Em 2025, ano em que celebramos o centenário do cubismo, o Parque do Palácio tem a honra de inaugurar a exposição “RADEIR: Horizonte Vertical”, uma retrospectiva única da artista brasileira Radeir (1947–2016), que traduz os princípios do movimento cubista com uma abordagem inovadora e profundamente conectada à sensibilidade brasileira. A exposição estará aberta ao público a partir de 19 de janeiro de 2025.
A artista nasceu em Barra de São Francisco, em uma fazenda de Café no Espírito Santo, mas desenvolveu sua carreira em Belo Horizonte ao estudar Figura Humana na Escola de Belas Artes da UFMG em 1982, encontra no cubismo um terreno fértil para a experimentação com o corpo humano e as formas geométricas.
Radeir desconstrói a figura humana, fragmentando-a e reconstruindo-a de maneira harmônica, criando novas perspectivas que desafiam os limites da pintura tradicional. A verticalidade, presente em muitas de suas obras, se torna uma metáfora de reinvenção e continuidade, desafiando as fronteiras espaciais e emocionais do espectador.
Com uma paleta de tons pastéis e uma técnica geométrica rigorosa, Radeir recria o corpo feminino, imerso em uma nova linguagem que, ao mesmo tempo, preserva a complexidade da natureza humana e a profundidade cultural do Brasil. A exposição reflete sua trajetória, já exibida em diversas instituições em países como Brasil, Inglaterra, Portugal, Alemanha, Suíça e Itália.
“RADEIR: Horizonte Vertical” apresenta um diálogo com a tradição cubista, mas também propõe novas leituras que transcendem o tempo e o espaço, criando um espaço contínuo entre a fragmentação e a unidade, entre o individual e o universal. O título da exposição remete ao constante movimento vertical presente nas obras de Radeir, que alude a um novo horizonte de possibilidades para a arte cubista.
A curadoria é de Sarah Ruach fundadora do Escritório de Arte Ruach, que compartilha sua visão sobre o trabalho de Radeir: “A obra de Radeir reimagina o cubismo em uma jornada visual marcada por uma elegante paleta de cores em tons pasteis e formas que capturam a essência brasileira. Sua abordagem vai além das estruturas tradicionais do movimento, desconstruindo e reconstruindo a figura humana e elementos geométricos com uma delicadeza que não apenas celebra a nossa identidade cultural, mas também oferece uma interpretação renovada e visionária deste marco da arte moderna.”
Muitas das obras exibidas foram cedidas pelo colecionador Paulo Marliere, que conviveu com Radeir por muitos anos e teve um papel essencial na preservação e divulgação de sua produção artística. Sua colaboração foi fundamental para que essa mostra fosse possível, trazendo à tona o legado de uma artista ainda em processo de reconhecimento no cenário artístico nacional, apresentando algumas obras inéditas da artista.
O Parque do Palácio, situado no icônico Palácio das Mangabeiras em Belo Horizonte, é um dos principais espaços culturais da cidade. Localizado em um cenário privilegiado que harmoniza história e natureza, o parque oferece um ambiente inspirador para a arte, cultura e convivência. Com seus jardins e arquitetura, o espaço foi idealizado como um ponto de encontro entre passado e presente, integrando patrimônio histórico e cultural à modernidade.
Além de abrigar exposições de artistas consagrados e emergentes, o Parque do Palácio é palco de uma rica programação de eventos culturais, educacionais e sociais, reafirmando seu compromisso com a democratização do acesso à cultura. Suas instalações e paisagens oferecem aos visitantes uma experiência imersiva, onde a contemplação artística se une à beleza natural do entorno.
Serviço
Data de abertura: 19 de janeiro de 2025. Até 04 de abril.
Local: Parque do Palácio – R. Prof. Djalma Guimarães, 161 - Portaria 2 - Mangabeiras, Belo Horizonte - MG, 30210-240
Horário: 9h
Classificação Livre
Visitação:
Quarta a sexta: 10h às 18h
Sábado e domingo: 9h às 18h
Ingressos:
R$ 10,00 (inteira) | R$ 5,00 (meia entrada)
Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso pelo Sympla
O Governo de Minas, através da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Museu Mineiro, e a GAL apresentam a mostra Rito do Amor Selvagem, individual de Ricardo Burgarelli no Museu Mineiro em Belo Horizonte - MG.
Com texto crítico de Maria Angêlica Melendi, a mostra reúne uma seleção de obras de Burgarelli produzidas nos últimos cinco anos, e combina desenho, impressão, objetos e vídeos em uma montagem de caráter instalativo.
O museu será transformado em um espaço de relato fragmentado e polifônico, inspirado na tese de doutorado de Ricardo, defendida em 2022, intitulada Rito do Amor Selvagem: Uma Polifonia Dialética Desarmônica. Tanto a pesquisa acadêmica quanto as obras da mostra exploram a relação entre “situação” e “acidente” como catalisadores estéticos e narrativos. Essas dinâmicas desestabilizadoras ressoam memórias políticas e sociais, criando um diálogo entre improviso e agenciamento.
A exposição é atravessada pela influência do artista José Agrippino de Paula (1937-2007), cuja prática artística contribui para o entendimento do “rito de trabalho” que permeia as criações de Burgarelli. O resultado é uma experiência visual e sensorial que convida o público a refletir sobre as tensões entre ordem e improviso, memória e contemporaneidade.
Sobre o artista
Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG. Artista-pesquisador com Doutorado em Artes pelo PPGArtes da UFMG (2022), Mestrado em Artes e Tecnologia da Imagem pelo PPGArtes da UFMG (2016) e Graduado em Artes Visuais pela EBA/UFMG (2012). É professor substituto de Gravura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Sua prática transmidiática explora os campos da memória social e da história. Trabalha com desenho e escrita em diálogo com outros modos de elaboração, como impressão, criação com objetos, videografia, fotografia e sonoplastia, propondo a instalação como um espaço para o relato. Esse relato, fragmentário e pouco hierárquico, é elaborado em uma montagem de contradições, que se atém às polifonias e à dialética entre improvisação e agenciamento tendencioso.
Realizou exposições no Centro Cultural São Paulo (São Paulo - SP, 2018), no Palácio das Artes (Belo Horizonte - MG, 2017), no Paço das Artes (SP - SP, 2015), no Museu Memorial Minas Gerais (BH - MG, 2013), no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República (Brasília - DF, 2012), entre outras. Participou das residências artísticas “Bolsa Pampulha 2013/2014”, realizado pelo Museu de Arte da Pampulha (BH - MG), da residência internacional J.A.C.A no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia de Belo Horizonte (2014) e do projeto Circunvizinhança no ESPAI (BH - MG, 2019). Recebeu o prêmio honra ao mérito Arte e Patrimônio 2013 pelo Iphan/ Paço Imperial (Rio de Janeiro - RJ). Recebeu prêmio aquisição no Situações Brasília: Prêmio de Arte Contemporânea do Distrito Federal (2012). Recebeu prêmio aquisição no I Prêmio Camelo de Artes Visuais (BH- MG, 2013). Tem obras nos acervos do Museu de Arte da Pampulha, do Museu Nacional de Brasília, na Coleção de Livros de Artista da UFMG e no Museu Victor Meirelles. Em 2021, recebeu o prêmio “pesquisa artística-cultural” pela Secretaria de Cultura e Turismo (MG) através da Lei Aldir Blanc.
Serviço
Exposição: Rito do Amor Selvagem [situação; acidente]
Artista: Ricardo Burgarelli
Período de visitação: 28/11/24 a 26/01/25
Local: Museu Mineiro – Av. João Pinheiro, 342, Belo Horizonte/MG
Entrada: Gratuita
Carlos Penna, renomado designer mineiro, traz ao Brasil sua nova coleção, DERIVA, após um aclamado lançamento em Milão. Fundador da marca homônima, Penna é conhecido por suas criações inovadoras e o uso de materiais inusitados, que transformam o conceito de acessórios em verdadeiras joias-arte.
A coleção DERIVA evoca a fluidez e a imprevisibilidade das correntes, traduzindo movimento e transformação em peças únicas e ousadas. O nome remete a uma jornada sem destino certo, inspirada pela liberdade de se deixar levar, sem amarras ou convenções. Cada peça desta coleção foi meticulosamente criada em seu atelier em Ipatinga, refletindo o DNA da marca: inovação, design disruptivo e uma forte conexão com a arte contemporânea.
Em DERIVA, Penna continua sua exploração de novas matérias-primas e formas. As peças, que vão de colares a broches e brincos multifuncionais, trazem à tona a habilidade do designer em mesclar agressividade e delicadeza, com formas ergonômicas e conceitos que dialogam com o industrial, sempre rompendo com o tradicional.
A chegada da coleção ao Brasil marca um novo capítulo para a marca CARLOS PENNA, que, ao longo de seus oito anos, se consolidou no cenário nacional e internacional. Suas criações já conquistaram celebridades como Xuxa, Ludmilla e Gilberto Gil, e agora estão disponíveis para o público brasileiro, reforçando o espírito de experimentação e versatilidade que caracteriza a marca.
Agora disponível em suas lojas físicas em Belo Horizonte, São Paulo e online, DERIVA convida todos a embarcarem nessa viagem de criação, inovação e expressão pessoal.
Sobre a Coleção
Carlos Penna apresenta DERIVA, uma coleção que chega ao Brasil carregada de inspirações profundas e experimentações materiais, após estrear com sucesso em Milão. Fiel ao seu estilo vanguardista, o designer mineiro transforma acessórios em expressões artísticas, explorando a conexão entre o corpo e o ambiente por meio de formas e texturas inovadoras.
DERIVA é uma ode ao movimento constante, às mudanças imprevisíveis e à fluidez que permeiam a natureza e a vida humana. A coleção explora o conceito de “deriva” como uma jornada sem destino pré-definido, onde as peças parecem capturar momentos de transição, fragmentos do inesperado. Essa sensação de fluidez e transformação é refletida em acessórios que se adaptam ao corpo de maneira orgânica, com formas que desafiam a rigidez e abraçam a liberdade.
Cada peça foi desenvolvida com matérias-primas cuidadosamente selecionadas, muitas delas raramente vistas no mundo dos acessórios, ampliando os limites do design. Texturas contrastantes criam um diálogo entre o bruto e o refinado: superfícies polidas encontram formas rústicas, enquanto materiais rígidos convivem com linhas sinuosas. Penna mais uma vez se debruça sobre a experimentação de elementos industriais e orgânicos, sempre buscando o novo e o inesperado.
Brincos, colares, broches e objetos multifuncionais compõem essa coleção, trazendo formas ergonômicas que se moldam ao corpo com leveza. O uso de materiais inusitados – como metais tratados com técnicas exclusivas, resinas, e elementos naturais – revela a inquietação criativa do designer, que vê em cada peça uma oportunidade de reinventar processos e redefinir estéticas.
Em DERIVA, a pluralidade de texturas e o jogo de volumes convidam à exploração tátil. As peças, ao mesmo tempo delicadas e robustas, oferecem uma nova percepção de peso e movimento, desafiando a funcionalidade convencional dos acessórios. A coleção é uma verdadeira obra de arte contemporânea, em que cada peça conta uma história de deslocamento e transformação, criando uma simbiose entre o humano e o material.
Institucional
Carlos Penna é um designer mineiro de acessórios e fundador da marca homônima, estabelecida em 2015. A marca surgiu como um grande laboratório criativo de design de acessórios e joias-arte, tendo a inovação e o inusitado como parte de seu DNA. Cada coleção é marcada pela criação de peças que utilizam uma extensa catalogação de novas matérias-primas, muitas vezes pouco usuais no mercado de acessórios, e um constante estudo aplicado na ergonomia e formatos das peças. Todas as criações são feitas por Carlos e produzidas manualmente em sua fábrica própria, localizada em Ipatinga, Minas Gerais.
Após oito anos de atuação, a CARLOS PENNA se consolidou no mercado brasileiro, navegando entre o popular e o high-end, atingindo um público diversificado, incluindo clientes fiéis e colecionadores. A empresa hoje possui duas lojas, uma em Belo Horizonte e outra em São Paulo e fortaleceu sua presença online, além de estar em pontos de venda prestigiados, como a loja do MASP.
As criações de Carlos Penna incluem uma variedade de acessórios, como broches, colares, brincos e objetos multifuncionais. Os produtos são caracterizados por técnicas artesanais, onde cada peça acaba por ser única.
A inspiração por trás dos produtos vem do estudo contínuo de materiais e do uso de matérias-primas pouco usuais, que refletem um interesse em deslocar inspirações industriais e reinventar os processos de criação. Além disso, a marca tem colaborado com influenciadores e celebridades renomadas, como Xuxa, Ludmilla, Claudia Raia, Gilberto Gil e Mariana Ximenes, que frequentemente escolhem suas peças para eventos importantes, aumentando a visibilidade da marca.
O designer busca continuamente expandir suas possibilidades criativas e desenvolver novas abordagens no design de acessórios, enriquecendo ainda mais a história da CARLOS PENNA.
Sobre o Designer
Carlos Penna é um designer notável de Minas Gerais, Brasil, reconhecido por sua abordagem experimental no design de joias. Seu trabalho se desvia da moda convencional e do design tradicional, obtendo inspiração significativa da arte contemporânea. Influenciado por artistas proeminentes como Hélio Oiticica, Lygia Clark e Louise Bourgeois, as criações de Penna frequentemente incorporam materiais e conceitos inesperados.
Uma de suas peças de destaque inclui brincos de Prego banhados à prata, que exemplificam uma mistura de agressividade e delicadeza, refletindo o conceito de readymade defendido por Marcel Duchamp. As coleções de Penna, como “Plantae” e “Mutação”, aprofundam-se em temas de transformação de materiais orgânicos em acessórios duráveis, enquanto criticam questões ambientais por meio do design.
Suas joias muitas vezes possuem um elemento de versatilidade, permitindo que os usuários adaptem as peças de acordo com suas preferências, espelhando tendências em roupas adaptáveis e estéticas do design japonês. Desde que estabeleceu sua marca em 2015, Penna continua a ultrapassar limites, apresentando coleções que desafiam estéticas tradicionais e incentivam a expressão pessoal.
Nossos endereços
STUDIO CARLOS PENNA (BH) - Rua do Ouro, 1428 - Serra - Belo Horizonte/MG
LOJA CARLOS PENNA (SP) - Rua Mateus Grou, 610 - Pinheiros - São Paulo/SP
CASA ATELIER CARLOS PENNA - Rua Girassol, 503 - Vila Madalena - São Paulo/SP
Desfiles
Carlos Penna tem se envolvido ativamente na São Paulo Fashion Week nos últimos anos, onde se destacou por sua colaboração com marcas como Misci, Rocio Canvas, Apartamento 03, Mauricio Duarte, LED, Catarina Mina, Ronaldo Fraga, André Lima. Na edição de 2023, Penna contribuiu com acessórios para a coleção de verão 2024 da Apartamento 03, que se inspirou na intensidade do azul, apresentando uma estética sofisticada e poética.
Além de seu trabalho criativo, Penna é reconhecido por seu papel na descolonização da moda brasileira, colaborando com outros estilistas como Airon Martin e Isa Isaac Silva. Juntos, eles têm ajudado a redefinir a estética e a identidade do design de moda no Brasil, promovendo um estilo nacional renovado e sem exotismo. Sua contribuição para a moda brasileira é significativa, refletindo uma nova abordagem na indústria.