Alice Dote e Carlos Penna são dois artistas nos seus universos próprios, que agora se somam em um caminho de explorações a quatro mãos, desenvolvido entre São Paulo, Ceará e Minas Gerais.
O encontro de ofícios com metais ressignifica os procedimentos das artes plásticas e do design de acessórios na criação de uma série única de objets d’art vestíveis — tanto nas peles quanto nas paredes. Nessa transgressão, a gravura em água-forte extrapola a ideia de matriz, transformada em obra não-reproduzível; em paralelo, a solda industrial ganha contornos escultóricos que complementam e envolvem os corpos criados na ponta-seca. Um jogo tátil que esconde e revela erotismos não-óbvios, secreções subjetivas e traduz o corpo a corpo do processo artístico, envolvendo o trabalho manual e muscular: na língua dos gestos.
Sobre Carlos Penna
Fundada em 2015, a marca homônima do designer mineiro Carlos Penna vem marcando presença no mercado de acessórios com seus traços característicos. Com o inusitado como DNA, Carlos Penna faz a cada coleção uma catalogação de materiais novos e tenta dar ao máximo novos usos e contextos a texturas do cotidiano – de borrachas a pedras naturais, passando por brita e materiais elétricos. Atualmente, possui duas lojas – SP e BH – além de pontos de venda por capitais em todas as cinco regiões do país, mais doze pontos no exterior.
Sobre Alice Dote
Descobridora e fazedora de imagens, tem produzido entre as diversas expressões das artes visuais (como o desenho, a pintura, a gravura, o muralismo), as artes urbanas, a escrita, e outros modos de fazer com o corpo e com o espaço.
Sustentando o desejo através da imagem, se dedica aos atravessamentos entre um cada vez maior repertório de gestos e visualidades, convocados por um pequeno, mas explorado à exaustão, repertório de motivos — o autorretrato; a nudez e o erótico; o tempo, a ausência e a memória — , operando uma escrita de si que (se) ficcionaliza através do banal cotidiano.
Sua produção e pesquisa também se voltam à cidade, área de interesse desde 2017, quando da criação do coletivo narrativas possíveis (@narrativaspossiveis).
O CURA - Circuito Urbano de Arte, um dos maiores Festivais de Arte Pública do Brasil, encerrou sua 8a edição, a primeira em Manaus, deixando como legado dois murais em larga escala, feitos por artistas indígenas: Denilson Baniwa (AM) e Olinda Silvano (Peru). Durante os 11 dias de festival, o público que passou pelo histórico Largo São Sebastião pode também ver de perto a icônica instalação Entidades, de Jaider Esbell, no Teatro Amazonas.
O festival impactou cerca de 10 mil pessoas que circularam pelo centro de Manaus durante o período, não só com a celebração da arte pública, mas também promovendo debates, festas e não menos importante, encontros.
“O CURA Amazônia nos deu um banho de alegria e renovou nossas energias e nossa crença que a arte e a cultura acontecem nos encontros, nas conexões e nas amizades” fala Priscila Amoni, curadora e uma das idealizadoras do festival junto a Janaina Macruz e Juliana Flores. “E esta cidade linda e todas as pessoas que conhecemos nesta jornada vão deixar muitas saudades. Mas não por muito tempo, está nos planos uma nova edição do CURA Amazônia” completa.
Manaus ganhou além dos 790 metros quadrados de murais pintados, dias de imersão na arte pública e indigena, através das demais atividades do festival, com 8 atrações musicais locais, uma feira com 15 expositores e 3 Rodas de Conversa, com 14 convidades ao todo.
Sobre as obras
No Ed. Cidade de Manaus, Denilson Baniwa assina o mural “Piracema”, com seu cardume de tucunarés, matrinxãs e piraíbas. “A piracema é esse momento em que os peixes sobem o rio para desovar nos igarapés. É o momento da renovação da existência da vida. Mesmo com tudo que prejudica o rio, como garimpo, assoreamento… esses peixes resistem. Dá para fazer um paralelo com os povos indígenas amazônidas, que mesmo com toda a violência colonial, seguem em frente subindo o rio” fala Denilson. “Piracema” é sobre resistência e resiliência, é também esperança no futuro. A obra tem 48m de altura e 396m2 de área.
Já Olinda Silvano, acompanhada de seu filho Ronin, pintou no Ed. Rio Madeira sua gigante obra de arte Kené, intitulada “Cosmo e Energia Amazônica”. “É um desenho que representa o caminho dos nossos ancestrais, que o traçaram olhando as estrelas. É um mural para sensibilizar a todos que não pertencem ao mundo indigena, para que enxerguem outro ponto de vista. É sobre como vivemos nesse planeta, amando a natureza, cuidando, protegendo e respeitando. É nosso dever dividir nosso ponto de vista, a memória de nossos avós, com nossa família brasileira” explica Ronin. A obra tem 39,4m de altura e 394m² de área.
3M do Brasil
O CURA chegou ao Amazonas com patrocínio da 3M,. “A 3M é uma empresa que apoia a cultura há anos no Estado. Estamos muito felizes em apoiar uma iniciativa como essa para a população de Manaus via lei de incentivo à cultura e com a participação de artistas renomados do Amazonas. A iniciativa se conecta com nossos valores de colaboração, criatividade e, por meio da cultura, visa gerar impacto positivo e transformador na vida das pessoas”, comenta Eduardo Araújo, diretor da fábrica da 3M em Manaus.
A 3M acredita que a Ciência ajuda a criar um mundo melhor para todos. Ao estimular o poder das pessoas, das ideias e da ciência para inovar de forma sustentável, nossos colaboradores em todo o mundo abordam de uma forma única as oportunidades e desafios de nossos clientes, das comunidades e do planeta. No Brasil, onde conta com cerca de 3,3 mil funcionários, a companhia mantém três fábricas localizadas no Estado de São Paulo, que compõem a 3M do Brasil, além da empresa 3M Manaus, instalada no Amazonas. Saiba mais sobre nosso trabalho para melhorar vidas e nossa atuação em www.3M.com.br.
CURA AMAZÔNIA
Realização: AGUA - Agência Urbana de Arte
Patrocínio: 3M
Apoio: Tintas Coral - Tudo de Cor, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI) Centro de Atenção à Saúde e Segurança no Trabalho (CASST) e Associação Intercultural de Hip Hop Urbanos da Amazônia (AIHHUAM).
Promoção: Rede Amazônica
Produção local: Graffiti Queens
Incentivo: Lei Federal de Incentivo à Cultura
Na quarta-feira (28/07), aconteceu o lançamento da plataforma Gira no auditório da FIEMG, em Belo Horizonte. Esse projeto é uma iniciativa do Sindicalçados-MG, realizado através do Programa FIEMG e executado pelo setor de Tecnologia e Inovação do SENAI-BH.
A plataforma digital tem como objetivo movimentar e incentivar o reaproveitamento de insumos em desuso. Através do intermédio da Gira, as marcas cadastradas podem disponibilizar recursos sobressalentes para outras empresas a um preço competitivo quando comparado a fornecedores primários. Tecidos, couros e aviamentos são os principais produtos a serem vendidos.
Apesar do projeto inicial ser restrito para pessoas jurídicas, no modelo B2B, hoje a Gira permite que pessoas físicas possam tanto vender quanto comprar na plataforma. Essa iniciativa abrange novos públicos que possam estar interessados em garantir menor quantidade de insumos e com preços mais atrativos, do que se comparado com lojas especializadas. Hoje, o projeto foca principalmente o setor calçadista, mas já está sendo viabilizado a integração de outras categorias, como o vestuário.
“O que não é útil para uma empresa, pode ser para outra. É valor dobrado, é multiplicação e efeito sinérgico, é isso que fará as empresas mais competitivas” disse o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe. Essa iniciativa tem como objetivo movimentar o capital parado vendendo a outros interessados por um valor mais acessível, promovendo uma economia circular.
Sobre a plataforma Gira Sustentável
Em desenvolvimento há cerca de 1 ano e meio, a plataforma foi ao ar oficialmente na última semana com o objetivo de fomentar uma cadeia mais sustentável na indústria da moda. Essa iniciativa, em sua fase inicial, tem papel de intermediar e conectar vendedores com respectivos interessados.
A ideia é disponibilizar produtos parados, como excesso de tecido, sobras de aviamento e até mesmo ferramentas e maquinários em desuso a fim de recuperar parte do investimento, como também praticar o conceito de economia circular e desempenhar um papel fundamental na promoção da sustentabilidade na indústria da moda.
Idealizada por Helen Formaggini, desenvolvida por muitas mãos, como Cibelle Faria, Eurico Fernandes e outros, essa iniciativa veio para suprir essa demanda dentro do mercado brasileiro e construir uma moda mais competitiva e sustentável. Acesse o site da plataforma e descubra mais detalhes.
Serviço
(31) 97257-2270
girasustentavel@gmail.com
@girasustentavel
https://girasustentavel.com.br