Um restaurante coreano é das coisas que mais sinto falta em BH. Tanto que tenho que me virar sozinha, e vez ou outra me aventuro a fazer algumas coisas mesmo não tendo muita intimidade com a cultura. Ainda bem que a internet esta aí para preencher essas lacunas e fazer chegar na porta de casa ingredientes indispensáveis para um almoço pouco comum.
Mas São Paulo está logo ali e uma visita a um dos muitos restaurante coreanos que existem por lá é dos melhores programas a se fazer. Na minha última visita fui ao Komah, aberto esse ano, e saí de lá já querendo voltar.
A casa fica escondida em meio a galpões na Barra Funda e tem ambiente moderninho. O chef e proprietário é Paulo Shin, que depois de passagens por restaurantes como DOM e Kinoshita, resolveu voltar as raízes e apresentar sua versão da culinária coreana.
Para tanto, conta com ajuda da mãe que há 40 anos mora no Brasil. É dela o maravilhoso kimchi servido no restaurante. O cardápio é enxuto, por isso se for com um grupo de amigos, como eu fiz, é possível experimentar tudo. O que recomendo fortemente.
Nosso banquete coreano está nas fotos abaixo. Clique na legenda para a descrição dos pratos.
Maíra Nascimento é um dos nomes mais fortes da moda quando o assunto é tricô. Mineira, radicada há alguns anos no Rio, já criou peças icônicas para marcas como Coven, Maria Filó e Maria Bonita. Este ano, sem abandonar a moda, resolveu levar seu trabalho para além das passarelas e closets e começou a produzir peças para casa, que são verdadeiras obras de arte.
Seu interesse pela tecelagem vem, é claro, de seu trabalho como estilista de tricô. O produto que desenvolve para moda, criado para uma cadeia produtiva, tem tecnologia envolvida, máquinas maravilhosas, programas avançadíssimos que criam entrelaçamentos inimagináveis, com soluções infinitas. Já seu trabalho com tear é um processo artesanal, muito pessoal e que faz parte de seu cotidiano - é o que observa, consome, pesquisa. As tramas das cestarias, um simples saco de lona, as palhas de uma cadeira, a fruteira de casa…
“Meu tear é uma moldura improvisada com pregos onde monto a estrutura de tapeçarias. É o desenho tridimensional, o desenho das linhas, fios e fitas que ordeno de maneira intuitiva. É um pouco de mim, apresentado em cores vibrantes, sempre com algum metalizado dessa mão “barroca” que carrego comigo na hora de criar misturas de fios” conta.
Hoje, ela está sempre a olhar para o chão a procura dos galhos onde pendura as tapeçarias. Lixa e pinta todos com tinta metalizada, legitimando um trabalho que está ligado a natureza das coisas materiais e emocionais.
Para ter um tear de Maíra em sua parede é preciso encomendar diretamente com a artista no mairanascimentolima@gmail.com. A partir de R$350,00.
Para conhecer um pouco mais do trabalho, siga o @manascimentofibers no instagram.
Amanhã, 04/10, começa mais um Minas Trend.
Nesta temporada, tive a sorte de receber 03 novas marcas com quem vou trabalhar pela primeira vez: Ronaldo Silvestre, Carlos Penna e Molett.
Sorte mesmo e não é porque são novos clientes, mas sim gente talentosa que dá gosto estar por perto. O que me fez (re) lembrar o porque gosto tanto de assessoria, poder acompanhar de pertinho, nos bastidores, o processo criativo de gente bacana e poder contribuir no crescimento de projetos especiais é sim um privilégio.
Aqui, um poquinho do que vão apresentar nos proximos dias.
Ronaldo Silvestre
Tendo como fonte de inspiração a
arquitetura de Oscar Niemeyer, a proposta para o Inverno 2017 busca
na sinuosidade das linhas e formas arquitetônicas novas maneirar de pensar e
criar moda.
Sob a óptica do design, surge uma coleção atemporal com peças que transcendem o seu tempo, trabalhando o conceito do slow fashion no processo artesanal no retecido e na construção das roupas.
Tecidos orgânicos, sedas artesanais
com identidades próprias unem-se ao jeans e suas nuances. O retecido é
feito através de tiras de viés criando texturas, formas e dando uma identidade
única a cada peça.
Carlos Penna
É necessário parar pra pensar, ver com outros olhos, reouvir. Pensar de forma vagarosa pra entender, entender-se consigo. Demorar-se nos detalhes, para sentir, deixar o imediatismo de lado e sentir mais lentamente. Permitir-se a experiência, a possibilidade de algo acontecer ou te tocar. Requer uma ruptura temporal, gesto esse quase impossível nesses tempos corridos.
FLANAR. “Andar ociosamente, sem rumo nem sentido certo”, esse é o convite que a Carlos Penna te faz. Nos deslocamos, lhe oferecemos apenas o objeto, a matéria prima, e deixamos que ele se construa por suas referências, suas memórias, seus afetos, te oferecemos o sentido, a visão, o tato.
Deixar de ser espectador, interagir, sentir. São linhas, formas, argolas se entrelaçando, criando um sistema, uma engrenagem. Uma engrenagem ao seu olhar. Em parceria com a fotógrafa de auto-retratos Letícia Zica, as criações de Carlos Penna ganham interpretações vivenciadas. As peças tornam-se mais que objetos, e se transformam em experiências sentidas pelo corpo nu.
O metal, junto a pele, possui seu tempo para se acomodar e então, surge uma foto, que revela a interação do corpo/objeto, do real e irreal. Do sentido e do vivenciado. As fotos são um compromisso com o presente, e quem sabe com o futuro. Um futuro que implora calma, que pode ser explorado lentamente, a passos lentos.
Molett
Não deveria poder nascer uma marca que tivesse apenas o propósito de se fazer vender. Chegar ao cliente, alcançar o íntimo de seu guarda roupas deve ser um meio e não um fim. Um meio de expressar um super poder, de ser um super herói.
E como super herói a MOLETT se jogou no mercado da moda em 2014 , com o conceito Slow Clothing, utilizando o moletom como O Super Poder de seus produtos. O trabalho da marca é feito devagar e as peças entram e saem da cartela de criações ao ritmo da emoção.
O moletom é ao mesmo tempo seu super poder e sua metáfora do conforto, aparecendo em peças que podem ser usadas por muitas estações, sem a “morte” das criações ao fim de cada coleção.
A MOLETT quer abraçar os clientes com suas produções, e conecta-se com o carinho e a atenção na fabricação de suas peças, buscando valorizar o atemporal. E como um herói, estimular seus seguidores a comprar de quem pensa na vida de uma peça como conteúdo emocional de seu guarda roupa, presente por muito tempo, nos melhores momentos.
Toda peça MOLETT contém um abraço