Uma casa rosa na esquina de um dos mais tradicionais bairros de Belo Horizonte. No cruzamento das ruas Santo Antônio do Monte e São Domingos do Prata é onde há quatro anos funciona a Cozinha Santo Antônio, restaurante batizado com o nome do bairro para reforçar e destacar o vínculo com a comunidade belorizontina.
Fevereiro marca mais um aniversário do espaço. Lá se vão quatro anos desde que Ju Duarte deixou para trás a carreira na publicidade para se dedicar integralmente à paixão pela culinária, ao mesmo tempo em que resgata também sua primeira formação, a de historiadora.
É que ali a chef faz comida com história. Resgata e celebra o que temos de melhor no estado, ao mesmo tempo em que coloca nos pratos a sua bagagem que traz sabores do mundo, resultando em uma comida mundana com o sotaque da mineira. Os ingredientes das criações de Ju vêm de pequenos produtores, frescos e livres de veneno, e são preparados por mãos femininas. “A equipe da cozinha é 100% feminina, umas mulheres incríveis que colocam vida e alegria nos dias e horas que passam juntas. Aqui tem muita risada, às vezes tem choro, mas sempre tem muito comprometimento com a comida que a gente faz” conta Ju.
2024 será um ano de novidades a serem divulgadas em breve e aos poucos pela chef. Novos pratos, novos mini menus - a degustação dos carros-chefes da casa vai ganhar mais opções - , parcerias e até uma expansão estão na pauta. “A nossa cozinha está crescendo, vai ganhar quintal e sala de visitas”.
Ju Duarte e seus pratos com História
A chef Ju Duarte é historiadora de formação e cozinheira por vocação. Na Cozinha Santo Antônio, une suas expertises numa gastronomia que celebra a história de forma criativa, criando pratos que valorizam a culinária mineira e que são, ao mesmo tempo, ponte para promover o diálogo entre as tradições e o tempo presente. “Tradição não é repetição, é transmissão e só faz sentido se tem significado hoje. Compreender isso é fundamental para nós cozinheiras em Minas Gerais onde a comida faz parte da identidade do estado, gera reconhecimento e ao mesmo tempo nos diferencia dos demais.
Entre os pratos do cardápio que desenvolvem esse pensamento, destacamos “Um ensaio para Frieiro” que homenageia o autor mineiro de “Feijão, angu e couve - Um ensaio sobre a comida dos mineiros”, primeiro estudo sobre a nossa comida publicado em 1966. “O livro não sai de perto de mim e foi inspiração para esse franguinho preparado no pinga-cerveja e frita, com um molho “tureado” no fundo da panela de ferro” conta a chef. Para acompanhar, angu de milho criolo, couve e crocante de feijão.
Já “Maria da Cruz” foi batizado em homenagem a uma poderosa comerciante e senhora de terras que viveu no Norte de Minas, na beira do Rio São Francisco, no século XVIII e é lembrada na história por ser uma rebelde. “A coroa portuguesa criou um novo imposto sobre a circulação de mercadorias, como se fosse o quinto do ouro, um grupo de comerciantes se rebelou e ela foi uma das líderes. Isso aconteceu em 1734, antes da Inconfidência Mineira, em uma época em que as mulheres mal frequentavam a sala de visitas de sua própria casa. Maria da Cruz é uma inspiração para nós”, conta a Ju.
Carne, mandioca e milho são os principais ingredientes da receita, que se completa com sabores do sertão, fazendo uma conexão com a região de Maria da Cruz. Assado em baixa temperatura, o peito de boi angus certificado passa por um processo de meia cura, ganha charme e sabor com um “broche” de pequi e pimenta passarinho. A mandioca é cozida, regada com manteiga de garrafa e coberta com um pedaço de requeijão moreno. Por fim, meia espiga de milho cozida e tostada. E por fim o prato é regado com as “águas do rio São Francisco”.
Sobre a Cozinha Santo Antônio
Em uma esquina charmosa, em um dos bairros mais tradicionais da cidade, a Cozinha Santo Antônio chama atenção logo de cara pela arquitetura. Ao mesmo tempo mineira e cosmopolita, com garimpos e peças de design e uma imponente e acolhedora cozinha aberta.
Uma ótima tradução para a comida feita ali. “O tempo é o nosso guia. Estamos completamente conectados com as nossas origens e com a nossa história, mas temos os pés no presente e o olhar no futuro”, diz Juliana Duarte, que comanda tudo no espaço.
A Cozinha Santo Antônio tem por princípio o respeito à sazonalidade dos ingredientes, por isso durante a semana o cardápio das refeições executivas muda de acordo com o que se tem de mais fresco e gostoso para cozinhar. Os insumos são orgânicos, de origem e chegam através de pequenos produtores.
“Todo início de semana planejo o cardápio dos próximos dias com base no que os produtores têm disponível” conta Juliana. “Durante a semana os pratos são de uma comida mais caseira, que eu defino como sendo ‘que nem a da casa da gente’.
Já no cardápio à la carte o destaque são os pratos que brincam com a história. Trazemos toda a nossa mineirice para a mesa, sem perder a conexão com as técnicas e com o tempo presente. A comida varia de receitas de família a pratos inspirados nas memórias da chef, em personagens e em livros. É o caso do “Bifão do Agostinho”, homenagem a um português bonachão que tinha um bar no Prado; “Ensaio Para Frieiro”, uma referência ao livro Feijão, angu e couve - um ensaio sobre a comida dos mineiros e “Minha vida de menina” uma interpretação de um prato descrito por Helena Morley em seu diário. Isso sem deixar de lado clássicos da culinária que tem um lugar especial no gosto da chef, como o Boeuf Bourguignon e o Arroz de Pato, ora pois!
Juliana é uma cozinheira, historiadora e pesquisadora da história da gastronomia mineira. Mas antes disso tudo trabalhava na publicidade enquanto paralelamente estudava gastronomia e vendia seu disputado patê de campagne sob encomenda.
Do seu jeito, vem fazendo comida com história e afeto, transformando algo aparentemente banal em “extraordinário”. Comida que valoriza a cultura alimentar mineira e que faz bem para o corpo e para a alma.
Serviço
Rua São Domingos do Prata, 453 – Santo Antônio
Funcionamento de terça a domingo de 12:00 às 15:00 e de 12:30 às 16:30 nos finais de semana. Whatsapp: (31) 9-8218-6427 (reservas e delivery nos dias de semana)
https://www.instagram.com/cozinha_santoantonio
Riuga é como se pronuncia hygge, palavra dinamarquesa para um sentimento de conforto e bem-estar, que também traduz o estilo de vida escandinavo. Não por acaso, é o nome que os chefs Carolina Elias e Pedro Paulo escolheram para seu primeiro restaurante, o Casa Riuga. Ali eles aplicam as técnicas adquiridas em anos na gastronomia, com passagens por restaurantes paulistanos como, como Cais e Shihoma, além de experiências internacionais na própria Escandinávia.
“Atualmente somos um restaurante de delivery, de comida simples, com valor afetivo, que entrega pratos que as pessoas já têm alguma referência, não abrindo mão de sabor em função da praticidade” explica Carolina. O strogonoff (feito com filet mignon e cogumelos frescos) e a salada caesar (com molho autoral e farofa de focaccia) são os campeões de pedidos. Juntam-se a eles pratos como frango assado e salada de batatas (a sobrecoxa é marinada por 24h e glaceada com mel e páprica) e a salada de rosbife com molho de mostarda (a carne é temperada com seis especiarias e o picles de grão de mostarda é feito por eles).
“Outro prato que gostamos muito, e quem pediu acaba repetindo, é o arroz de pato com nosso pato curado artesanal, que por mais que seja algo um pouco “diferente” do restante do cardápio, vem ganhando espaço” completa Carolina. Cozido no caldo da própria carne, ele é levemente cremoso, finalizado com agrião fresco e pétalas de cebola pérola tostadas.
Outra aposta dos chefs é a linha de antepastos, que inclui o magret de pato curado artesanalmente por 22 dias, abobrinhas italianas marinadas em azeite aromatizado com ervas e raspas de limão siciliano, tapenade de azeitonas pretas temperadas com raspas e suco de laranja, entre outros.
Carolina e Pedro também fazem questão da embalagem sustentável e de boa apresentação, outro diferencial. Forma que encontraram para mostrar que aquele prato, ainda que por delivery em aplicativo, foi feito por pessoas reais e é comida de verdade.
“Acreditamos que o nosso maior atrativo é o fato de darmos muito valor à qualidade, ainda que nesse sistema de delivery que visa, na grande maioria das vezes, volume acima de tudo. Isso reflete no nosso produto final, e apesar do preço mais alto do que em comparação a outros concorrentes no mercado, os clientes que provam voltam com frequência. A preocupação com sabor e qualidade é o que sobressai” fala Pedro Paulo.
Ainda no primeiro semestre, Carolina e Pedro pretendem abrir uma confeitaria, também no sistema de delivery. Já os planos de transformar a Casa Riuga - com outra proposta de cardápio - em um restaurante de rua estão adiantados e dependem apenas de encontrar o espaço ideal.
Sobre Carolina e Pedro
Pedro Paulo Iniciou o curso de gastronomia no Senac São Paulo aos 18 anos, mas acabou não concluindo por conta da rápida progressão profissional. Ele começou lavando louça para um pequeno bistrô do bairro até chegar no Dalva e Dito, do grupo Alex Atala, onde ficou por 2 anos. Também passou por um breve período no Kebab Salonu, primeiro restaurante do Fred Caffarena (Make Hommus), seguido de um estágio no restaurante TUJU. De lá, partiu para sua primeira experiência internacional, no restaurante 108 (grupo NOMA) em Copenhagen, na Dinamarca.
De volta a SP, foi cozinhar no Restaurante Petí, de onde partiu após um ano para o Faviken Magasinet, na Suécia. Ao retornar para o Brasil, ficou dois anos no Corrutela e depois mais três no Restaurante Cais, onde foi sous chef e conheceu Carolina.
De lá, já uma dupla, foram para o Pasta Shihoma, onde encerraram a temporada paulistana para abrirem o próprio restaurante em BH.
Carolina Elias é mineira, formada em Administração e Contabilidade. Em 2021, se mudou para São Paulo para estudar na Le Cordon Bleu, onde concluiu o curso Grand Diplôme. Paralelamente, trabalhou em restaurantes de grande nome na cidade, como Nelita, Restaurante Cais e Pasta Shihoma.
Retornou a Belo Horizonte, cidade natal, para abrir a Casa Riuga.
Serviço
Terça à sexta-feira: 11h às 15h, 18h às 22h
sábado: 12h às 16h, 18h às 22h
domingo: 12h às 18h
@casa.riuga
https://tr.ee/skCOlxXuVh
Os mini foliões de Belo Horizonte tem programação intensa no carnaval do Parque do Palácio. Por lá, a diversão é garantida com bloquinhos infantis, oficinas, playground com monitores, o que garante aos adultos dias de descanso com ótima gastronomia e bons drinks aos pés da Serra do Curral.
Na gastronomia, o Café Magrí continuará servindo um dos brunchs mais famosos da cidade. A Pizza Nômade também está confirmada e o Festival Tim Tim faz sua estreia no espaço trazendo ainda mais opções para os adultos e também para os pequenos.
Sobre o Festival Tim Tim
O Festival Tim Tim (@timtimfestival ) é um projeto que envolve grandes profissionais, em um evento que integra a cultura Belo Horizontina à natureza e à sustentabilidade. Sua estreia acontece no carnaval do Parque do Palácio, e promete ser um ponto de encontro dos foliões que buscam se divertir com maior conforto e integração à natureza.
A gastronomia é um brinde à mineiridade. O Chef Parrillero Siman, entrega uma carta repleta de sabores belo-horizontinos. Desde sanduíches e carnes na Parrilla, e também opções vegetarianas. O Bar Jângalito inova e, além dos seus drinks, opções de coquetéis para a criançada, sem álcool, é claro. A linha Jângalitinho será lançada no Festival. Ainda para os pequenos, bloquinhos infantis, oficinas e playground com monitores, para que os pais possam curtir com tranquilidade.
O Festival contará também com os Deejays Humberto Bonaldi e Carol Thata, figuras já conhecidas na cidade e com estrutura parcialmente coberta, à prova de chuva.
Programação Carnaval Parque do Palácio:
• Café Magri das 9h às 18h, com oficina gratuita de confecção de máscaras às 15h (vagas limitadas), seguida de bailinho.
•Palácio, das 9h às 18h, com ocupação do Mundo Mobri apresentando grandes brinquedos feitos em papelão.
•Tim Tim Festival, das 10h às 19h, com drinks do Jângalito e gastronomia assinada pelo chef parrileiro Siman.
•Bloco da Família do Tim Tim Festival, às 10h, no campo de futebol.
•Pizza Nômade, das 10h às 17h30.
•Mundo Mobri, das 9h às 18h, loja de brinquedos em papelão com adereços especiais de carnaval para customizar e aluguel de brinquedos.
•Movido a Fantasia, das 9h às 13h30, com maquiagens, penteados, pintura artística e atividades de colorir (atendimento e pagamento na hora da atividade).
•Espaço kids, das 10h às 17h, com infláveis, cama elástica, piscina de bolinhas e atividades para colorir.
•Café Magri das 9h às 18h, com concurso de fantasias no perfil @cafemagri durante todo o dia.
•Oficina de Bolhas de Sabão, às 9h.
•Circo do Sufoco, às 10h, com um espetáculo de mágica, malabarismo e muita diversão.
•Palácio, das 9h às 18h, com ocupação do Mundo Mobri apresentando brinquedos grandes feitos em papelão.
•Tim Tim Festival, das 10h às 19h, com drinks do Jângalito e gastronomia assinada pelo chef Parrileiro Siman.
•Pizza Nômade, das 10h às 17h30.
•Mundo Mobri, das 9h às 18h, loja de brinquedos em papelão com adereços especiais de carnaval para customizar e aluguel de brinquedos.
•Movido a Fantasia, das 9h às 13h30, com maquiagens, penteados pintura artística e atividades de colorir (atendimento e pagamento na hora da atividade).
•Espaço kids, das 10h às 17h, com infláveis, cama elástica, piscina de bolinhas e atividades para colorir.
•Café Magri das 9h às 14h.
•Palácio, das 9h às 18h, com ocupação do Mundo Mobri apresentando brinquedos grandes feitos em papelão.
•Tim Tim Festival, das 10h às 19h, com drinks do Jângalito e gastronomia assinada pelo chef Parrileiro Siman.
•Bloco Puro Prazer Kids do Tim Tim Festival, às 10h, no campo de futebol.
•Mundo Mobri, das 9h às 18h, loja de brinquedos em papelão com adereços especiais de carnaval para customizar e aluguel de brinquedos.
•Movido a Fantasia, das 9h às 13h30, com maquiagens, penteados pintura artística e atividades de colorir (atendimento e pagamento na hora da atividade).
•Espaço kids, das 10h às 17h, com infláveis, cama elástica, piscina de bolinhas e atividades para colorir.
•Café Magri das 9h às 14h.
•Palácio, das 9h às 18h, com ocupação do Mundo Mobri apresentando brinquedos grandes feitos em papelão.
•Tim Tim Festival, das 10h às 19h, com drinks do Jângalito e gastronomia assinada pelo chef Parrileiro Siman.
•Bloco da Família do Tim Tim Festival, às 10h,
no campo de futebol.
•Mundo Mobri, das 9h às 18h, loja de brinquedos em papelão com adereços especiais de carnaval para customizar e aluguel de brinquedos.
•Movido a Fantasia, das 9h às 13h30, com maquiagens, penteados pintura artística e atividades de colorir (atendimento e pagamento na hora da atividade).
•Espaço kids, das 10h às 17h, com infláveis, cama elástica, piscina de bolinhas e atividades para colorir.
O Parque do Palácio estará fechado na quarta-feira (14/02). Durante o carnaval a entrada do parque segue a R$10,00 (crianças até 5 anos não pagam). Atrações são pagas à parte.
Retire o ingresso pelo Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/90944/d/239808/s/1637263
Sobre o Parque do Palácio
O Parque do Palácio é destino de contemplação e descanso, mas também conta com intensa programação gastronômica e cultural. Uma casa de campo em plena cidade, distribuída em 42 mil m² de área e pensada para todos.
Localizado no Palácio das Mangabeiras, antiga residência do governador do estado, projeto atribuído a Oscar Niemeyer e com paisagismo de Burle Marx ainda não implementado (um dos projetos em andamento), o Parque permite diversas possibilidades. “Além do atrativo histórico, a natureza abundante é propícia ao lazer, à contemplação e às interações, tudo isso de forma segura” explica João Grillo, gestor do espaço.”O Parque do Palácio também foi pensado para receber e promover eventos culturais e de negócios“, completa.
Alí é possível encontrar café e espaços ao ar livre para piquenique, loja com produtos gastronômicos das comunidades vizinhas e arte popular. Vale destacar o brunch oferecido pelo Café Magrí, considerado um dos melhores da cidade.
Uma programação cultural que contempla todas as idades - com atividades infantis e música ao ar livre, o Parque do Palácio se firma como destino para belo-horizontinos e turistas que visitam a cidade.
“No segundo andar do palácio existe um espaço dedicado à Associação do Corpo Consular de Belo Horizonte, abrigando e fomentando eventos dos cônsules”, conta João Grillo. Vale ainda ressaltar que o projeto não é financiado pelo Estado e está sob a gestão da empresa Grifa e Malab Produções, por meio de acordo de parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).
História
O Palácio das Mangabeiras foi construído entre os anos 1951 e 1955 para ser a residência oficial dos governadores de Minas Gerais. Em 2022, foi transformado em um espaço aberto à população, e deu origem a um Centro Cultural, integrado à natureza, voltado para a promoção do lazer e da cultura, em local com grande relevância histórica e cultural para Minas Gerais.
Serviço:
Horários:
Parque:
Quarta a sexta: 10h00 às 18h00.
Sábado e domingo: 09h00 às 18h00
Endereço: Praça Efigênio de Sales, 1111 Portaria 1 - Mangabeiras, Belo Horizonte
Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia entrada). Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso sympla.
www.instagram.com/parquedopalacio_
www.parquedopalacio.com