Quina apresenta sua primeira exposição

A trajetória do artista mineiro Ronaldo Nakamura não é nada comum. A paixão pelas artes plásticas surgiu relativamente tarde, depois de muitos anos dedicados exclusivamente ao mundo jurídico. Hoje, se divide entre as duas bem sucedidas carreiras.

Desde 2016, ele cria peças com forte influências mineiras a partir do uso do ferro, aço e madeira. O observador mais atendo também percebe uma estética que conversa com o Japão. “Fui criado com os princípios, valores e tradições das culturas mineiras e japonesas” conta Ronaldo, que nasceu em Belo Horizonte, de família imigrante.

Oito de suas peças estão expostas no restaurante Quina por tempo indeterminado. É que todas estarão à venda e ficarão por lá até ganharem novos donos.


Serviço

Onde: Quina – Cozinha de Expressão e Coquetelaria. Avenida Prudente de Morais, 15 – Santo Antônio

Quando: a partir de 07/08 por tempo indeterminado

horario de visitação: quarta a sabado 18h30/ 23h, sábado e domingo 12h/ 17h

Gratuito 


Sobre o Quina

O Quina é sobre esquinas e encontros, é sobre Beagá. Um espaço que extrapola as fronteiras da gastronomia e proporciona ao cliente uma imersão em sensações diversas. Começando com a escada que leva ao primeiro salão – o Quina ocupa um prédio de três andares no encontro da Contorno com Prudente de Morais – embrulhada em imagens do Centro com direito a sonorização feita in loco. A obra é uma colagem de fotos dos artistas Hermano Lamas, Lígia Vilhena e Ana Claudia Campos.

A cidade está em todos os detalhes desse projeto idealizado por Francis Dias, Luis Antônio e Ricardo Guedes. Da arquitetura ao que vai a mesa, traços e valores afetivos próprios da cultura local podem ser observados. “Nossa ideia é a exposição e valorização da nossa cultura sob um olhar cosmopolita” explica Francis, que junto com os outros sócios comandou o Meet Me, em Lourdes. “Aqui celebramos os insumos e produtores locais, revisitamos clássicos e celebramos a parceria”, completa.

Estão juntos ao Quina ótimos nomes da cidade. Oop Café, Yvy Destilaria, Mixing Bar, Estudio Veste, Jambruna, Massalas (projeto de resíduo orgânico)… até o icônico Sebo do Odilon, que é destaque logo na entrada da casa. Também expõe por lá o artista Bandeira que vende suas obras na Feira Hippie há mais de 30 anos.

Quem assina o cardápio é o chef Uamiri Menezes, que tem passagens principais casas da capital e até mesmo pelo DOM, de Alex Atala. Da cozinha saem pratos como o Croquete de tropeiro (croquete de feijão tropeiro empanado na farinha de torresmo sob vinagrete de couve e ovo de codorna confitado - R$38,00, 6un) e Tartar de Carne de Sol (tartar de carne de sol de Montes Claros, sob telha de sagu e bernaise de manteiga de garrafa – R$44,00, 8un) para começar. Entre os principais Barriga Prensada (barriga suína marinada na cerveja e assada por 9h, arroz bahia feito no caldo de fundo de panela, picles de legumes da estação e bernaise cítrica de chimarrão – R$65,00) e Peixe do Rio (peixe do rio, creme aveludado de alho e cebola, farofa de quinoa com legumes e laranja, molho de limão capeta e pimenta rosa – R$68,00). Para encerrar, Quarenta com Couscous (pudim de milho tradicional do norte de Minas com couscous de laranja e castanhas, toffe de coco e gelato vegano – R$26,00) e Broa de fubá (com espuma de queijo, chantilly e especiarias – R$22,00). Há opções veganas e vegetarianas.

A carta de drinks de autor é assinada pelo premiado Alan Rogerio e conta com o Clube da Esquina (vodca, licor caribenho tia maria, cold brew de café, bitter artesanal de chocolate com café e espuma de doce de leite com chá mate – R$18,00), Balança Mas Não Cai (cachaça, xarope de tamarindo, vermouth rosso, bitter artesanal de chapéu de couro e soda artesanal de morango – R$28,00) e Calma Nervo (cachaça jambruna, licor de pequi, suco de limão capeta e club soda – R$28,00). Há ainda um cardápio de Gin Tônicas e também de clássicos da coquetelaria. Vale também destacar a carta de vinhos composta apenas por rótulos brasileiros, feita pela sommelière Ana Borges.

O projeto arquitetônico leva assinatura de Cristiano Sá Motta e traz elementos da cidade com montagem moderna e urbana. O espaço conta com acessibilidade por elevador e salões amplos com áreas interna e externa.

O Quina veio para reviver memórias através do paladar ao mesmo tempo em que conta novas histórias.

Veio para mostrar que o especial pode e deve ser descomplicado e que o local pode ser global.


Serviço

Quina – Cozinha de Expressão e Coquetelaria

Avenida Prudente de Morais, 15 – Santo Antônio

https://www.instagram.com/quinabh




Muralista brasileiro brilha em Lisboa com mural exaltando a flora local

Desde o último dia 03 de julho, a população de Lisboa já pode apreciar as obras do MURO LX_2021. “O muro que nos (re)une” é o tema do festival este ano que se propõs a ser uma celebração da vida em sociedade pós isolamento. O único artista brasileiro convidado do festival português é o pintor mineiro Thiago Mazza. Em seu mural de 220m2 Thiago criou um verdadeiro Jardim Urbano só com flores locais.

Mazza conta que quando foi convidado pela Câmara Municipal de Lisboa para pintar no festival MURO LX, o principal festival de arte urbana da capital portuguesa, logo pensou em fazer suas plantas tropicais. Mas sua imersão na região de Ericeira por causa da quarentena obrigatória o fez mudar de ideia. Ali teve contato com a natureza da região, subiu montanhas e desceu ao mar catalogando todas as plantas que achava interessante, que despertavam a sua atenção seja pela cor ou pela forma. Por isso este mural foi um dos mais desafiadores da sua carreira, ao invés do verde predominante com cores vivas intercalando como é de costume nas plantas tropicais que pinta, em Portugal encontrou algo diferente, as cores são bem mais contrastantes, os campos se enchem de pontos amarelos, roxos, vermelhos. Acostumado a pintar folhagens densas, flores rígidas e grandes, o artista conta que se perdeu na quantidade de pétalas, espinhos e luzes que se formavam em uma única flor do campo. O verde tão presente em suas composições, ali no campo português é tímido e se mescla com o dourado e amarelo, portanto um mero coadjuvante que sustenta em seu topo uma explosão de cores e formas que são enaltecidas pela linda luz amarela do fim de tarde em Portugal. Para o artista, de todas as plantas escolhidas uma é especial, a alcachofra selvagem, também conhecida como Cardo. Ela é representada no inicio e no fim do mural, em dois estágios de sua vida. Além da forma cheia de espinhos que cria incríveis contrastes de luz e sombra, essa planta tem uma história muito interessante. Manda a tradição que se queime a sua flor durante o Solstício de Verão, pois uma vez mergulhada em água fria voltará a florir. Das cinzas às cinzas, a alcachofra manifesta em si o eterno retorno, a negação da morte, a ressurreição.

Thiago Mazza é conhecido na cena mundial de arte urbana contemporânea por seu domínio na representação da fauna e da flora. Seu assunto atual de estudos são plantas tropicais, sua estrutura exuberante e densa folhagem. Inspirado no artista e paisagista brasileiro Burle Marx, Mazza cria verdadeiros jardins urbanos com plantas tropicais. A decisão de pintar a flora portuguesa no lugar das tropicais busca estabelecer um diálogo com o entorno e com o público e mostrar para a população local que a natureza da região é tão exuberante como qualquer outra. “Busco despertar sentidos e levar a natureza até as pessoas”, afirma Thiago. “A minha intenção é que as pessoas valorizem a flora nativa e vejam como são bonitas as flores que crescem espontaneamente no campo, num lote vago ou até num quintal abandonado.”

Neste momento histórico de retomada das atividades e conscientização do impacto da humanidade sobre o meio ambiente e de necessária preservação da natureza, a imagem de sublime beleza natural que Mazza pinta dialoga neste contexto em que a arte pública pode e deve se transformar em conteúdo e estética no espaço urbano. O artista constrói através da sua pintura jardins no concreto, afetando a nossa perspectiva sobre a relação natureza e cidade. Seu processo criativo é sempre criar composições reais com plantas para levá-las aos muros de forma a apresentar um jardim que transcende a ação do tempo.

O festival MURO terminou no dia 11 de julho deixando um legado de pinturas e intervenções urbanas por três zonas do Parque das Nações, exposições e instalações na Gare do Oriente e no Centro Vasco da Gama. Mais informações no site www.festivalmuro.pt .

O festival é organizado pelo Departamento de Patrimônio Cultural da Câmara Municipal de Lisboa.

Sobre o artista

Thiago Mazza, 1984, nasceu em Belo Horizonte, Brasil. É graduado em Design Gráfico pela Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG. Autodidata em pintura, ele teve contato com graffiti em 2010 e depois começou a pintar paredes. Thiago aparece como um grande expoente do muralismo contemporâneo brasileiro. Ele possui participações em festivais em todo o mundo, como Artscape (Suécia), Vukovart (Croácia), UpFest (Reino Unido), Stenograffia (Rússia), IPAF (México) e CURA (Brasil). Seu trabalho dialoga com pintura clássica, arte de rua e arte contemporânea. Thiago Mazza traz a natureza para ele, a engenhosidade para transmutá-la e a arte de nos levar a ela.

www.instagram.com/mazzolandia

www.thiagomazza.com.br




Cozinha Santo Antônio + Casa Bonomi lançam novo sanduíche

O encontro da Casa Bonomi com a Cozinha Santo Antônio rendeu bons frutos. Depois do sucesso do Katsu Sando, as duas casam anunciam sua nova colaboração. O sanduíche da vez também é oriental, mais precisamente do Vietnã: o Banh Mi. 

O conceito de comida fusion ainda nem existia quando o Banh Mi começou a se espalhar pelas ruas do Vietnã. O sanduíche é herança da ocupação francesa na região da então Indochina e conta a história do encontro das duas culinárias. 

A baguete, símbolo mundial da França, ganhou um recheio que brinca com os temperos e perfumes da comida vietnamita misturando acidez, doçura e picância. 

A versão do Banh Mi da Casa Bonomi em parceria com a Cozinha Santo Antônio é feita com frango caipira, preparado na Cozinha. “Ele é marinado por horas, cozido em baixa temperatura e depois “queimadinho” na grelha” explica Ju Duarte, chef do restaurante. Pra acompanhar, saladinha, picles de cebola roxa e um aioli especial. Tudo isso dentro da sensacional baguete crocante da Bonomi. 

O sanduíche está disponível apenas na Bonomi, no local ou por delivery (Ifood e Uber Eats). 


Serviço

Banh Mi – Cozinha Santo Antonio + Casa Bonomi

Disponível na Casa Bonomi durante todo mês de junho

Funcionamento: terça à sábado de 7h às 19h, domingo de 7h às 17h.

Delivery: Uber Eats e iFood.

Takeaway Whatsapp: (31)99206-2772



Sobre a Cozinha Santo Antônio

Em uma esquina charmosa, em um dos bairros mais tradicionais da cidade, a Cozinha Santo Antônio chama atenção logo de cara pela arquitetura. Ao mesmo tempo mineira e cosmopolita, com garimpos e peças de design e uma imponente e acolhedora cozinha aberta. 

Uma ótima tradução para a comida feita ali. “Estamos completamente conectados com as nossas origens e com a nossa história, mas temos os pés no presente e o olhar no futuro”, diz Juliana Duarte, que comanda tudo no espaço. 

A Cozinha Santo Antônio tem por principio o respeito à sazonalidade dos ingredientes, por isso o cardápio muda de acordo com o que se tem de mais fresco e gostoso para cozinhar. Os insumos são orgânicos, de origem e chegam através de pequenos produtores.

Por conta da pandemia, o restaurante tem funcionado no sistema delivery e “buscaqui”, no horário de almoço, de terça a domingo. “Todo início de semana planejo o cardápio dos próximos dias com base no que os produtores têm disponível” conta Juliana. Durante a semana os pratos são de uma comida mais caseira, que eu defino como sendo ‘que nem a da casa da gente’. No final de semana temos pratos mais elaborados e sempre há opção vegetariana. A comida varia de receitas de família bem mineiras a pratos da cozinha do mundo, como a francesa e a do Oriente Médio que eu gosto muito e estudo”, completa. 

Juliana é uma cozinheira, historiadora e pesquisadora da história da gastronomia mineira. Mas antes disso tudo trabalhava na publicidade enquanto paralelamente estudava gastronomia e vendia seu disputado paté na Feira Fresca. 


Do seu jeito, vem fazendo comida com história e afeto, transformando algo aparentemente banal em “extraordinário”. Comida que valoriza a cultura alimentar mineira e que faz bem para o corpo e para a alma.


Serviço

Funcionamento de terça a domingo de 12:00 às 14:30 nos dias de semana e de 12:30 às 16:00 nos finais de semana. 

Delivery e o “buscaqui”

Whatsapp: (31) 9-8218-6427

https://www.instagram.com/cozinha_santoantonio/



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