Carlos Penna, renomado designer mineiro, traz ao Brasil sua nova coleção, DERIVA, após um aclamado lançamento em Milão. Fundador da marca homônima, Penna é conhecido por suas criações inovadoras e o uso de materiais inusitados, que transformam o conceito de acessórios em verdadeiras joias-arte.
A coleção DERIVA evoca a fluidez e a imprevisibilidade das correntes, traduzindo movimento e transformação em peças únicas e ousadas. O nome remete a uma jornada sem destino certo, inspirada pela liberdade de se deixar levar, sem amarras ou convenções. Cada peça desta coleção foi meticulosamente criada em seu atelier em Ipatinga, refletindo o DNA da marca: inovação, design disruptivo e uma forte conexão com a arte contemporânea.
Em DERIVA, Penna continua sua exploração de novas matérias-primas e formas. As peças, que vão de colares a broches e brincos multifuncionais, trazem à tona a habilidade do designer em mesclar agressividade e delicadeza, com formas ergonômicas e conceitos que dialogam com o industrial, sempre rompendo com o tradicional.
A chegada da coleção ao Brasil marca um novo capítulo para a marca CARLOS PENNA, que, ao longo de seus oito anos, se consolidou no cenário nacional e internacional. Suas criações já conquistaram celebridades como Xuxa, Ludmilla e Gilberto Gil, e agora estão disponíveis para o público brasileiro, reforçando o espírito de experimentação e versatilidade que caracteriza a marca.
Agora disponível em suas lojas físicas em Belo Horizonte, São Paulo e online, DERIVA convida todos a embarcarem nessa viagem de criação, inovação e expressão pessoal.
Sobre a Coleção
Carlos Penna apresenta DERIVA, uma coleção que chega ao Brasil carregada de inspirações profundas e experimentações materiais, após estrear com sucesso em Milão. Fiel ao seu estilo vanguardista, o designer mineiro transforma acessórios em expressões artísticas, explorando a conexão entre o corpo e o ambiente por meio de formas e texturas inovadoras.
DERIVA é uma ode ao movimento constante, às mudanças imprevisíveis e à fluidez que permeiam a natureza e a vida humana. A coleção explora o conceito de “deriva” como uma jornada sem destino pré-definido, onde as peças parecem capturar momentos de transição, fragmentos do inesperado. Essa sensação de fluidez e transformação é refletida em acessórios que se adaptam ao corpo de maneira orgânica, com formas que desafiam a rigidez e abraçam a liberdade.
Cada peça foi desenvolvida com matérias-primas cuidadosamente selecionadas, muitas delas raramente vistas no mundo dos acessórios, ampliando os limites do design. Texturas contrastantes criam um diálogo entre o bruto e o refinado: superfícies polidas encontram formas rústicas, enquanto materiais rígidos convivem com linhas sinuosas. Penna mais uma vez se debruça sobre a experimentação de elementos industriais e orgânicos, sempre buscando o novo e o inesperado.
Brincos, colares, broches e objetos multifuncionais compõem essa coleção, trazendo formas ergonômicas que se moldam ao corpo com leveza. O uso de materiais inusitados – como metais tratados com técnicas exclusivas, resinas, e elementos naturais – revela a inquietação criativa do designer, que vê em cada peça uma oportunidade de reinventar processos e redefinir estéticas.
Em DERIVA, a pluralidade de texturas e o jogo de volumes convidam à exploração tátil. As peças, ao mesmo tempo delicadas e robustas, oferecem uma nova percepção de peso e movimento, desafiando a funcionalidade convencional dos acessórios. A coleção é uma verdadeira obra de arte contemporânea, em que cada peça conta uma história de deslocamento e transformação, criando uma simbiose entre o humano e o material.
Institucional
Carlos Penna é um designer mineiro de acessórios e fundador da marca homônima, estabelecida em 2015. A marca surgiu como um grande laboratório criativo de design de acessórios e joias-arte, tendo a inovação e o inusitado como parte de seu DNA. Cada coleção é marcada pela criação de peças que utilizam uma extensa catalogação de novas matérias-primas, muitas vezes pouco usuais no mercado de acessórios, e um constante estudo aplicado na ergonomia e formatos das peças. Todas as criações são feitas por Carlos e produzidas manualmente em sua fábrica própria, localizada em Ipatinga, Minas Gerais.
Após oito anos de atuação, a CARLOS PENNA se consolidou no mercado brasileiro, navegando entre o popular e o high-end, atingindo um público diversificado, incluindo clientes fiéis e colecionadores. A empresa hoje possui duas lojas, uma em Belo Horizonte e outra em São Paulo e fortaleceu sua presença online, além de estar em pontos de venda prestigiados, como a loja do MASP.
As criações de Carlos Penna incluem uma variedade de acessórios, como broches, colares, brincos e objetos multifuncionais. Os produtos são caracterizados por técnicas artesanais, onde cada peça acaba por ser única.
A inspiração por trás dos produtos vem do estudo contínuo de materiais e do uso de matérias-primas pouco usuais, que refletem um interesse em deslocar inspirações industriais e reinventar os processos de criação. Além disso, a marca tem colaborado com influenciadores e celebridades renomadas, como Xuxa, Ludmilla, Claudia Raia, Gilberto Gil e Mariana Ximenes, que frequentemente escolhem suas peças para eventos importantes, aumentando a visibilidade da marca.
O designer busca continuamente expandir suas possibilidades criativas e desenvolver novas abordagens no design de acessórios, enriquecendo ainda mais a história da CARLOS PENNA.
Sobre o Designer
Carlos Penna é um designer notável de Minas Gerais, Brasil, reconhecido por sua abordagem experimental no design de joias. Seu trabalho se desvia da moda convencional e do design tradicional, obtendo inspiração significativa da arte contemporânea. Influenciado por artistas proeminentes como Hélio Oiticica, Lygia Clark e Louise Bourgeois, as criações de Penna frequentemente incorporam materiais e conceitos inesperados.
Uma de suas peças de destaque inclui brincos de Prego banhados à prata, que exemplificam uma mistura de agressividade e delicadeza, refletindo o conceito de readymade defendido por Marcel Duchamp. As coleções de Penna, como “Plantae” e “Mutação”, aprofundam-se em temas de transformação de materiais orgânicos em acessórios duráveis, enquanto criticam questões ambientais por meio do design.
Suas joias muitas vezes possuem um elemento de versatilidade, permitindo que os usuários adaptem as peças de acordo com suas preferências, espelhando tendências em roupas adaptáveis e estéticas do design japonês. Desde que estabeleceu sua marca em 2015, Penna continua a ultrapassar limites, apresentando coleções que desafiam estéticas tradicionais e incentivam a expressão pessoal.
Nossos endereços
STUDIO CARLOS PENNA (BH) - Rua do Ouro, 1428 - Serra - Belo Horizonte/MG
LOJA CARLOS PENNA (SP) - Rua Mateus Grou, 610 - Pinheiros - São Paulo/SP
CASA ATELIER CARLOS PENNA - Rua Girassol, 503 - Vila Madalena - São Paulo/SP
Desfiles
Carlos Penna tem se envolvido ativamente na São Paulo Fashion Week nos últimos anos, onde se destacou por sua colaboração com marcas como Misci, Rocio Canvas, Apartamento 03, Mauricio Duarte, LED, Catarina Mina, Ronaldo Fraga, André Lima. Na edição de 2023, Penna contribuiu com acessórios para a coleção de verão 2024 da Apartamento 03, que se inspirou na intensidade do azul, apresentando uma estética sofisticada e poética.
Além de seu trabalho criativo, Penna é reconhecido por seu papel na descolonização da moda brasileira, colaborando com outros estilistas como Airon Martin e Isa Isaac Silva. Juntos, eles têm ajudado a redefinir a estética e a identidade do design de moda no Brasil, promovendo um estilo nacional renovado e sem exotismo. Sua contribuição para a moda brasileira é significativa, refletindo uma nova abordagem na indústria.
Direcionar o olhar para as comunidades, para o que inventam e para a capacidade de promover a permanência, não no sentido de se estacionar no tempo, mas na condição de prover sentidos de vida, é o movimento da 10ª edição do CIRCUITO URBANO DE ARTE - a 3ª realizada na Praça Raul Soares.
Com curadoria de Flaviana Lasan, Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni —, esse ano o festival conta, pela primeira vez, como uma programação composta exclusivamente por mulheres. A artista belo-horizontina Clara Valente é a anfitriã da vez e recebe a artista indígena Liça Pataxoop, educadora e liderança da aldeia Muã Mimatxi, em Itapecerica (MG) e Bahati Simoens, artista nascida no Burundi, com descendência congolesa e belga e hoje radicada na África do Sul. Essa edição conta ainda com uma instalação brincante concebida pela arquiteta Isabel Brant, da Mutabile Arquitetura.
Sobre as artistas
Liça Pataxoop
Edifício Leblon (Av. Amazonas, 1054)
“O Tempo Grande das Águas é o primeiro tempo do mundo. É o tempo do começo de todas as coisas, todas as histórias. É o tempo da inteligência, da sabedoria e do conhecimento. É o tempo da grande água que deu origem ao nosso povo Pataxoop”. Assim explica Liça Pataxoop sobre como nomeou a obra que irá realizar no CURA, no Edifício Leblon (Av. Amazonas, 1054).
Educadora e liderança da aldeia indígena Muã Mimatxi (Itapecerica, Minas Gerais), ela escolheu Hãm kuna’ã xeka (O Grande Tempo das Águas) para falar do tempo em que os Pataxoop fazem um grande ritual para celebrar a vida e agradecer, com oferendas à mãe terra: sementes, frutas, o que dá alimento. Ela conta que é o tempo do entendimento, onde cada ser foi formado como ele é. “Não tem ninguém igual a ninguém. Tem parecido. Cada um com a sua história, o seu lugar e o seu jeito de viver”.
As obras de Liça se fazem com a metodologia dos tehêys, um instrumento de pesca que ganhou outros sentidos e se transformou em um método de ensino praticado nas aldeias. Símbolo dos Pataxoop, os tehêys são como redes, armadilhas tecidas com corda de tucum e cipó, utilizados especialmente pelas mulheres e crianças pescarem nos rios. Quando se “terreia”, a água abaixa e ficam os peixes, o alimento.
Na escola, o tehêy é utilizado para a pesca de conhecimento. Como professora, Liça trabalha para manter viva a língua ancestral Pataxoop e a tradição de seu povo. Utiliza dos tehêys de conhecimento, livros vivos que carregam desenhos-narrativos, para ensinar as crianças sobre território, memória e a vida dos indígenas Pataxoop. Em grandes painéis em desenho, que ela chama de painéis de terreiro, ela desenha toda a comunidade, a aldeia e suas histórias, práticas, elementos da vida Pataxoop.
Na Raul Soares, o Edifício Leblon será transformado em um grande tehêy, com seres vivos, flores, mata, rio e pedras. Liça vai oferecer à cidade uma pesca de conhecimento, uma possibilidade de aprender sobre a vida a partir do que se vive. “Se você derruba a natureza, espera que, mais cedo ou mais tarde, ela te derrubará, sempre e sempre. Tem vento que a gente se aquieta, não fala nada, só reza com o coração. Tem vento que a gente canta, ele vem brando, refrescando e sombreando a terra, indicando que a gente precisa fazer ritual para as sementes, para ouvir suas palavras que vem da terra, das grandes matas, dos animais e do seu espalhar”, conta.
Clara Valente
Edifício Claro (Rua Espírito Santo, 1.000)
Grafiteira de longa trajetória, Clara fará sua primeira empena nesta edição. E já em sua estreia, ela fará a maior fachada cega em área já pintada do Brasil. Nascida em Belo Horizonte, ela tem inúmeros grafites realizados na cidade, já participou da criação de trabalhos dentro do CURA, como artista assistente de outras criadoras. Mas, em 2024, ela expande suas criações para um novo formato.
Formada em pintura e desenho pela Escola Guignard, UEMG, Clara já expôs suas obras em diversas ocasiões, participando de festivais de arte no Brasil, Uruguai, Alemanha e Canadá. Seu trabalho transcende fronteiras e técnicas, explorando modalidades como escultura, cerâmica, murais, fotografia, videoarte e instalações.
Olhar e observar fazem seu percurso criativo. A imaginação de suas obras começa na contemplação e na pesquisa diária das formas geométricas, como as da arquitetura da cidade, das paisagens orgânicas e dos cenários naturais. Observa atentamente a flora, faz estudos de cores e luz. Transforma estes materiais inspiradores em pinturas, murais, colagens, objetos, gravuras, fotografias, vídeos.
Uma verdadeira retratista da natureza, que busca o diálogo com seus elementos e estações, Clara encontra inspiração nas paisagens do Cerrado e nas nascentes que cortam as montanhas. Com o abstracionismo geométrico e sua relação de proximidade com a natureza, ela evoca a noção de comunidade para além do humano e abre frestas para uma rede de relações de diversos seres conectados, um mundo que é em si comunitário. Seu abstracionismo geométrico é também o abstracionismo do pensamento. Suas obras são expedições rumo às profundezas da terra e à beleza silenciosa que floresce no espaço tridimensional.
Bahati Simoens
Edificio D’Ávila (Rua Guaranis, 590)
Bahati Simoens nasceu em Munanira (Burundi, 1992) e é filha de pai belga e mãe congolesa. Cresceu em Oostende, na costa da Bélgica e há três anos mora em Joanesburgo (África do Sul). As férias em família, as memórias e histórias de sua mãe sobre a vida no Congo estão refletidas na sua obra que apresenta figuras grandes e sem rosto, formas arredondadas, com braços, barrigas e coxas carnudos, cabeça bem pequena, corpos negros.
Afetos, alimentos, cenas de tranquilidade e conforto aparecem em suas obras, com tons de uma paleta suave. São imagens que renovam o imaginário, a memória e a representação do senso comum da diáspora e das pessoas negras e se situam no campo da celebração, do bem-estar. Bahati cresceu em ambientes predominantemente brancos, o que lhe causava o sentimento de falta. Fabulando novos mundos em contraposição ao que vivia, em seu trabalho, ela procura criar um senso de lar e pertencimento, de comunidade. “Meu objetivo é focar na alegria negra”, conta.
No CURA, ela irá pintar o Edifício D’Ávila (Rua Guaranis, 590) com a obra “Você não pode chorar se está rindo” (You can’t cry if you’re laughing), que faz parte da série “Papai nunca chegou com flores” (Daddy never came with flowers). Ela se diz curiosa com o diálogo possível entre sua obra, que reflete suas origens africana e europeia, com o contexto brasileiro, forjado por uma grande comunidade diaspórica. ”Como meu trabalho será recebido? Como as pessoas irão interagir com ele? Mas, acima de tudo, espero que traga alegria para a comunidade”. Para ela, é preciso imaginar o mundo de uma forma diferente, acreditando que a mudança e a reinvenção são possíveis. “Esse é o poder que temos como artistas e contadores de histórias, criando esperança. Temos o poder de segurar um espelho para que o outro se sinta visto e mostrar o que está faltando. Ou mostrar como as coisas poderiam e deveriam ser, se alguém estiver aberto a isso”, comenta.
Instalação Brincante: brincacidade
Em uma configuração patriarcal, as cidades foram historicamente desenhadas para o trânsito e a eficiência, ignoram as necessidades de convivência e segurança para todos os cidadãos. Para as mulheres, habitar a cidade significa reescrever suas regras, reivindicar sua presença e garantir que cada esquina, praça e avenida seja um lugar de acolhimento, proteção e liberdade.
Assim, o CURA propõe repensar a cidade sob a influência das matrizes matriarcais. Uma cidade para as crianças é uma cidade para todo mundo. Com a ideia projetada pelo urbanista Jan Gehl, o CURA defende uma cidade inclusiva e traz para a Raulzona uma instalação brincante concebida pela arquiteta Bel Brant.
Com o nome de BRINCACIDADE, a obra propõe transformar a Praça Raul Soares em um espaço onde as crianças possam brincar. Ao reivindicar o espaço público como um lugar de vida, a instalação desafia a lógica que prioriza os carros e o capital, propondo uma cidade pensada para as pessoas.
Como um ambiente interativo e seguro, a instalação, a partir da experimentação infantil, acolhe também as pessoas cuidadoras e incentiva a ocupação. BRINCACIDADE convida ao atravessamento, à exploração das suas estruturas e seus elementos que prometem descobertas para quem se aventurar à experiência. Para isabel, quando uma criança brinca na cidade, ela encontra o diferente, a pluralidade, expandindo fronteiras do privado e do convívio. O ambiente criado pela obra, onde a rua se torna extensão do lar, compreende a cidade como nossa casa, um patrimônio que também precisa ser cuidado coletivamente.
A obra traz como referência os xaponos dos povos indígenas Yanomami, uma aldeia-casa permanente ocupada por um grupo familiar, uma comunidade, onde tudo se faz coletivamente: brincar, festejar, conviver.
Com oito portais inspirados no desenho da Praça Raul Soares e nos eixos das avenidas que a cortam, a obra se transforma em um espaço onde se entra por todos os cantos. Com quatro totens interativos, traz a experiência de um espaço público de permanência, onde é possível interagir de forma segura e acolhedora. O CURA acredita que a arte, em relação com o território e as pessoas que o habitam, pode construir uma alternativa real e vibrante para as comunidades da Raulzona.
Sobre a nova edição do CURA
A 10ª edição do CURA - Circuito Urbano de Arte está prestes a transformar novamente a Praça Raul Soares, em Belo Horizonte. A edição de 2024 convida a comunidade a repensar como os espaços públicos podem ser vividos e ocupados, propondo uma visão que coloca a imaginação como o primeiro passo para a ação.
Desde 2021, o CURA ocupa a emblemática Praça Raul Soares, trazendo vida e reflexão sobre o espaço. Este ano, a provocação é clara: e se a praça fosse mais que uma rotatória, fosse mais do que apenas um lugar de passagem? E se ela pudesse se transformar em um verdadeiro parque, um espaço de convivência que acolhesse mães, crianças e idosos? O CURA 2024 propõe uma transformação do espaço urbano em um ambiente de pertencimento e permanência.
A Praça Raul Soares como Mirante e Espaço de Encontro
O CURA atua como um catalisador na cidade, propondo novas maneiras de habitar e coexistir. Desde sua chegada à Praça Raul Soares, o festival transformou o local em um mirante que oferece à comunidade uma oportunidade de repensar seu uso. O que antes era visto apenas como uma rotatória movimentada, tornou-se um espaço de arte, encontro e troca. Em 2024, o festival continuará essa trajetória de transformação, construindo um legado artístico e cidadão que reconta a história da cidade e imagina novos futuros.
Vale destacar como a ocupação da praça impulsionou uma revitalização do seu entorno. A abertura de bares e estabelecimentos ao redor transformou a vida noturna local, trazendo novas perspectivas para o uso do espaço público. O desafio, agora, é estender essa ocupação para o cotidiano diurno, propondo uma praça reimaginada, com mobiliário urbano e sombra, para que a população possa desfrutar plenamente do espaço.
Sobre o Cura
O CURA – Circuito Urbano de Arte é um dos maiores festivais de arte pública da América Latina. Desde a primeira edição, em 2017, carrega um compromisso com a democratização da arte e transforma espaços urbanos em galerias a céu aberto, convidando a comunidade a interagir com obras de grande impacto artístico. Os murais, que incluem a maior coleção de arte pública indígena do mundo e as obras mais altas pintadas por mulheres na América Latina, celebram a ancestralidade e a diversidade cultural.
O CURA nasceu em Belo Horizonte e, atuando como um verdadeiro agente de transformação cultural e urbana, trouxe um legado palpável para a cidade, que transcende os dias do festival. Em 2023, realizou sua primeira edição em Manaus, com murais e instalações que homenageiam a ancestralidade dos povos da floresta e hoje constroem o primeiro mirante de arte indígena do mundo.
Com muita festa, feiras, shows e exposições de arte, o festival convida as pessoas a assistirem a todo o processo das pinturas. O CURA é mais do que um evento cultural e turístico, é um movimento que redefine a paisagem e enriquece a vida comunitária, promovendo a arte como um elemento essencial na construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente.
Patrocínio e Apoio
O CURA 2024 conta com o patrocínio master da Claro, patrocínio UniBH e Cemig e apoio Shell.
A programação completa e outras informações serão enviadas em seguida e também podem ser acompanhadas nas redes sociais do festival @cura.art
A GAL – Galeria de Arte se prepara para se despedir de seu atual espaço, a Casa GAL, com a exposição Quieto no Escuro, do artista Rodrigo Borges, que será inaugurada no dia 23 de outubro. A mostra, que apresenta 13 desenhos inéditos de animais produzidos entre 2021 e 2024, estará aberta ao público até dezembro, quando a galeria encerra suas atividades no endereço do bairro Sion. O próximo local da GAL será divulgado em breve.
Rodrigo Borges reflete sobre o conceito da série: “A série Quieto no Escuro pretende dar a ver uma imagem que vem do escuro com o escuro e, assim, dizer da importância do escuro na construção do imaginário e do mundo. Esse meu interesse pelo escuro vem da abstração geométrica (especialmente Malevich), dos grafismos indígenas e de uma série de outras escuridões… Também se apresenta como uma resposta ao excesso de claridade do mundo 24/7, às telas brilhantes dos equipamentos digitais e aos desafios ecológicos que vivemos hoje.” Ele também menciona que a frase de Guimarães Rosa “Tudo o que muda vem quieto no escuro” inspirou o processo criativo, que explora a lentidão e a quietude em contraste com a velocidade do mundo atual.
Desde sua criação, em 2017, a GAL tem se destacado por ocupar espaços vazios na cidade e criar novas possibilidades para a circulação da arte contemporânea. Em 2021, com a criação da Casa GAL, a galeria ganhou um endereço fixo, que abrigou exposições, residências e outras expressões artísticas. “Pensamos sempre em como aproximar o público à arte contemporânea através de mostras individuais e coletivas”, afirma Laura Barbi, curadora e idealizadora do projeto.
Sobre Rodrigo Borges
Vive e trabalha em Nova Lima, MG.
Professor Adjunto do Departamento de Desenho da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Artista-pesquisador com doutorado (2017) e mestrado (2005) em artes pela EBA/UFMG, graduação em Arquitetura e Urbanismo (1997) pela Universidade Federal de Viçosa e em Artes Visuais/Desenho (2002) pela EBA/UFMG. Suas proposições plásticas, por meio de colagens, desenhos e instalações, buscam ativar o ambiente, construindo modos de entrelaçar e envolver planos, volumes e arquiteturas aos sujeitos e suas ações. Desde 2005, tem utilizado fitas adesivas como matéria base a partir da qual constrói geometrias planas e adesivas. Um trabalho que, referenciado no campo da pintura e do desenho, desdobra-se em intenções espaciais, fazendo corpo com as arquiteturas, pessoas e situações específicas presentes em cada lugar de exposição.
Exposições individuais: Trópico – Galeria de Arte GTO no Sesc Palladium (Belo Horizonte, 2017); Caixa Aberta na Galeria EmmaThomas (São Paulo, 2011); Embrulho no Espaço Cultural Cemig Galeria de Arte (Belo Horizonte, 2010) e no Programa de Exposições 2005 do Centro Cultural São Paulo.
Principais exposições coletivas: Quando For Sair Lá Fora – GAL (Belo Horizonte, 2023); Da Sala Ao Jardim: ensaios – Museu da Inconfidência: Sala Manoel da Costa Ataíde (Ouro Preto, 2022); Dias Fora De Tudo – Grande Galeria do Centro Cultural UFMG (Belo Horizonte, 2022); Gráficografia – Museu Histórico Abílio Barreto (Belo Horizonte, 2020-2); Escotoma: Mostra Residências artísticas – Atelier Aberto no Centro Cultural UFMG (Belo Horizonte, 2020); ESTADIA3: no Anexo do Museu da Inconfidência (Ouro Preto, 2019); ESTADIA2: no Museu Mineiro (Belo Horizonte, 2019); ESTADIA: no Museu da Inconfidência (Ouro Preto, 2018); Plantear no Centro Cultural Yves Alves (Tiradentes, 2017); Grassar. Exercícios para um ateliê sem paredes no Anexo do Museu da Inconfidência (Ouro Preto, 2016); Campo Branco na Galeria da Faculdade de Artes Visuais / UFG (Goiânia, 2104); Situações Brasília no Museu Nacional do Conjunto da República (Brasília, 2012); Campo Branco no Centro Cultural Banco do Nordeste (Fortaleza, 2012); Geometria Impura no Centro de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 2010-11); Bomserá no Anexo do Museu da Inconfidência (Ouro Preto, 2010); Geometria Impura no MAM Bahia (Salvador, 2009); Fiat Mostra Brasil no Porão das Artes da Fundação Bienal (São Paulo, 2006); Disposição no Palácio das Artes (Belo Horizonte, 2005) e Rumos da Nova Arte Contemporânea Brasileira no Palácio das Artes (Belo Horizonte, 2002).
Artista selecionado para o Programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais edição 2001/2003; e para os eventos: Fiat Mostra Brasil no Porão das Artes da Bienal de São Paulo – 2006; Noite Branca (no parque) em Belo Horizonte – 2012; Situações Brasília – Prêmio da Arte Contemporânea do Distrito Federal – 2012; Permeabilidades, CEIA Centro de Experimentação e Investigação na Funarte MG – 2012. Participou em 2010 do projeto de Residência Héritage, parte do projeto Evolução Francesa Lacoste com exposições no Rio, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte. Suas obras foram expostas na Feira Parte em São Paulo, em novembro de 2018.
Sobre a GAL
A GAL é uma galeria de arte virtual e independente, dedicada à pesquisa e circulação da arte contemporânea brasileira. Com um modelo flexível e desterritorializado, a galeria realiza exposições em espaços temporários e em desuso, conectando artistas, colecionadores e o público. A GAL também disponibiliza um acervo online de obras de artistas contemporâneos brasileiros, garantindo a sustentabilidade de suas ações.
Serviço
Exposição: Quieto no Escuro – Rodrigo Borges
Abertura: 23 de outubro de 2024
Local: Casa GAL – Rua Montes Claros, 214, Sion, Belo Horizonte/MG
Período: Outubro a Dezembro de 2024
Gratuito
Instagram: @gal.art.br