Brizola Escritório de Arte e Parque do Palácio tem o prazer de apresentar A BELEZA DO ACASO. A exposição solo do artista plástico Julio Alves apresenta um recorte de vinte obras inéditas datadas do período de 2021 a 2024, nas quais o artista aventura-se por técnicas e estilos diferentes, retomando o movimento primordial de subjetivação, o abstracionismo.
Origem e destinos são conceitos objetivos do ponto de vista geográfico, mas têm sentido subjetivo no que tange a viagem para dentro do próprio eu. Essa mostra elege a travessia do artista Julio Alves e trata o tema da zona de transitoriedade que acontece durante a travessia em si mesmo. O artista elegeu como matéria prima pedras e folhas encontradas em suas andanças pela por Minas Gerais, sendo elas, simultaneamente, matéria e metáfora.
É no espaço da desconstrução que o novo trabalho de Julio Alves se situa. O caminho percorrido pelo artista tem como inspiração a Serra do Espinhaço, a cadeia rochosa na qual nasceram as cidades de Mariana, Ouro Preto e Ouro Branco. Diante de um deserto rochoso, o artista encontra seu oásis na particularidade de cada pedra encontrada no caminho dessa “cordilheira brasileira”.
Permeada por ocres, cinzas, amarelos e vermelhos, as telas mimetizam as singularidades que residem nas mais diversas pedras. Julio Alves propõe aqui uma reflexão sobre o contorno, o peso, a leveza e todos os significantes que essas rochas podem habitar. O lugar da pedra está em cada novo olhar que o artista explora aqui. A transmutação de materiais orgânicos retirados da natureza em monotipias e pinturas evidencia a relação íntima de Julio com a ancestralidade e sua devoção pela natureza. Para além de forma e símbolo, é a experiência de energia latente que faz o encontro, tema recorrente nesta série. A plasticidade dos materiais, o respeito pelo tempo e a consciência da interdependência entre tudo, fazem com que esta mostra seja um diálogo do artista com sua própria história, seu entorno e consigo próprio.
Julio Alves
Nascido no Rio de Janeiro em 1966, Julio se mudou ainda criança para Belo Horizonte e foram as belezas de Minas Gerais que despertaram o seu olhar para a arte. Com uma formação peculiar e vasta, teve grandes mestres ao longo de sua formação: Selma Weissmann, Daniel Maillet, Wilde Lacerda, dentre outros. Mas nos ensinamentos de Israel Kislansky encontrou seu mestre maior. Julio Alves também é graduado em Design pela UEMG e se especializou na Univesitá Internazzionale del’Arte UIA, em Florença.
Em seus trabalhos mais conhecidos, Julio explora as ideias de pintura e abstração dentro de uma narrativa sensível e poética. Recentemente, o artista tem trabalhado seus desenhos de forma mais abstrata, sem deixar de lado o lirismo dos novos elementos plásticos que o acompanham.
Serviço
A BELEZA DO ACASO - exposição solo de Julio Alves
Curadoria: BRIZOLA Escritório de arte
Texto crítico: Paulo Pontes
Em cartaz 19.05 – 19.06.2024
Quarta a sexta: 10h00 às 18h00.
Sábado e domingo: 09h00 às 18h00
Local: Parque do Palácio, R Arquiteto Rafaelo Berti - 330, Mangabeiras
Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia entrada). Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso sympla.
Visitação: livre para todas as idades
Inaugura na próxima quinta-feira (23/05), na GAL Galeria, a exposição “Num Instante” da artista Fernanda Gontijo. Com curadoria de Marina Romano (texto curatorial abaixo), a mostra apresenta uma seleção de trabalhos recentes em pintura, desenho e colagem, além de uma obra site-specific.
“O ponto de partida foi uma experiência de grande ventania que vivenciei em Belo Horizonte, enquanto caminhava pelas ruas do centro. Fui surpreendida por uma forte corrente de vento que, num instante, levantou muita poeira e outros fragmentos invisíveis ao olhar acostumado de quem passa por ali no dia a dia. De repente, tudo estava suspenso no ar, girando, eu mal conseguia manter os olhos abertos. Não durou muito tempo, mas depois daquele instante nada estava mais como antes. Um giro, é o que pretendo mostrar na galeria através de fragmentos coletados durante caminhadas no hipercentro de BH, em composição com trabalhos feitos em ateliê e fragmentos do próprio ateliê” conta Fernanda.
“Num Instante” pretende refletir a força e delicadeza daquele momento, tornando visíveis elementos antes imperceptíveis e como a fugacidade de um instante pode mudar toda nossa percepção do mundo.
Sobre Fernanda Gontijo
Artista visual e designer gráfica, tem se dedicado à pesquisa e ao fazer artístico com interesse especial pelo resto como potência poética e matéria de criação e as relações entre palavra e imagem. Através do desenho, da colagem, da pintura e da fotografia, explora diversas materialidades e texturas, incorporando fragmentos do seu cotidiano e da paisagem urbana, investigando a natureza experimental construtiva do processo criativo.
É formada em Comunicação Social, pós-graduada em Processos Criativos em Palavra e Imagem e em Artes Plásticas e Contemporaneidade pela Escola Guignard (UEMG). Em 2020 sua pesquisa foi contemplada pela Lei Aldir Blanc do Governo do Estado de Minas Gerais. Apresentou a exposição individual “Quando o tempo para e cai para todos os lados”, em 2021, no Café com Letras (BH/MG). Participou da mostra coletiva “Temporada de Verão”, na Casa Gal, e apresentou a exposição individual “Vejo os Meus Próprios Olhos” em 2022, também na Casa Gal (BH/MG). Em 2023 participou da exposição coletiva “Cultivando Incertezas” na Galeria da Escola Guignard.
Serviço
Exposição “Num Instante” de Fernanda Gontijo
Local: GAL - Rua Groenlândia, 50 - Sion
@gal.art.br
Abertura: 23/05 (quinta-feira)
Encerramento: 13/07 (sábado)
Horário de visitação:
terça a sexta-feira: 14h - 18h30 /
sábado 10h - 14h
visitas em outros horários disponíveis sob agendamento
tel/ whatsapp: 31 9370-8998
Entrada Gratuita
Texto curatorial - Marina Romano
“A recriação do mundo é um evento possível o tempo inteiro.”
Ailton Krenak
A potência de vida da ação tem o efeito de movimento constante – subitamente, uma eventual reviravolta pode perturbar a norma e alterar tudo aquilo que era conhecido. Bastou um instante para que uma ventania repentina levasse pelos ares as coisas que estavam no chão, inertes. Fernanda Gontijo recorda esse episódio, vivido em uma de suas caminhadas pela cidade. Quando pousaram, depois de girarem em redemoinho, os vestígios da vegetação, de pessoas e das construções voltaram para o solo em outra organização, como novos rastros.
O momento de suspensão no ar é carregado de incerteza e reflete a experiência da vida no mundo, em sua condição efêmera e instável. Para enxergar esse breve retrato em uma espiral de vento na rua, é preciso a prática de uma atenção sensível à simplicidade do cotidiano. Num Instante apresenta os trabalhos como produtos da atenção inequívoca à aparente banalidade dos fragmentos de matéria no espaço urbano.
Em sua obra, a artista constrói imagens com a intenção de criar corpos para existir no mundo, manifestando sua própria existência impermanente. Para fazer isso, versada nos modos da colagem, costuma misturar uma variedade de materiais, abordando o papel, o tecido e a tela com canetas, lápis, spray, nanquim, acrílica, guache e o que mais encontrar no ateliê, de pedaços de fita-crepe usada a cascas de parede. Com cuidado, recoloca os objetos e suas histórias pregressas em novos contextos, um procedimento que usa o próprio corpo como um ponto na trajetória de vida de outro.
A pintura traz esse gesto, imprimindo no campo pictórico o resultado, em escala real, do percurso das pernas e braços pelas ruas. E, por onde se olha, a presença da cor é quase espontânea, em composições suaves e equilibradas, como registros de uma memória agradável da paisagem. Em um dos trabalhos, o lençol que amparava o repouso, vai para o ateliê e vira território da ação. Em outro, o papel que sai da mesa para o chão, apoiando os impulsos de um corpo que dança. Tudo está em movimento.
Para Fernanda Gontijo, o hábito de incorporar à obra aquilo que é da ordem do comum, sem esconder o erro e a imperfeição, parte do desejo de poder existir de forma mais verdadeira, ainda que pouco articulada. Nesse sentido, as caminhadas trazidas em relatos visuais nesta exposição servem como meios para observar e coletar materiais, ou como objetivo em si, em uma ação que é notavelmente ordinária. Assim, essa produção narra trajetos por entre os locais que ela habita e aqueles que frequenta, acolhendo os restos e propondo sentidos daquilo que sobra do fluxo de vida pela cidade, em transformações contínuas.
O dia das mães (12/05) será especial no Parque do Palácio.
O espaço, que é destino de contemplação e descanso, conta com programação gastronômica, cultural, de bem-estar e infantil.
No domingo (12/05), acontece uma aula gratuita de yoga ministrada pela Casa Sagarana. Um momento para relaxar, praticar o autoconhecimento e se conectar com a natureza. Confira o horário: 9h às 10h
Vagas são limitadas.
As manhãs de domingo são para Oficina de Bolhas de sabão! O encontro acontece sempre das 10h às 12h. (*Exceto dias de chuva)
A oficina contempla crianças e adultos de todas as idades!
Chegaram novas opções no cardápio do Magrí, charmoso café que ocupa a pérgula da piscina no Parque do Palácio. O espaço é um dos endereços mais concorridos para o brunch do fim de semana, que além da ótima comida, conta ainda com uma vista para a Serra do Curral de tirar o fôlego.
O que começou como um projeto de carnaval, agora ganha residência fixa no Parque do Palácio. TimTim no Palácio (@timtimnopalacio) é o novo local de convivência do parque.
A gastronomia descomplicada para toda a família - com opções de piquenique, tradicionais pratos de almoço e parrilla - é um dos destaques. Por lá, também é possível experimentar drinks que levam assinatura do Jângalito, bar de BH que dispensa apresentações.
Na exposição “Reflexos Urbanos” do fotógrafo Daniel Mansur, o público tem a oportunidade de enxergar Belo Horizonte por um novo ângulo.
Esta exposição lança um olhar sensível, criativo e lúdico para elementos que cercam nossa vida cotidiana. Daniel Mansur busca a beleza nas formas e contrastes, através de imagens autorais e pulsantes em cores e detalhes. As imagens, amparadas por elevada qualidade técnica, representam o amor do artista por sua cidade natal. Com isso, espaços e detalhes arquitetônicos, já íntimos da população, ganham contornos surpreendentes. Em cartaz até 07/07.
Sobre o Parque do Palácio
Localizado no Palácio das Mangabeiras, antiga residência do governador do estado, projeto atribuído a Oscar Niemeyer e com paisagismo de Burle Marx ainda não implementado (um dos projetos em andamento), o Parque permite diversas possibilidades. “Além do atrativo histórico, a natureza abundante é propícia ao lazer, à contemplação e às interações, tudo isso de forma segura” explica João Grillo, gestor do espaço.”O Parque do Palácio também foi pensado para receber e promover eventos culturais e de negócios“, completa.
Uma programação cultural que contempla todas as idades - com atividades infantis e música ao ar livre, o Parque do Palácio se firma como destino para belo-horizontinos e turistas que visitam a cidade.
História
O Palácio das Mangabeiras foi construído entre os anos 1951 e 1955 para ser a residência oficial dos governadores de Minas Gerais. Em 2022, foi transformado em um espaço aberto à população, e deu origem a um Centro Cultural, integrado à natureza, voltado para a promoção do lazer e da cultura, em local com grande relevância histórica e cultural para Minas Gerais.
Serviço:
Horários:
Parque:
Quarta a sexta: 10h00 às 18h00.
Sábado e domingo: 09h00 às 18h00
Endereço: Praça Efigênio de Sales, 1111 Portaria 1 - Mangabeiras, Belo Horizonte
Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia entrada). Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso sympla.
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