Além das pinturas das quatro empenas desta edição, o Cura conta também com duas intervenções inéditas em outros pontos do Centro de BH. O primeiro deles é o Viaduto Santa Tereza.
Inaugurado em 1929, o Viaduto Santa Tereza é um dos ícones arquitetônicos de BH e, nos últimos anos, se tornou cenário de uma cena cultural pulsante, onde múltiplas iniciativas dão vida ao espaço, atraindo pessoas de toda a cidade e também de fora dela. Sob sua estrutura, já recebeu peças teatrais, intervenções e os Duelos de MC’s, produzidos pelo coletivo Família de Rua, que já revelou grandes astros do rap nacional.
Pela 1ª vez em sua história, os arcos do viaduto foram transformados por uma grande instalação criada pelo artista contemporâneo de Roraima, Jaider Esbell (@jaider_esbell). A obra, um inflável de cerca de 40 metros promete surpreender!
“O processo coletivo de construção do CURA 2020 nos deu a oportunidade de receber a potência de artistas de todo o país, artistas que nos abraçaram e aceitaram fazer parte da família. O Jaider Esbell é um deles e, pra nós, é uma honra tê-lo nesta edição” diz Priscila Amoni, uma das idealizadoras e curadoras do festival.
A obra, duas serpentes inflaveis que se encontram no meio do viaduto, tem como simbologia a cura. No xamanismo indígena, ela é considerada um “animal de poder” e está presente como força de cura, regeneração e transformação, com capacidade de “comer as doenças” mais graves que acometem o ser humano.
Link para vídeos: https://drive.google.com/drive/folders/1Y-pzdAKlhEGE_OQuXI2O8vtg7pyhLiQH?usp=sharing
Sobre Jaider
Jaider é artivista indígena da etnia Makuxi (RR) com prêmios na literatura, nas artes visuais e no cinema. Desde 2010, encontra também na escrita caminhos para suas manifestações artísticas. Trabalhos individuais e coletivos, tanto no Brasil quanto no exterior, marcam a trajetória do artista que vive em Boa Vista (RR), capital onde criou e mantém a primeira galeria de arte exclusivamente para obras de arte indígena contemporânea.
Daira Tukano está para entrar na história. É que a partir do dia 22 de setembro, ela começa a pintar uma empena 1.005,9m2 no Edifício Levy, no centro de Belo Horizonte. Esta será a maior arte publica já feita por uma artista indígena no mundo.
Daiara Hori, nome tradicional Duhigô, pertence ao clã Uremiri Hãusiro Parameri do povo Yepá Mahsã, mais conhecido como Tukano. Seu trabalho artístico fundamenta-se na pesquisa sobre a história, a cultura e a espiritualidade de seu povo. Sua participação no festival mineiro vem coroar uma carreira que articula as linguagens artísticas com a comunicação em prol dos direitos indígenas, incluindo aí exposições em diversas partes do país e o trabalho como coordenadora da Rádio Yandê, primeira web-rádio indígena do Brasil.
A obra será entregue no dia 04 de outubro.
Antes disso, Jaider Esbell, artista indígena de Roraima, presenteia Belo Horizonte com uma gigante escultura inflável, de cerca de 40 metros. A intervenção acontece no icônico Viaduto Santa Tereza, patrimônio tombado da cidade, que pela primeira vez, desde sua inauguração em 1928, terá sua imagem transformada.
A instalação acontece durante o festival, entre os dias 22/09 e 04 de outubro.
Juntam-se a eles Denilson Baniwa (AM) e Célia XaKriabá (MG) em intervenção no antigo prédio de engenharia da UFMG com bandeiras gigantes desenvolvidas especialmente para o festival.
Entre 22 de setembro e 4 de outubro, Belo Horizonte receberá a 5a edição do CURA - Circuito Urbano de Arte, o maior festival de arte pública de Minas Gerais. Como é tradição, está confirmada a feira de arte, que desta vez vem em forma de galeria virtual.
“Como neste ano a programação do festival é virtual e, por isso, não há fronteiras, decidimos fazer diferente: a curadoria CURA 2020, composta pelas idealizadoras Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni, e pelas curadoras convidadas Arissana Pataxó e Domitila de Paulo, selecionou 45 artistas de diversos estados do Brasil para integrar a Galeria de Arte Virtual que ficará aberta durante o período do festival” explica Juliana Flores.
A Galeria de Arte CURA vai funcionar no site www.cura.art e cada artista convidado terá obras expostas e disponíveis para compra. Entre eles, estão cinco artistas apresentadas pela Beck’s, uma das patrocinadoras do evento. A venda destas obras será especial, por meio de uma rifa: os interessados comprarão pequenas cotas e depois participarão de um sorteio da obra.
Entre os nomes já confirmados para a galeria estão Elian Chali (Argentina), que participou da edição Lagoinha do festival; Heloísa Hariadne (São Paulo/SP); Gê Viana (São Luiz/ MA), que foi finalista do prêmio Pipa deste ano; Mulambo (Saquarema/RJ) e Alex Oliveira (Jequié/BA).
Destaque para a participação de artistas indígenas como Nei Xakriabá, Edgar Corrêa Kanaykô, nos.mao / Kiwira mira e Oiti Pataxó, e também para os mineiros Luana Vitra, Nast e Eduardo Fonseca.