Dobradinha na cozinha, restaurantes da cidade em clima de colaboração

Sem essa de concorrência, o clima na Cozinha Santo Antônio é de colaboração.

O mais novo prato do restaurante da chef Ju Duarte resume bem esses bons encontros entre diferentes casas e produtores da cidade. “Eu estava pensando neste prato há muito tempo. Queria usar o corte de costelinha lindo da Mercearia 130 pra fazer o Picolé do Mineiro, e fazer ele assado em baixa temperatura, bem macio. Começou assim” conta a chef Ju Duarte.

Depois veio o maravilhoso fubá suado, comida de subsistência, que conta a história de muita gente, Minas a fora e a dentro. “Aqui preparamos ele com o fubá de milho criolo vermelho, outra história incrível de resgate e resistência. O milho criolo é um projeto de recuperação de sementes ancestrais que vem sendo empreendido pelo Projeto Criolo. Um presente para nós” explica.

Por fim vem o molho que recebe a costelinha. Ele é feito com o fundo do tabuleiro, concentrado de sabores, e o chocolate meio amargo da Kalapa, um chocolate orgânico produzido de forma sustentável e em respeito à natureza e às pessoas. “Eu juro que essa combinação é um espetáculo, o chocolate transforma a textura do molho e acrescenta o gosto da terra para equilibrar a untuosidade da carne” completa. Ah, e não podia faltar aquele gostinho cítrico que todo mineiro ama. Ele vem com uma pitadinha e laranja e de limão capeta!

Este prato que fala sobre o encontro de ideias e de sabores foi batizado de Juntinho.

Parceria com a Casa Bonomi

Desde o começo do ano, a chef Ju Duarte se juntou a padaria Bonomi e juntas criam um sanduíche que fica no cardápio por um curto período. O da vez é o “Pato aqui, pato acolá”, que leva especiarias, aroma de laranja, figo em geleia, azedinha pra quebrar um pouco da doçura e uma cama macia de brioche! 

Sobre a Cozinha Santo Antônio

Em uma esquina charmosa, em um dos bairros mais tradicionais da cidade, a Cozinha Santo Antônio chama atenção logo de cara pela arquitetura. Ao mesmo tempo mineira e cosmopolita, com garimpos e peças de design e uma imponente e acolhedora cozinha aberta.

Uma ótima tradução para a comida feita ali. “Estamos completamente conectados com as nossas origens e com a nossa história, mas temos os pés no presente e o olhar no futuro”, diz Juliana Duarte, que comanda tudo no espaço.

A Cozinha Santo Antônio tem por principio o respeito à sazonalidade dos ingredientes, por isso o cardápio muda de acordo com o que se tem de mais fresco e gostoso para cozinhar. Os insumos são orgânicos, de origem e chegam através de pequenos produtores.

Por conta da pandemia, o restaurante tem funcionado no sistema delivery e “buscaqui”, no horário de almoço, de terça a domingo. “Todo início de semana planejo o cardápio dos próximos dias com base no que os produtores têm disponível” conta Juliana. “Durante a semana os pratos são de uma comida mais caseira, que eu defino como sendo ‘que nem a da casa da gente’. No final de semana temos pratos mais elaborados e sempre há opção vegetariana. A comida varia de receitas de família bem mineiras a pratos da cozinha do mundo, como a francesa e a do Oriente Médio que eu gosto muito e estudo”, completa.

Juliana é uma cozinheira, historiadora e pesquisadora da história da gastronomia mineira. Mas antes disso tudo trabalhava na publicidade enquanto paralelamente estudava gastronomia e vendia seu disputado paté na Feira Fresca.

Do seu jeito, vem fazendo comida com história e afeto, transformando algo aparentemente banal em “extraordinário”. Comida que valoriza a cultura alimentar mineira e que faz bem para o corpo e para a alma.


Serviço

Funcionamento de terça a domingo de 12:00 às 14:30 nos dias de semana e de 12:30 às 16:00 nos finais de semana.

Delivery e o “buscaqui”

Whatsapp: (31) 9-8218-6427

https://www.instagram.com/cozinha_santoantonio/




ALVA Design se aventura na porcelana líquida

A ALVA, escritório de design de mobiliário e objetos mineiro, dos irmãos Susana Bastos e Marcelo Alvarenga, ficou conhecida com o rico trabalho desenvolvido especialmente na pedra sabão. Agora a dupla revisita algumas criações, desta vez usando a porcelana líquida na coleção Sombra Branca 


Sobre SOMBRA BRANCA

A partir das conhecidas formas torneadas na pedra sabão, desenvolvemos nossa primeira linha de porcelana líquida.

Subtrair a força de um material e experimentar a forma e a silhueta das peças em outra materialidade, não tão peculiar à nós, foi o ponto de partida para esta coleção.

Sombra Branca reflete sobre apagamento e memória, desenho e matéria.

As peças foram executadas pela Lea Cerâmica.

As madeiras pela marcenaria Cara de Pau.

Os metais pelas tornearias parceiras da Alva design


Sobre a ALVA

ALVA é um escritório de design de mobiliário e objetos, formado pelos irmãos Susana Bastos, artista plástica e estilista, e Marcelo Alvarenga, arquiteto. Seus projetos são resultado do encontro desses dois olhares, o arquitetônico e o artístico, e para além da racionalidade e funcionalidade habituais, eles buscam o inusitado, os novos usos e uma expressiva materialidade.

O processo de criação da dupla se inicia a partir de uma observação sensível do cotidiano das pessoas, seus hábitos e necessidades atuais, juntamente à uma percepção de novas potencialidades a serem exploradas artisticamente. No desenvolvimento de cada peça soma-se à bagagem técnica e estética dos irmãos, adquirida ao longo de experiências importantes no mercado da arquitetura e da moda, uma forte relação com suas origens mineiras e brasileiras. Na fase de execução, a seleção da matéria-prima e a manufatura primorosa, muitas vezes artesanal, imprimem um aspecto único aos trabalhos. O resultado são peças contemporâneas carregadas de memória.

A primeira linha de mobiliário e objetos da Alva foi lançada em 2013 na feira MADE (Mercado, Arte, Design), em São Paulo. Após esse lançamento o escritório fechou parceria com a Etel - marca agora mundialmente conhecida por editar o melhor do design brasileiro - para produzir e comercializar algumas de suas criações, fazendo com que os nomes dos irmãos entrassem para o especial grupo de designers autorais representados por ela.

Desde o seu primeiro lançamento, as criações de Susana e Marcelo ganharam visibilidade em diversas publicações importantes, em sites e revistas, nacionais e internacionais.

https://www.alva.design




Casa GAL, novo espaço de arte em BH tem caráter efêmero e estreia com duas exposições

Desde sua fundação, em 2017, a GAL ocupa espaços vazios na cidade. Desta vez, a galeria virtual e agitadora cultural apresenta um projeto ambicioso: a Casa GAL que será abrigo para exposições, residências e outras expressões artísticas a partir do dia 05 de novembro. De caráter efêmero, mas ainda sem data para acabar, promete contribuir para a cena cultural de Belo Horizonte durante os próximos meses.

“Pensamos sempre em como aproximar o público à arte contemporânea através de mostras individuais e coletivas. Com a possibilidade da retomada das ações culturais em Belo Horizonte, inauguramos nossa terceira ocupação, #GAL003 Casa Gal, com duas exposições individuais: Deserto Fértil, de Carolina Botura e Tempo Um, de Binho Barreto”, conta Laura Barbi, idealizadora da GAL.  

Em maio 2018, na #GAL001, a GAL ocupou uma loja vazia na R. Antônio de Albuquerque, na Savassi, por 5 dias, com a exposição coletiva Imenso Céu, Aqui Abismo. Em outubro do mesmo ano aconteceu a ocupação coletiva #GAL002 Esperança Faz Amor. Desta vez na Praça Raul Soares e seus arredores, com ações pensadas para o espaço público. Em 2019, foram realizadas diversas ocupações em parceria com espaços institucionais e comerciais como o Palácio das Artes, a Galeria de Arte Sesi Minas, a Líder Interiores, o Restaurante do Ano, a Central etc.

“Abrir a Casa Gal com as mostras de Carol Botura e Binho Barreto é uma oportunidade para conhecer presencialmente a produção mais recente de ambos artistas.  Ao longo desse período de pandemia, Botura aprofundou sua pesquisa em torno da criação contida nos ciclos da vida, e o poder da nossa relação com o verde, a natureza e o meio ambiente como um todo. Uma seleção dessas obras foi apresentada na exposição virtual Na Boca da Mata Ah, com curadoria de Marina Camâra, entre agosto e setembro deste ano, parte da programação da Piccola Galleria, na Casa Fiat de Cultura. Por se tratar de um tema tão pertinente para os dias atuais, acreditamos que seria importante expandir essa discussão e abrir a Casa Gal com Deserto Fértil” explica Barbi. A mostra “Deserto Fértil”ocupa todo o primeiro andar da casa, reunindo mais de 30 obras produzidas entre 2012 e 2021 em diversas mídias incluindo pintura, escultura, fotografia, vídeo, além de instalações e obras digitais.

Já em “Tempo Um”, Binho Barreto lança um novo olhar sobre o mundo ao se distanciar da figuração e dos temas com que trabalha em seus murais urbanos e ocupa parte do segundo andar com uma coleção de pinturas abstratas. Inspirado na vida cotidiana, Binho inicia uma nova fase em seu processo criativo e sua produção artística, com um conjunto de pinturas intuitivas que pertencem mais à ordem dos vislumbres do que da cognição. “Trata-se de um procedimento de pintura um tanto meditativo: ter a própria pintura como tema e pintar mais com o corpo do que com a razão. Há também uma intensa pesquisa com a materialidade da tinta” explica ele.


Sobre a Casa GAL

Localizada no Sion, foi construída na década de 60, projeto do arquiteto Laercio Gontijo e desde então habitada por uma única família. Desocupada em setembro deste ano, a residência em breve estará à venda. “Achamos que seria interessante abri-la para visitação uma vez que a grande maioria dos espaços não tombados pelo Patrimônio emBelo Horizonte acabam sendo vendidos para incorporadoras e demolidos”, conta Laura.  “O interessante em se propor um projeto sem território definido como é o caso da GAL, é que a cada ocupação somos desafiados a pensar e repensar a interação entre a arte contemporânea, a arquitetura, a cidade e o público” completa. 


Serviço 

Casa GAL – Rua Groelândia, 50 – Sion

“Deserto Fértil” de Carolina Botura e “Tempo Um” de Binho Barreto ficam em cartaz de 05/11 a 04/12



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