredientes doces nos drinks que os deixam com jeitinho de sobremesa? Em Belo Horizonte, tem feito sucesso o drink “O Julgamento” do recém inaugurado bar Ofelia. Ele leva tequila, café forte, xarope de chocolate e pimenta e limão. Cremoso e doce, uma ótima opção para finalizar a noite.
Sobre Ofélia
Ofélia nasceu a partir da mente criativa do pessoal do Alpendre (naming e identidade visual), Bruce Laviola (que dirige a casa), Lucas Durães (consultor e arquiteto), Thereza Nardelli (ilustrações do tarô/ menu de coquetéis), Bernardo Garcia (chef) e Jocássia Coelho (bartender).
A personagem foi criada como uma antítese a Ofélia de Hamlet, todo conceito da casa está amarrado na história dessa Ofélia: aventureira, intensa, irreverente, meio bruxona e muito criativa! “A intenção foi criar um ambiente onde os clientes entrassem nesse mundo e esquecessem seus próprios problemas” explica Bruce.
O espaço foi planejado de acordo com a história da personagem que vai desde um bazar que já teve – de onde restaram apenas os cabides que estão na parede de um dos cômodos - até a história que ela já se apaixonou por um espanhol, que lhe deu um colar de perolas da sorte - por isso, o lustre de pérolas num outro cômodo e algumas comidas com influência desse encontro. “São várias brincadeiras que fizemos na arquitetura e que as pessoas podem conferir vindo aqui” conta Bruce.
Aliás, brincadeiras dão o tom. A carta de coquetéis com 22 opções autorais também são os 22 arcanos do tarô de Marselha. Para escolher o coquetel, os clientes contam com a ajuda dos garçons que tiram 3 cartas do tarô simbolizando passado, presente e futuro. A escolha do que tomar pode ser feita na sorte ou pelos sucessos da casa: “O Louco” ( absinto, limão, licor de menta, espumante, ginger ale, pepino e manjericão), “A Imperatriz” (cachaça envelhecida em carvalho, limão siciliano, vermute bianco, geleia de rosas vermelhas e espumante) e “Roda da fortuna” (Johnnie Walker com infusão de canela, limão, vinho rose, xarope de manjericão e alecrim e espuma de espumante).
De cozinha, os destaques são “Ás de Copas” (camarão empanado, guacamole, patacon e maionese de chipotle) e “Valete de Paus” (pão italiano artesanal assado com creme de gorgonzola, melaço de canela e geleia de pimenta da casa). Além do cardápio de sobremesa desenvolvido exclusivamente pela chef Gabriela Arya do Mão na Massa. Fazem sucesso a Torta Carameluda (Base de paté sucree de cacau, ganache de chocolate belga intenso, caramelo toffee com amendoim e caramelo de doce de leite) e Jardins de Ofélia (base de pate sucree de baunilha com creme de iogurte, geleia de frutas vermelhas, suspiro e flores comestíveis).
Serviço
Ofélia
Rua Rio Grande do Norte, 311 – Santa Efigênia
Funcionamento: Quarta-feira: 18 às 23h30
Quinta-feira: 18 às 23h30
Sexta-feira: 18 às 00h30
Sábado: 16 às 00h30
Domingo: 15 às 22h
Reservas: 31 9 9188-0770
https://www.instagram.com/ofelia.bh
Sem essa de concorrência, o clima na Cozinha Santo Antônio é de colaboração.
O mais novo prato do restaurante da chef Ju Duarte resume bem esses bons encontros entre diferentes casas e produtores da cidade. “Eu estava pensando neste prato há muito tempo. Queria usar o corte de costelinha lindo da Mercearia 130 pra fazer o Picolé do Mineiro, e fazer ele assado em baixa temperatura, bem macio. Começou assim” conta a chef Ju Duarte.
Depois veio o maravilhoso fubá suado, comida de subsistência, que conta a história de muita gente, Minas a fora e a dentro. “Aqui preparamos ele com o fubá de milho criolo vermelho, outra história incrível de resgate e resistência. O milho criolo é um projeto de recuperação de sementes ancestrais que vem sendo empreendido pelo Projeto Criolo. Um presente para nós” explica.
Por fim vem o molho que recebe a costelinha. Ele é feito com o fundo do tabuleiro, concentrado de sabores, e o chocolate meio amargo da Kalapa, um chocolate orgânico produzido de forma sustentável e em respeito à natureza e às pessoas. “Eu juro que essa combinação é um espetáculo, o chocolate transforma a textura do molho e acrescenta o gosto da terra para equilibrar a untuosidade da carne” completa. Ah, e não podia faltar aquele gostinho cítrico que todo mineiro ama. Ele vem com uma pitadinha e laranja e de limão capeta!
Este prato que fala sobre o encontro de ideias e de sabores foi batizado de Juntinho.
Parceria com a Casa Bonomi
Desde o começo do ano, a chef Ju Duarte se juntou a padaria Bonomi e juntas criam um sanduíche que fica no cardápio por um curto período. O da vez é o “Pato aqui, pato acolá”, que leva especiarias, aroma de laranja, figo em geleia, azedinha pra quebrar um pouco da doçura e uma cama macia de brioche!
Sobre a Cozinha Santo Antônio
Em uma esquina charmosa, em um dos bairros mais tradicionais da cidade, a Cozinha Santo Antônio chama atenção logo de cara pela arquitetura. Ao mesmo tempo mineira e cosmopolita, com garimpos e peças de design e uma imponente e acolhedora cozinha aberta.
Uma ótima tradução para a comida feita ali. “Estamos completamente conectados com as nossas origens e com a nossa história, mas temos os pés no presente e o olhar no futuro”, diz Juliana Duarte, que comanda tudo no espaço.
A Cozinha Santo Antônio tem por principio o respeito à sazonalidade dos ingredientes, por isso o cardápio muda de acordo com o que se tem de mais fresco e gostoso para cozinhar. Os insumos são orgânicos, de origem e chegam através de pequenos produtores.
Por conta da pandemia, o restaurante tem funcionado no sistema delivery e “buscaqui”, no horário de almoço, de terça a domingo. “Todo início de semana planejo o cardápio dos próximos dias com base no que os produtores têm disponível” conta Juliana. “Durante a semana os pratos são de uma comida mais caseira, que eu defino como sendo ‘que nem a da casa da gente’. No final de semana temos pratos mais elaborados e sempre há opção vegetariana. A comida varia de receitas de família bem mineiras a pratos da cozinha do mundo, como a francesa e a do Oriente Médio que eu gosto muito e estudo”, completa.
Juliana é uma cozinheira, historiadora e pesquisadora da história da gastronomia mineira. Mas antes disso tudo trabalhava na publicidade enquanto paralelamente estudava gastronomia e vendia seu disputado paté na Feira Fresca.
Do seu jeito, vem fazendo comida com história e afeto, transformando algo aparentemente banal em “extraordinário”. Comida que valoriza a cultura alimentar mineira e que faz bem para o corpo e para a alma.
Serviço
Funcionamento de terça a domingo de 12:00 às 14:30 nos dias de semana e de 12:30 às 16:00 nos finais de semana.
Delivery e o “buscaqui”
Whatsapp: (31) 9-8218-6427
https://www.instagram.com/cozinha_santoantonio/
A ALVA, escritório de design de mobiliário e objetos mineiro, dos irmãos Susana Bastos e Marcelo Alvarenga, ficou conhecida com o rico trabalho desenvolvido especialmente na pedra sabão. Agora a dupla revisita algumas criações, desta vez usando a porcelana líquida na coleção Sombra Branca
Sobre SOMBRA BRANCA
A partir das conhecidas formas torneadas na pedra sabão, desenvolvemos nossa primeira linha de porcelana líquida.
Subtrair a força de um material e experimentar a forma e a silhueta das peças em outra materialidade, não tão peculiar à nós, foi o ponto de partida para esta coleção.
Sombra Branca reflete sobre apagamento e memória, desenho e matéria.
As peças foram executadas pela Lea Cerâmica.
As madeiras pela marcenaria Cara de Pau.
Os metais pelas tornearias parceiras da Alva design
Sobre a ALVA
ALVA é um escritório de design de mobiliário e objetos, formado pelos irmãos Susana Bastos, artista plástica e estilista, e Marcelo Alvarenga, arquiteto. Seus projetos são resultado do encontro desses dois olhares, o arquitetônico e o artístico, e para além da racionalidade e funcionalidade habituais, eles buscam o inusitado, os novos usos e uma expressiva materialidade.
O processo de criação da dupla se inicia a partir de uma observação sensível do cotidiano das pessoas, seus hábitos e necessidades atuais, juntamente à uma percepção de novas potencialidades a serem exploradas artisticamente. No desenvolvimento de cada peça soma-se à bagagem técnica e estética dos irmãos, adquirida ao longo de experiências importantes no mercado da arquitetura e da moda, uma forte relação com suas origens mineiras e brasileiras. Na fase de execução, a seleção da matéria-prima e a manufatura primorosa, muitas vezes artesanal, imprimem um aspecto único aos trabalhos. O resultado são peças contemporâneas carregadas de memória.
A primeira linha de mobiliário e objetos da Alva foi lançada em 2013 na feira MADE (Mercado, Arte, Design), em São Paulo. Após esse lançamento o escritório fechou parceria com a Etel - marca agora mundialmente conhecida por editar o melhor do design brasileiro - para produzir e comercializar algumas de suas criações, fazendo com que os nomes dos irmãos entrassem para o especial grupo de designers autorais representados por ela.
Desde o seu primeiro lançamento, as criações de Susana e Marcelo ganharam visibilidade em diversas publicações importantes, em sites e revistas, nacionais e internacionais.
https://www.alva.design