Mitre é a primeira galeria de arte mineira a participar da Frieze NY

2023 é o ano da galeria de arte belo-horizontina Mitre. Mudança de nome (ex Periscópio), importantes exposições em sua sede e uma bem sucedida passagem na SP Arte no Pavilhão da  Bienal de SP marcam o começo de um ano agitado, que está só começando. A próxima parada é na Frieze NY, onde faz história como a primeira galeria de Minas Gerais a participar desta que é uma das principais feiras de arte do mundo.  

A Frieze New York acontece entre 18 e 21 de maio, no espaço The Shed. A Mitre foi selecionada para participar na sessão Focus, que apresenta galerias com menos de 12 anos de atividades. Estará ao lado de galerias de diversas partes do mundo: Barro (Buenos Aires), Capsule (Shanghai), Château Shatto (Los Angeles), Company Gallery (New York), Cooper Cole (Toronto), Daniel Faria Gallery (Toronto), Derosia (Nova York), Lomex (Nova York), Tiwani Contemporary (Lagos) e Whistle (Seoul). 

A Mitre levará para Nova York o trabalho do artista mineiro Marcos Siqueira, da Serra do Cipó, uma escolha nada aleatória e repleta de significados. “Marcos é um artista que nos representará muito bem. Vamos levar Minas e o Cerrado Mineiro para uma exposição internacional, lembrar a capital do mundo que o cuidado com a terra é importante, o pensar coletivamente e ecologicamente, o cuidado e a delicadeza com o próximo, mas ao mesmo tempo discutindo arte contemporânea”, fala Rodrigo Mitre, um dos sócios da galeria. 

Siqueira sempre viveu no bioma do cerrado mineiro, trabalhando diretamente com o solo, pesquisando seus fenômenos naturais e envolvido diretamente com práticas de preservação ambiental. É a energia e os elementos que habitam o seu território que estão presentes em sua obra, bem como a singularidade da linha do horizonte, a vegetação característica, os bichos, o povo, as festividades, as atividades laborais, as brincadeiras, e também as dinâmicas subjetivas de transformação da natureza e dos sujeitos. No traço simples, mas elegante, nos densos blocos matéricos, e na atmosfera vespertina, surge a invenção que desdobra o exuberante mundo de fora no sensível mundo de dentro, interior, intangível. No traço simples mas elegante, nos densos blocos matéricos, e na atmosfera vespertina, surge a invenção que desdobra o exuberante mundo de fora no sensível mundo de dentro, interior, intangível. Desse modo, Siqueira se aproxima, ainda que instintivamente, dos grandes mestres da pintura cotidiana do Brasil, na geometria inventiva de Alfredo Volpi, e na força poética do que há de mais prosaico na vida corrida e na passagem das horas de um dia, como testemunhamos em Amadeo Luciano Lorenzato. Ao retratar a si e ao sua gente, de modo tão particular, gentil, generoso

Esta é sua primeira vez em Nova York. “Nunca pensei que poderia chegar aqui dessa forma. A expectativa é grande e acompanhar o processo de montagem ao mesmo tempo que conheço a cidade, aumenta ainda mais a ansiedade” conta ele. 

As outras galerias brasileiras presentes nesta edição da Frieze Nova York são Fortes D’Aloia & Gabriel, Galeria Luisa Strina, Mendes Wood DM e Vermelho.


Sobre a Frieze

Foi fundada em 1991 como uma revista de arte contemporânea e cultura. A partir de 2 fundadores, em 2003 aconteceu a Frieze London, que passaria a ser uma das feiras de arte mais influentes do mundo.

Nos EUA, em 2012 ocorreu a primeira edição da chamada Frieze New York e mais tarde, em 2019, Los Angeles passou a ser sede de mais uma edição da feira. Ano passado, foi lançada a Frieze Seoul que terá sua segunda edição em setembro deste ano.


Sobre Marcos Siqueira

Artista autodidata, vive e trabalha em Santana do Riacho, MG. “O meu contato com a natureza e a vivência na Serra do Cipó tem muita relação com meu trabalho. Os temas fazem parte do que vivencio e do que é criado através de imagens fictícias das conexões que faço. A maior parte das cores dos meus trabalhos são extraídas das terras que coleto e transformo em pigmentos. Essa relação do pigmento natural com meu trabalho me permite buscar novas cores e conexões para serem usadas.”


Sobre a Mitre

Há sete anos, a Mitre atua no mercado de arte brasileiro e internacional. Fundada em 2015 pelos sócios Alexandre Romanini, Altivo Duarte e Rodrigo Mitre, com o nome Periscópio, a galeria ganha novo nome com a intenção de marcar um período de consolidação e maturidade, e de abrir caminhos para continuar articulando proposições inventivas que ativam o cenário das artes contemporâneas. 


Serviço

Mitre Galeria

Rua Tenente Brito Melo, 1217, Barro Preto

Belo Horizonte/MG

info@mitregaleria.com

instagram.com/mitregaleria




Yoga no Parque

Sábado de manhã, um grupo de 20 pessoas está reunido próximo a piscina do Parque do Palácio. Em poucos minutos, começará uma aula de yoga aos pés da Serra do Curral. O encontro mensal é promovido pela Paola Barbosa, do Espaço Integralmente, e visa cuidar da mente e do corpo.A cada prática, uma nova experiência e um novo florescimento que vem de dentro. “Yoga é um caminho precioso de transformação do corpo físico num corpo divino”, fala Paola.A aula é gratuita, para participar, é preciso apenas retirar o ingresso para o Parque e fazer a inscrição na aula. As vagas são concorridas, com limite de 20 pessoas, acabam rápido e tem fila de espera. No mais, o aluno só precisa levar o seu tapetinho, água e uma doação para o abrigo @amigosdoamanhabhItens de doação:Sabão em póPapel HigiênicoSacos de lixoSacos para alimentos

O próximo encontro acontece no dia 08/04 (sábado)


O Parque do Palácio

O Parque do Palácio é destino de contemplação e descanso, mas também conta com intensa programação gastronômica e cultural. Uma casa de campo em plena cidade, distribuída em 42 mil m² de área e pensada para todos.Localizado no Palácio das Mangabeiras, antiga residência do governador do estado, projeto atribuído a Oscar Niemeyer e com paisagismo de Burle Marx ainda não implementado (um dos projetos em andamento), o Parque permite diversas possibilidades. “Além do atrativo histórico, a natureza abundante é propícia ao lazer, à contemplação e às interações,  tudo isso de forma segura” explica João Grillo, gestor do espaço.”O Parque do Palácio também foi pensado para receber e promover eventos culturais e de negócios“, completa.Alí é possível encontrar café e espaços ao ar livre para piquenique, loja com produtos gastronômicos das comunidades vizinhas e arte popular. Vale destacar o brunch oferecido pelo Café Magrí, considerado um dos melhores da cidade.Uma programação cultural que contempla todas as idades - com atividades infantis e música ao ar livre, o Parque do Palácio se firma como destino para belo-horizontinos e turistas que visitam a cidade. “No segundo andar do palácio existe um espaço dedicado à Associação do Corpo Consular de Belo Horizonte, abrigando e fomentando eventos dos cônsules”, conta João Grillo. Vale ainda ressaltar que o projeto não é financiado pelo Estado e está sob a gestão da empresa Grifa e Malab Produções, por meio de acordo de parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).


História

O Palácio das Mangabeiras foi construído entre os anos 1951 e 1955 para ser a residência oficial dos governadores de Minas Gerais. Em 2022,  foi  transformado em um espaço aberto à população, e deu origem a um Centro Cultural, integrado à natureza, voltado para a promoção do lazer e da cultura, em local com grande relevância histórica e cultural para Minas Gerais. 


Brunch: De quarta a sexta-feira, das 10h  às 18h, sábado e domingo, das 09h às 18h,  o Parque do Palácio oferece um maravilhoso brunch aos pés da Serra do Curral promovido pelo Café Magrí.Com uma curadoria de produtos sustentáveis, sem conservantes e de pequenos produtores da região,  o menu é sazonal e  oferece os melhores cafés da temporada.

Oficina de Bolhas: As manhãs de domingo são para Oficina de Bolhas de sabão! O encontro acontece sempre das 10h às 12h. (*Exceto dias de chuva) A oficina contempla crianças e adultos de todas as idades!


Serviço

Horários: 

Parque: Quarta a sexta: 10h00 às 18h00.Sábado e domingo: 09h00 às 18h00

Café Magri: Quarta a sexta: 10h00 às 18h00 sábado e domingo: 09h00 às 18h00 


Endereço: Rua Djalma Guimarães, 161 Palácio das Mangabeiras Portaria 2 - Mangabeiras, Belo Horizonte Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia entrada). Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso sympla.

www.instagram.com/parquedopalacio

www.parquedopalacio.com

É permitido entrar com animais domésticos na coleira




Exposição Individual Juliana Oliveira na GAL: Estar Íntimo

Estar Íntimo é um convite para os encontros em casa. A exposição da artista belo-horizontina Juliana Oliveira, que ocupa parte do 2º andar da Casa GAL, recupera histórias construídas em outros ambientes domésticos. Truco, cerveja, comida e música são pretextos para reuniões afetivas que se estendem por horas a fio e consagram sala e cozinha em lugares de confiança e apoio.

Assim, a casa da artista ou de amigos se torna abrigos íntimos e seguros para ser quem se é, protegido dos olhares violentos, do racismo e da lgbtfobia que permanecem do lado de fora da porta.

Juliana vem ocupando um dos quartos da Casa Gal desde janeiro, onde segue em residência. Ali mantém o ateliê em que cria composições com cores, corpos e faces destinadas a habitarem outros espaços, muito além daquelas quatro paredes.

As poses e olhares representados revelam relações de afeto e intimidade entre a pintora e os sujeitos que retrata. Ao se colocar diante de cada quadro, o observador compartilha desse encontro e pode acessar memórias próprias, referentes às pessoas e lugares que são familiares para si.

Texto crítico por Marina Romano


Sobre Juliana Oliveira 


Vive e trabalha em Belo Horizonte. É graduanda em Artes Visuais pela EBA/UFMG.

Sua trajetória artística transita entre diferentes espaços e suportes, tendo como foco principal a pintura. Investiga as características expressivas da figura humana, explora as proximidades do ato do retrato como possibilidade de acesso às questões de identidade e de raça, mesclando sua própria história às subjetividades e memórias, individuais e coletivas, da pessoa retratada. Sua prática utiliza elementos composicionais como objetos, acessórios, cores, estampas e as interações que inscrevem o corpo no espaço. Suas pinturas discutem a relação entre o jovem belorizontino/brasileiro e seu cotidiano, suas relações, escolhas, conflitos, afetos, amizades, sonhos e, principalmente, sua interação com o circuito cultural dos lugares que vive.

Realizou as mostras individuais Dialética – Corpo, História e Som (em cartaz até 26/2 na 2a mostra 2022 CCSP (@artesvisuaiscentroculturalsp ) – São Paulo, SP), Julianismo (2022, Galeria do Centro Cultural Sesiminas – Belo Horizonte, MG), Instalação Corpo História (2022, Virada Cultural BHBH MG), Entre – Lugares Julianismo (2022, Arte no centro – Ocupação Artística Teatro Espanca – BH, MG). Participou das exposições coletivas Dengos do Cotidiano (2022, – BH, MG), Pertencer e Mudar (2022, Museu da República no RJ – Rio de Janeiro, RJ), 2o Festival da Casa Camelo de Arte Contemporânea (2021 – BH, MG), NOIZ (2020, Espaço Cultural OCA Livre – BH, MG) entre outras. Foi selecionada para a residência Lab BDMG Cultural (2021 – BH, MG). Suas obras foram vendidas na feira ArtRio em 2021.


Serviço

Abertura da exposição:

Quinta-feira (23.03)

Horário: 17h às 21h

Local:Casa Gal - Rua Groelândia 50 - Sion. Belo Horizonte, MG.

Funcionamento:

Mostra Estar Íntimo

Até 20.5.23 - Terça a Sexta 14h - 18h e sábado 10.30h - 13.30h.

info@gal.art.br / 31.99370.8998.


Sobre a GAL

GAL é uma galeria de arte virtual que desenvolve projetos independentes voltados à pesquisa e circulação da arte contemporânea brasileira. Disponibiliza um acervo de obras selecionadas de artistas brasileiros contemporâneos para venda online, em um modelo transparente que resulta no financiamento de suas ações. 

A GAL propõe um modelo alternativo ao praticado por galerias e instituições, buscando outros contextos para artistas mostrarem suas produções junto ao público e colecionadores diversos. Um projeto desterritorializado que realiza exposições em espaços em desuso ou ocupa temporariamente espaços culturais tradicionais e/ou privados. 

A proximidade com estes artistas, de trajetórias e interesses diversos, somada a rede de colaboração que reúne pesquisadores, críticos, curadores, além de parceiros de diferentes áreas de atuação, como arquitetura, cinema e publicação gráfica é o que garante este modelo único e destoante. 

A GAL surgiu em 2017 em Belo Horizonte e suas ações têm alcance global. 


Sobre a Casa GAL

Localizada no Sion, foi construída na década de 60, projeto do arquiteto Laercio Gontijo e desde então habitada por uma única família. Desocupada em setembro deste ano, a residência em breve estará à venda. “Achamos que seria interessante abri-la para visitação uma vez que a grande maioria dos espaços não tombados pelo Patrimônio em Belo Horizonte acabam sendo vendidos para incorporadoras e demolidos”, conta Laura.  “O interessante em se propor um projeto sem território definido como é o caso da GAL, é que a cada ocupação somos desafiados a pensar e repensar a interação entre a arte contemporânea, a arquitetura, a cidade e o público” completa. 

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