Carlos Penna em plena balbúrdia

Sabe aquele momento em que você abre a porta de uma festa, daquelas realmente boas? Primeiro vem a confusão de risos e pessoas conversando, a música densa no ar. Depois, os olhos vão dissecando as roupas, as decorações do ambiente e tudo que te cerca. 

Isso é BALBÚRDIA, o novo drop da CARLOS PENNA que acaba de chegar.

BALBÚRDIA é a segunda parte de uma trilogia temática que começou em janeiro com o lançamento de ESCARCÉU. Lá, a vontade era de chegar chegando, dando gritos de mudanças na criação das joias. Agora, depois do surto, vem um respiro — não necessariamente calminho. 

O novo drop diminui o tom dos tamanhos das peças mas segue refinando as técnicas de produção muito próprias da CARLOS PENNA — nos metais amassados, queimados, recortados e vazados, sempre de forma manual, um a um. 

As referências estão dispersas para quem quiser interpretar. É uma festa quase romântica, mas nem tanto. Os laços aparecem, mini e máxi, ao lado de babados e plissados nas bases metálicas modeladas. Outros segredos, não tão literais, aparecem dispostos aos olhares. 

BALBÚRDIA também segue o processo de desenvolvimento da pedra têxtil, matéria-prima exclusiva que foi desenvolvida dentro do ateliê da marca. Em novas cores, ela vem agora inserida em detalhes menores, recriando texturas. 

Em homenagem, todas as peças da linha são nomeadas após mulheres brasileiras feministas, pioneiras, que fizeram história nas suas diversas áreas de atuação — responsáveis, de uma forma ou de outra, por causar balbúrdia em algum momento da história.


Sobre Carlos Penna 

Fundada em 2015, a marca homônima do designer mineiro Carlos Penna vem marcando presença no mercado de acessórios com seus traços característicos. Com o inusitado como DNA, Carlos Penna faz a cada coleção uma catalogação de materiais novos e tenta dar ao máximo novos usos e contextos a texturas do cotidiano – de borrachas a pedras naturais, passando por brita e materiais elétricos. Atualmente, possui duas lojas – SP e BH – além de pontos de venda por capitais em todas as cinco regiões do país, mais doze pontos no exterior. 


Serviço

Studio Carlos Penna com Balbúrdia, Marina Bitu e Maurício Duarte

Horário: 10h às 17h

Rua do Ouro, 1428 - Serra

instagram: @carlospenna.design

www.carlospenna.com.br




Cozinha Santo Antônio celebra 4 anos de história e mineiridade

Uma casa rosa na esquina de um dos mais tradicionais bairros de Belo Horizonte. No cruzamento das ruas Santo Antônio do Monte e São Domingos do Prata é onde há quatro anos funciona a Cozinha Santo Antônio, restaurante batizado com o nome do bairro para reforçar e destacar o vínculo com a comunidade belorizontina. 

Fevereiro marca mais um aniversário do espaço. Lá se vão quatro anos desde que Ju Duarte deixou para trás a carreira na publicidade para se dedicar integralmente à paixão pela culinária, ao mesmo tempo em que resgata também sua primeira formação, a de historiadora. 

É que ali a chef faz comida com história. Resgata e celebra o que temos de melhor no estado, ao mesmo tempo em que coloca nos pratos a sua bagagem que traz sabores do mundo, resultando em uma comida mundana com o sotaque da mineira. Os ingredientes das criações de Ju vêm de pequenos produtores, frescos e livres de veneno, e são preparados por mãos femininas. “A equipe da cozinha é 100% feminina, umas mulheres incríveis que colocam vida e alegria nos dias e horas que passam juntas. Aqui tem muita risada, às vezes tem choro, mas sempre tem muito comprometimento com a comida que a gente faz” conta Ju.

2024 será um ano de novidades a serem divulgadas em breve e aos poucos pela chef. Novos pratos, novos mini menus - a degustação dos carros-chefes da casa vai ganhar mais opções - , parcerias e até uma expansão estão na pauta. “A nossa cozinha está crescendo, vai ganhar quintal e sala de visitas”. 

Ju Duarte e seus pratos com História

A chef Ju Duarte é historiadora de formação e cozinheira por vocação. Na Cozinha Santo Antônio, une suas expertises numa gastronomia que celebra a história de forma criativa, criando pratos que valorizam a culinária mineira e que são, ao mesmo tempo, ponte para promover o diálogo entre as tradições e o tempo presente. “Tradição não é repetição, é transmissão e só faz sentido se tem significado hoje. Compreender isso é fundamental para nós cozinheiras em Minas Gerais onde a comida faz parte da identidade do estado, gera reconhecimento e ao mesmo tempo nos diferencia dos demais.

Entre os pratos do cardápio que desenvolvem esse pensamento, destacamos “Um ensaio para Frieiro” que  homenageia o autor mineiro de “Feijão, angu e couve - Um ensaio sobre a comida dos mineiros”, primeiro estudo sobre a nossa comida publicado em 1966. “O livro não sai de perto de mim e foi inspiração para esse franguinho preparado no pinga-cerveja e frita, com um molho “tureado” no fundo da panela de ferro” conta a chef. Para acompanhar, angu de milho criolo, couve e crocante de feijão.

Já “Maria da Cruz” foi batizado em homenagem a uma poderosa comerciante e senhora de terras que viveu no Norte de Minas, na beira do Rio São Francisco, no século XVIII e é lembrada na história por ser uma rebelde. “A coroa portuguesa criou um novo imposto sobre a circulação de mercadorias, como se fosse o quinto do ouro, um grupo de comerciantes se rebelou e ela foi uma das líderes. Isso aconteceu em 1734, antes da Inconfidência Mineira, em uma época em que as mulheres mal frequentavam a sala de visitas de sua própria casa. Maria da Cruz é uma inspiração para nós”, conta a Ju.

Carne, mandioca e milho são os principais ingredientes da receita, que se completa com sabores do sertão, fazendo uma conexão com a região de Maria da Cruz. Assado em baixa temperatura, o peito de boi angus certificado passa por um processo de meia cura, ganha charme e sabor com um “broche” de pequi e pimenta passarinho. A mandioca é cozida, regada com manteiga de garrafa e coberta com um pedaço de requeijão moreno. Por fim, meia espiga de milho cozida e tostada. E por fim o prato é regado com as “águas do rio São Francisco”.

Sobre a Cozinha Santo Antônio

Em uma esquina charmosa, em um dos bairros mais tradicionais da cidade, a Cozinha Santo Antônio chama atenção logo de cara pela arquitetura. Ao mesmo tempo mineira e cosmopolita, com garimpos e peças de design e uma imponente e acolhedora cozinha aberta. 

Uma ótima tradução para a comida feita ali. “O tempo é o nosso guia. Estamos completamente conectados com as nossas origens e com a nossa história, mas temos os pés no presente e o olhar no futuro”, diz Juliana Duarte, que comanda tudo no espaço. 

A Cozinha Santo Antônio tem por princípio o respeito à sazonalidade dos ingredientes, por isso durante a semana o cardápio das refeições executivas muda de acordo com o que se tem de mais fresco e gostoso para cozinhar. Os insumos são orgânicos, de origem e chegam através de pequenos produtores.

“Todo início de semana planejo o cardápio dos próximos dias com base no que os produtores têm disponível” conta Juliana. “Durante a semana os pratos são de uma comida mais caseira, que eu defino como sendo ‘que nem a da casa da gente’. 

Já no cardápio à la carte o destaque são os pratos que brincam com a história. Trazemos toda a nossa mineirice para a mesa, sem perder a conexão com as técnicas e com o tempo presente. A comida varia de receitas de família a pratos inspirados nas memórias da chef, em personagens e em livros. É o caso do “Bifão do Agostinho”, homenagem a um português bonachão que tinha um bar no Prado;  “Ensaio Para Frieiro”, uma referência ao livro Feijão, angu e couve - um ensaio sobre a comida dos mineiros e “Minha vida de menina” uma interpretação de um prato descrito por Helena Morley em seu diário. Isso sem deixar de lado clássicos da culinária que tem um lugar especial no gosto da chef, como o Boeuf Bourguignon e o Arroz de Pato, ora pois! 

Juliana é uma cozinheira, historiadora e pesquisadora da história da gastronomia mineira. Mas antes disso tudo trabalhava na publicidade enquanto paralelamente estudava gastronomia e vendia seu disputado patê de campagne sob encomenda. 

Do seu jeito, vem fazendo comida com história e afeto, transformando algo aparentemente banal em “extraordinário”. Comida que valoriza a cultura alimentar mineira e que faz bem para o corpo e para a alma.

Serviço

Rua São Domingos do Prata, 453 – Santo Antônio

Funcionamento de terça a domingo de 12:00 às 15:00 e de 12:30 às 16:30 nos finais de semana. Whatsapp: (31) 9-8218-6427 (reservas e delivery nos dias de semana)

https://www.instagram.com/cozinha_santoantonio




Casa Riuga

Riuga é como se pronuncia hygge, palavra dinamarquesa para um sentimento de conforto e bem-estar, que também traduz o estilo de vida escandinavo. Não por acaso, é o nome que os chefs Carolina Elias e Pedro Paulo escolheram para seu primeiro restaurante, o Casa Riuga. Ali eles aplicam as técnicas adquiridas em anos na gastronomia, com passagens por restaurantes paulistanos como, como Cais e Shihoma, além de experiências internacionais na própria Escandinávia. 

“Atualmente somos um restaurante de delivery, de comida simples, com valor afetivo, que entrega pratos que as pessoas já têm alguma referência, não abrindo mão de sabor em função da praticidade” explica Carolina. O strogonoff (feito com filet mignon e cogumelos frescos) e a salada caesar (com molho autoral e farofa de focaccia) são os campeões de pedidos. Juntam-se a eles pratos como frango assado e salada de batatas (a sobrecoxa é marinada por 24h e glaceada com mel e páprica) e a salada de rosbife com molho de mostarda (a carne é temperada com seis especiarias e o picles de grão de mostarda é feito por eles).

“Outro prato que gostamos muito, e quem pediu acaba repetindo, é o arroz de pato com nosso pato curado artesanal, que por mais que seja algo um pouco “diferente” do restante do cardápio, vem ganhando espaço” completa Carolina. Cozido no caldo da própria carne, ele é levemente cremoso,  finalizado com agrião fresco e pétalas de cebola pérola tostadas. 

Outra aposta dos chefs é a linha de antepastos, que inclui o magret de pato curado artesanalmente por 22 dias, abobrinhas italianas marinadas em azeite aromatizado com ervas e raspas de limão siciliano, tapenade de azeitonas pretas temperadas com raspas e suco de laranja, entre outros.

Carolina e Pedro também fazem questão da embalagem sustentável e de boa apresentação, outro diferencial. Forma que encontraram para mostrar que aquele prato, ainda que por delivery em aplicativo, foi feito por pessoas reais e é comida de verdade.

“Acreditamos que o nosso maior atrativo é o fato de darmos muito valor à qualidade, ainda que nesse sistema de delivery que visa, na grande maioria das vezes, volume acima de tudo. Isso reflete no nosso produto final, e apesar do preço mais alto do que em comparação a outros concorrentes no mercado, os clientes que provam voltam com frequência. A preocupação com sabor e qualidade é o que sobressai” fala Pedro Paulo.

Ainda no primeiro semestre, Carolina e Pedro pretendem abrir uma confeitaria, também no sistema de delivery. Já os planos de transformar a Casa Riuga - com outra proposta de cardápio - em um restaurante de rua estão adiantados e dependem apenas de encontrar o espaço ideal. 


Sobre Carolina e Pedro

Pedro Paulo Iniciou o curso de gastronomia no Senac São Paulo aos 18 anos, mas acabou não concluindo por conta da rápida progressão profissional. Ele começou lavando louça para um pequeno bistrô do bairro até chegar no Dalva e Dito, do grupo Alex Atala, onde ficou por 2 anos. Também passou por um breve período no Kebab Salonu, primeiro restaurante do Fred Caffarena (Make Hommus), seguido de um estágio no restaurante TUJU. De lá, partiu para sua primeira experiência internacional, no restaurante 108 (grupo NOMA) em Copenhagen, na Dinamarca. 

De volta a SP, foi cozinhar no Restaurante Petí, de onde partiu após um ano para o Faviken Magasinet, na Suécia. Ao retornar para o Brasil, ficou dois anos no Corrutela e depois mais três no Restaurante Cais, onde foi sous chef e conheceu Carolina.  

De lá, já uma dupla, foram para o Pasta Shihoma, onde encerraram a temporada paulistana para abrirem o próprio restaurante em BH.

Carolina Elias é mineira, formada em Administração e Contabilidade. Em 2021, se mudou para São Paulo para estudar na Le Cordon Bleu, onde concluiu o curso Grand Diplôme. Paralelamente, trabalhou em restaurantes de grande nome na cidade, como Nelita, Restaurante Cais e Pasta Shihoma. 

Retornou a Belo Horizonte, cidade natal, para abrir a Casa Riuga.


Serviço

Terça à sexta-feira: 11h às 15h, 18h às 22h

sábado: 12h às 16h, 18h às 22h

domingo: 12h às 18h

@casa.riuga 

https://tr.ee/skCOlxXuVh



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