Desde sua fundação, em 2017, a GAL ocupa espaços vazios na cidade. Desta vez, a galeria virtual e agitadora cultural apresenta um projeto ambicioso: a Casa GAL que será abrigo para exposições, residências e outras expressões artísticas a partir do dia 05 de novembro. De caráter efêmero, mas ainda sem data para acabar, promete contribuir para a cena cultural de Belo Horizonte durante os próximos meses.
“Pensamos sempre em como aproximar o público à arte contemporânea através de mostras individuais e coletivas. Com a possibilidade da retomada das ações culturais em Belo Horizonte, inauguramos nossa terceira ocupação, #GAL003 Casa Gal, com duas exposições individuais: Deserto Fértil, de Carolina Botura e Tempo Um, de Binho Barreto”, conta Laura Barbi, idealizadora da GAL.
Em maio 2018, na #GAL001, a GAL ocupou uma loja vazia na R. Antônio de Albuquerque, na Savassi, por 5 dias, com a exposição coletiva Imenso Céu, Aqui Abismo. Em outubro do mesmo ano aconteceu a ocupação coletiva #GAL002 Esperança Faz Amor. Desta vez na Praça Raul Soares e seus arredores, com ações pensadas para o espaço público. Em 2019, foram realizadas diversas ocupações em parceria com espaços institucionais e comerciais como o Palácio das Artes, a Galeria de Arte Sesi Minas, a Líder Interiores, o Restaurante do Ano, a Central etc.
“Abrir a Casa Gal com as mostras de Carol Botura e Binho Barreto é uma oportunidade para conhecer presencialmente a produção mais recente de ambos artistas. Ao longo desse período de pandemia, Botura aprofundou sua pesquisa em torno da criação contida nos ciclos da vida, e o poder da nossa relação com o verde, a natureza e o meio ambiente como um todo. Uma seleção dessas obras foi apresentada na exposição virtual Na Boca da Mata Ah, com curadoria de Marina Camâra, entre agosto e setembro deste ano, parte da programação da Piccola Galleria, na Casa Fiat de Cultura. Por se tratar de um tema tão pertinente para os dias atuais, acreditamos que seria importante expandir essa discussão e abrir a Casa Gal com Deserto Fértil” explica Barbi. A mostra “Deserto Fértil”ocupa todo o primeiro andar da casa, reunindo mais de 30 obras produzidas entre 2012 e 2021 em diversas mídias incluindo pintura, escultura, fotografia, vídeo, além de instalações e obras digitais.
Já em “Tempo Um”, Binho Barreto lança um novo olhar sobre o mundo ao se distanciar da figuração e dos temas com que trabalha em seus murais urbanos e ocupa parte do segundo andar com uma coleção de pinturas abstratas. Inspirado na vida cotidiana, Binho inicia uma nova fase em seu processo criativo e sua produção artística, com um conjunto de pinturas intuitivas que pertencem mais à ordem dos vislumbres do que da cognição. “Trata-se de um procedimento de pintura um tanto meditativo: ter a própria pintura como tema e pintar mais com o corpo do que com a razão. Há também uma intensa pesquisa com a materialidade da tinta” explica ele.
Sobre a Casa GAL
Localizada no Sion, foi construída na década de 60, projeto do arquiteto Laercio Gontijo e desde então habitada por uma única família. Desocupada em setembro deste ano, a residência em breve estará à venda. “Achamos que seria interessante abri-la para visitação uma vez que a grande maioria dos espaços não tombados pelo Patrimônio emBelo Horizonte acabam sendo vendidos para incorporadoras e demolidos”, conta Laura. “O interessante em se propor um projeto sem território definido como é o caso da GAL, é que a cada ocupação somos desafiados a pensar e repensar a interação entre a arte contemporânea, a arquitetura, a cidade e o público” completa.
Serviço
Casa GAL – Rua Groelândia, 50 – Sion
“Deserto Fértil” de Carolina Botura e “Tempo Um” de Binho Barreto ficam em cartaz de 05/11 a 04/12
O fazer manual é algo cada vez mais raro. Mas em meio a correria do dia, na agitação da Savassi, um espaço onde o tempo é outro te convida a mergulhar no mundo da joalheria.
Na Criadouro compartilha-se conhecimentos, ideias e ferramentas. O projeto idealizado por Luiza Hermeto e Fernanda Salomão, é um lugar de aprendizado, criação e discussões.
“Montamos o espaço para ser nossa oficina e de outros que também queiram aprender o ofício da ourivesaria” conta Fernanda. “A Criadouro é a oficina da CasaNanda e da Hermetica, nossas marcas de joias, mas é também escola de ourivesaria e nossa loja”, completa ela.
Por ali também acontecem workshops com temas diversos e quem tem mais experiência pode apenas alugar uma bancada, produzindo sua peça com total independência. O melhor? Não é preciso levar nada. Equipamentos modernos estão à disposição.
Na Criadouro se encontram os mais diferentes perfis. Gente em mudança de carreira, pessoas que encaram a ourivesaria como hobby e até noivos que querem produzir sua própria aliança! “Fazemos o possível para ajudar as pessoas que nos procuram, pois criamos o espaço com a intenção de facilitar a vida de quem está começando e trocar experiências com quem já está no mercado” fala Luiza. “Você não precisa ter as ferramentas todas para produzir, além de ser um curso que não exige conhecimento nenhum na área” finaliza.
Serviço
Criadouro
Horários: segunda a sexta de 9h às 18h, sábado de 9h às 12h
https://www.instagram.com/criadouro.cc
www.criadourojoalheria.com.br
É oficial, a próxima edição do CURA – Circuito Urbano de Arte acontece de 21 de outubro a 02 de novembro, em Belo Horizonte. E para isso, está aberta a partir do dia 12 de setembro a convocatória que irá selecionar um dos artistas escalados para o maior festival de arte urbana do país. O artista irá pintar uma empena de aproximadamente 649,95m, localizada no Centro da capital mineira.
Podem participar da convocatória todas as pessoas acima de 18 anos e residentes no Brasil. Serão aceitas propostas individuais ou de coletivos, sendo que cada concorrente poderá integrar/enviar uma única proposta de intervenção, ou seja, um esquema desenhado da ideia a ser concretizada.
Para participar, é preciso preencher um formulário disponível no site do CURA: www.cura.art. O prazo limite é o dia 26 de setembro e o resultado será divulgado no dia 10 de outubro. As informações completas estão no site do festival.
Sobre o Cura 2021
O CURA 21 é também um gesto de memória. “Por tentarem apagar nossa história, invisibilizar nossos mortos, invocamos os guardiões da cultura e da vida. Se na dimensão terrena estamos em luto, o encantamento das ruas continua” conta Janaina Macruz, idealizadora e curadora ao lado de Juliana Flores e Priscila Amoni.
Seguindo o fluxo da Avenida Amazonas, o festival esse ano aborda a importância seminal desse rio — com seu protagonismo na vida de plantas, animais e pessoas —, das águas e das florestas, bem como a de seus povos guardiões, os povos originários da América do Sul. “O CURA este ano vai para outra dimensão; vamos acessar outras camadas da existência e compreender a fé sob a perspectiva transreligiosa”, completa Priscila.
Com o mote “Você não está sozinha!”, o festival quer se conectar com o outro e com outros seres na certeza de que não estamos sós e de que o futuro é coletivo.
Sobre o Cura
O Circuito Urbano de Arte realizou sua quinta edição em 2020, completando 18 obras de arte em fachadas e empenas, sendo 14 na região do hipercentro da capital mineira e quatro na região da Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro. O CURA também presenteou BH com o primeiro e, até então único, Mirante de Arte Urbana do mundo. Todas as pinturas podem ser contempladas da Rua Sapucaí.
Serviço
Convocatória Cura
Início: 12 de setembro de 2021
Termino: 26 de setembro de 2021
www.facebook.com/curafestival
www.instagram.com/cura.art
https://cura.art