Belo Horizonte entrou definitivamente na rota dos shows internacionais mais disputados - e novos -com a abertura da Do Ar. “Temos um dedicado trabalho de curadoria, queremos celebrar e apresentar ao público da cidade bandas contemporâneas de muita relevância” explica Alysson Brener, sócio da casa.
Prova disso é o imperdível show do Knower nessa quarta-feira (10/07), banda que é um dos principais nomes da cena indie. Sua turnê sul-americana é “sold out” na Argentina e Chile, abrindo inclusive novas datas nestes países.
Knower é um grupo que está na ponta da lança da música contemporânea americana. Encabeçando um novo movimento musical em Los Angeles, Califórnia, sua cidade natal, a banda mostra o melhor do encontro entre o baterista e produtor Louis Cole e a cantora Genevieve Artadi.
Apresentando seu quarto álbum, “Life” (2016), a música do KNOWER é uma fusão da firmeza e do groove da funk music com harmonias inusitadas e melodias profundas, tudo isso somado a vocais inebriantes. Em seu currículo, shows de abertura para Red Hot Chilli Peppers além de turnês bem sucedidas pela Europa, Asia e Estados Unidos. Em sua primeira vez na América do Sul, a trupe vem completa para BH: Dennis Hamm (teclado), Sam Wilkes (baixo), Rai Thistlethwayte (teclado), Jacob Mann (teclado), Sam Gendel (saxofone), & Thom Gill (guitarra). Juntos de Cole e da icônica voz de Genavieve Atardi, não há quem não goste do KNOWER: sempre vão além e não deixam ninguém parado!
Abertura: Frederico Heliodoro.
Shows: 20h30
Ingressos: R$40,00 no https://www.eventbrite.com.br/e/do-ar-apresenta-knower-tickets-62603398450
Sobre a Do Ar
A DO AR é um espaço de múltiplas experiências. O principal objetivo da casa é proporcionar ao público vivências únicas, individuais e coletivas. Café, coworking, restaurante, casa de show, bar, espaço para arte e design e muito mais. Todas essas vertentes se encontram e conversam num ambiente agradável, elaborado por Éolo Maia, importante nome da arquitetura pós-moderna.
No cardápio, produtos locais são protagonistas desde os pratos até os drinks e vinhos, passando pelos chopes especiais. Na casa, mirante com pufes, rede para descanso, salão para shows, jardim e bar. Diversidade, multiplicidade e plasticidade.
Serviço
Toninho Horta convida para o lançamento da Lei Municipal do Jazz
Data: 09/07
Horário; 19h
Local: DO AR, 32 Rua Amoroso Costa, Santa Lucia
Tel: 97183 8712
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Um sonho antigo de vários artistas e amantes de arte urbana que agora vira realidade: cobrir com cores a linha do horizonte e transformar a paisagem de BH. Resgatando a trajetória da arte urbana na cidade e reconhecendo sua atual dimensão e força no Brasil e no mundo, o CURA é o primeiro festival de pintura em prédios de Belo Horizonte e o segundo do gênero no Brasil. A seleção das empenas foi feita a partir de um recorte visual: todas todas poderão ser vistas simultaneamente da rua Sapucaí.
A criação de um circuito urbano de arte com murais assinados por grandes artistas reconhecidos internacionalmente colocou Belo Horizonte no circuito de arte de rua do mundo, atraindo turistas apaixonados por grafite e muralismo. A ideia é que nas próximas edições, o Festival consiga cobrir com murais e grafites todas as empenas que são vistas da rua Sapucaí.
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O arquiteto Oscar Niemeyer teve uma noite para realizar o desenho do prédio do Cassino, por demanda do então prefeito Juscelino Kubitscheck, e assim complementar o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha. O cassino funcionou de 1943 a 1946, quando passou a vigorar a proibição no país e, após mais de 10 anos de espera, este edifício tornou-se museu.
A edificação que hoje é o Museu de Arte da Pampulha recebe agora “Mais dia, menos noite”, instalação da artista Tatiana Blass. Na porta de entrada, um longo tapete vermelho recebe o visitante e se estende até um tear manual onde sua urdidura está presa. Do outro lado do tear, o tapete se desfaz pelo espaço e avança para o jardim da Pampulha, projetado por Roberto Burle Marx. A simbologia do tapete vermelho está intimamente ligada ao poder e ao luxo, ao glamour das noites de cassino.
Seguimos o tapete até o tear, e vemos sua construção dissecada; há um movimento dúbio, não sabemos se a peça se desmancha ou se ela está sendo construída. Parado, o tear acaba por desvendar o construir dessa forma, um ato que normalmente não se faz visível. Tatiana nos dá alguns elementos para insinuar uma existência, um movimento, e cabe a nós imaginarmos o restante.
Se outros trabalhos da artista sugerem um parêntese entre as coisas a fim de explicitar uma ação, ou uma presença através da ausência, aqui o tear se configura como o que está entre parênteses, dando materialidade a um elemento oculto.
Em uma primeira montagem da instalação, realizada em 2011 na Capela do Morumbi em São Paulo, a obra foi nomeada de “Penélope”. É do mito grego registrado na Odisséia de Homero que Tatiana Blass emprestava o nome para aquela versão da obra. Segundo o mito, após casarem, Odisseu deixa Penélope e parte para a guerra de Tróia. Muitos anos depois, sem notícias, Penélope passa a ser assediada por novos pretendentes, e assume o compromisso de escolher um novo marido quando terminasse de tecer uma mortalha para o pai de Odisseu. Durante o dia, aos olhos de todos, tecia; durante a noite, solitária, desmanchava na tentativa de enganar o tempo e iludir seus pretendentes, aguardando a volta de seu amado.
Transferida da pequena Capela, onde foi concebida, para se instalar no grandioso espaço do Museu de Arte da Pampulha, o trabalho ganha nova configuração, novo contexto e novas simbologias, e por isso um novo nome. Sempre em transformação, e sempre no meio do caminho, entre a forma e a não forma, a referência ao mito continua presente, e a idéia de suspensão do tempo, de espera, também se presentifica na Pampulha. É isso que vemos em “Mais dia, menos noite.”
Douglas de Freitas
Curador
Assim, a partir dessa semana, fica possível conferir com mais profundidade a produção de dois artistas que são destaque na produção contemporanea: Tatiana no MAP (mais sobre a exposição abaixo) e Paulo Whitaker na sede da galeria (mais sobre nolink)
Serviço
Mais dia, Menos Noite - exposição individual Tatiana Blass
Abertura: 09 de junho, das 16h às 18h
Visitação até 01 de setembro, de terça a domingo, das 9h as 18h
Entrada gratuita
Museu de Arte da Pampulha
Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585
Pampulha, Belo Horizonte-MG
(31) 3277-7996 | map.fmc@pbh.gov.br
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Agendamento de visitas mediadas: map.educativo@pbh.gov.br