Virgilio Couture produz máscaras para as clientes

Virgilio Andrade, estilista por trás da Virgilio Couture tem aproveitado seu tempo em isolamento social para sentar a máquina de costura. Nela faz máscaras para suas clientes, usando refugo dos tecidos de suas peças. 

“É sobre a moda não ser apenas sobre a roupa, mas também sobre pessoas”, conta ele. Importante frisar que as peças não estão a venda, são presentes para as apoiadoras da marca. 

Acessório essencial para os novos tempos com muita personalidade e estilo.

Sobre Virgilio Couture

Seu trabalho autoral foi batizado de “street festa”, uma releitura informal e jovem, que permite que as roupas transitem naturalmente entre os salões de baile e a rua. A ideia aqui é fugir do óbvio, subverter materiais e criar essa nova pegada de moda festa focada na modelagem e na mistura de texturas.

“Símbolos, memórias afetivas e coletivas são materializados em peças feitas por colagens de estampas, tecidos e imagens sobrepostas a rendas e elementos que remetem à moda festa. As padronagens culturais são reapropriadas e os materiais combinam o natural com o sintético, criando um conceito de design inovador e criativo”, explica ele.

As criações se apresentam agora de duas maneiras, no Sob Medida e Coleções Capsulas. No primeiro, desenvolvimentos exclusivos e personalizados sob medida, contando com um acervo de estampas únicas e tecidos nobres, atendimento à domicílio e completa dedicação ao cliente.

No segundo, criação de peças atemporais, numeradas, pensando no consumo consciente e nas novas formas de criar, distribuir e produzir moda. Nas criações, estão presentes os pilares do upcycling e da reutilização de matérias-primas. A primeira coleção será lançada em setembro.

Serviço

www.virgilioandrade.com

instagram/virgiliocouture

https://www.facebook.com/virgiliocouture/


Manoel Bernardes fala sobre as tendências para o varejo de moda pós Covid-19

O varejo terá que se reinventar. Essa é a previsão de Manoel Bernardes, presidente do Sindijoias, Presidente da Câmara da Indústria do Vestuário e Acessórios da FIEMG e CEO da joalheria Manoel Bernardes.

Em conversa organizada pela Frente da Moda Mineira, grupo Representativo da Cadeia Produtiva da Moda Mineira que agrupa entidades, instituições, empresas, escolas e profissionais do setor, o empresário explicou que mudanças que já estavam acontecendo lentamente serão aceleradas. A capacidade de reação a esta mudança, de adaptação, é que vai ser o termômetro sobre sobrevier ou não no novo cenário.

Será uma travessia longa, e para enfrenta-la é preciso olhar para dentro, ter coerência de marca para tomar uma direção. Preservação do fluxo de caixa, analise critica financeira e ser mais criativo estão na ordem do dia.

“O varejo terá que se reinventar - qual será a nova experiência? Reforma de visual merchandising, arquitetura e aumenta da oferta de serviços são algumas das opções. Não é uma equação simples.” conta ele.

O aumento da digitalização, por exemplo, foi acelerado por conta da quarentena, mas já era uma adaptação que as marcas já vinham fazendo. Os mais adiantados no processo, estão em vantagem agora.

O consumo pós pandemia tende a ser mais consciente. Por isso é importante integrar o consumidor dentro das estratégias da empresa.

E quais são as tendências para o mundo sem covid-19?

  • Home office
  • Social mídia
  • Escola a distancia
  • Coletividade - mobilidade virtual
  • Humanismo e solidariedade - consciência social
  • Família
  • Economia criativa
  • Economia circular
  • Deslocamento de eixos globais
  • Importância dos pequenos locais - a horta da fazenda mais próxima, a padaria do bairro
  • Mudança da matriz empresarial - automóveis perdem importância

Em tempo, a FIEMG vai abrir uma consultoria financeira para toda e qualquer empresa.




Fundadora da Molett, estilista Barbara Monteiro reflete sobre os rumos da moda e de sua marca

Desde o ano passado, a marca mineira Molett já estava em processo de reflexão a respeito do formato de lançamentos, vendas, e posicionamento de marca. “Ao nos mudarmos para o novo ateliê em maio do ano de 2019, sentimos que tudo devia ser revisto. Por isso a única coleção que lancei no ano de 2019 levou o nome de PAUSA”, conta Barbara Monteiro, estilista.

A pandemia do Covid-19 deu ainda mais tempo para refletir sobre essas questões, já que a queda nas vendas e o comércio já vinham sendo pautados por uma crise de consciência do consumo e também uma crise financeira que vinha atingindo todas as marcas de vestuário, inclusive as grandes marcas e fast fashion ao redor do mundo.

“Eu estava em processo de criação e produção de uma nova coleção que seria lançada agora em abril. As pilotos estão todas paradinhas aguardando um melhor momento e sendo “refletidas” uma a uma sobre sua permanência ou não em uma nova coleção. O que já foi produzido também está estocado e aguardando um momento melhor e um desenho de marketing mais atual para ser realmente lançado”, explica ela.

Enquanto isso, a Molett elaborou um lookbook, que conta com todo estoque e abrange todas as coleções já lançadas pela marca. No instagram foi lançada a campanha #abraçoadistância para conscientização do cliente a respeito das atitudes tomadas pela marca durante a pandemia, assim como mostrar a história da Molett.  Ao mesmo tempo a timeline apresentará produtos que ainda estão disponíveis para compra no site, instagram ou whatsapp, mostrando como foi o processo de concepção dessas peças, e qual discurso pautou sua criação.

“O varejo é o nosso foco agora. O atendimento e o contato mais íntimo e carinhoso, de troca com nosso cliente irá conduzir todas as nossas decisões de agora em diante. Inclusive nosso dia a dia durante o isolamento está sendo exposto nos stories através de um roteiro elaborado pelo Vini Cabral, da Cocriativa, chamado #DIAS”, finaliza.

Por Barbara Monteiro

Desde criança que me sento à máquina de costura. Sinto que a roupa é mais do que um produto, é uma segunda pele. O ato de criar o vestir sempre foi carinhoso pra mim. A roupa é um conforto, um abraço, é afetiva. E foi com esse carinho que eu percebi, já adulta, que não havia nada de humano naquele consumo utilitário do mercado tradicional.

Assim surgiu a MOLETT. Da minha necessidade de colocar afeto e intimidade, transformar o material inanimado em algo relevante e pessoal. Porque vestir-se é cobrir-se de sua verdade. A moda não precisa ser descartável, tampouco inóspita e livre de posicionamentos. Em um momento onde toda a cadeia produtiva está em crise, eu me junto àqueles que, sensatamente, pedem por uma revisão em nossos hábitos de consumo.

Produzir o necessário.

Para quê criar coleções, nessa obsessão pelo novo, se cada peça da Molett é diferente uma da outra, customizada pensando no conforto de corpos variados? Se cada peça é desenhada, cortada, embalada pessoalmente, das nossas mãos para as suas?

Desacelerar é necessário.

De observar que, se o ar está mais puro nas ruas, talvez seja mais interessante andar a pé. Quem sabe seja mais interessante pegar uma roupa com as próprias mãos em um ateliê, e observá-la, do cabide ao corpo, como um objeto de afeto verdadeiro. Que seja esse o aprendizado para o futuro. É hora de iniciar uma retrospectiva humana e carinhosa de tudo aquilo que JÁ produzimos esperando pelos SEUS corpos, SUAS consciências e pelo SEU tempo. 


Do MEU tempo para o SEU. Da MINHA verdade que pode também ser NOSSA.

Pense coletivo,
Abraço à Distância


Bárbara Monteiro || Fundadora e Diretora Criativa MOLETT

Serviço

E-shop:www.molett.com.br

https://www.instagram.com/molettshop




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